André Villas-Boas - Presidente

Sonic

Tribuna
13 Fevereiro 2024
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Correr bem é sempre importante, maior la palissada era difícil..

Não é uma questão de estabilidade, é uma questão de sustentabilidade do clube.

E para não falar em rodeios sem dizer nada de concreto, eu assumo: fundamental é entrar na Champions no próximo ano. Ponto.

Por uma questão de sustentabilidade, repito, para o clube, não é para o Presidente que ganhou com 80 % dos votos, isso são filmes de categoria Z que se fazem na mentes de alguns adeptos..as próximas eleições são quando são, nessa altura cada um é livre de analisar o que foi e o que não foi feito, e votar como quiser.
É preciso ganhar e ter estabilidade para a sustentabilidade "fluir" melhor.

Vitorias= Champions= mais dinheiro, mais visibilidade, mais valorizaçao

Épocas como esta em que se valoriza um ou dois jogadores (Mora depois e inicialmente Samu) no meio do caos nao sao sustentaveis.
E milagres como vender Galenos por 50 milhoes e Nicos por 60 tambem nao.

Assinas para mais épocas como esta se conseguires fazer os mesmos milhoes?

Julgo que AVB é um "bocadinho" mais ambicioso e quer juntar a sustentabilidade com vitorias.
 

MMCorreia

Arquibancada
19 Maio 2025
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Em momento algum afirmei que não é possível os custos salariais baixarem.

Agora, decida histórica, que foi o que afirmaste, não vai acontecer de certeza absoluta.

Não são apenas esses 3 que entram. Vão entrar vários outros.

As contas não são apenas de subtrair, há muito para somar também.

(Alias, em jeito de comparação, basta ver a descida dos custos salariais de 2023/24 para 24/25, que não teve nem de perto nem de longe a dimensão que muitas vezes foi repetida por aqui)

Por outro lado, no campo das amortizações, vão subir de forma visível.

Passes e prémios de assinatura.
A descida enorme da massa salarial que se falou aqui, foi na SAD com a administração, não foi no clube.
 

pavlovdoorman

Bancada central
4 Abril 2007
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Porto
Os sócios do Futebol Clube do Porto não são nenhuns papalvos e a prova disso foi a eleição de AVB em Abril do ano passado, mesmo havendo uma lista com uma empresa contratada (e paga pelo próprio clube) para espalhar desinformação e mentiras acerca da lista concorrente.

Foi o grupo cofina que deu a vitória a AVB não foi? O Antero já é presidente não é? E o clube já está nas mãos dos "árabes"?

Pois...como sempre o tempo responde a tudo.

Essas 3 figuras se fizessem um vox-pop acerca delas junto dos adeptos do clube, iam ficar muito espantados.
Como bloqueiam tudo o que não é a favor, o vox populi deles é 100% favorável. Mesmo que seja uma amostra de merda.
A isso junta-se um enorme culto de personalidade, que pelo menos dois deles cultivam.
 
D

DiogoRafaf

Tribuna
19 Abril 2018
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9,837
Pouco mais de um ano passou desde que Villas-Boas chegou à presidência e encontrou um clube literalmente de joelhos.

Havia 8 mil em caixa, salários por pagar, uma multa da UEFA por incumprimento financeiro e um passivo que batia nos 500 milhões de euros. Um buraco tão fundo que muitos, com razão, perguntavam: "como é que se sai disto?”

E hoje, o que vemos? Um FC Porto ativo no mercado, com reforços cirúrgicos e capacidade negocial. Uma direção a contratar jogadores, aparentemente de qualidade, sem comissões obscenas nem fundos obscuros por trás. A pergunta mudou:

“Como é que, em tão pouco tempo, passámos da falência técnica para a ambição no mercado?”

A resposta não tem mistério. Tem nome: Governança financeira competente. E é isso que vou tentar explicar neste artigo.

A "peça" técnica que estava ausente do nosso clube há vários anos, entrou e chama-se José Pedro Pereira da Costa!

Num clube onde, durante décadas, o cargo de CFO servia apenas para assinar papéis ou calar auditorias, finalmente mudou e temos alguém que sabe o que faz e que foi treinado para fazer isso com mestria.

José Pedro Pereira da Costa, trouxe o que nunca houve antes: Credibilidade! Não é gestor de ocasião, nem ex-amigo de dirigentes. É técnico, é sério, é experiente! E isso faz toda a diferença, numa instituição que todos queremos profissional.

Foi ele que liderou a operação que mudou o jogo: a emissão de obrigações de 115 milhões de euros no mercado internacional, organizada pela JPMorgan e comprada por grandes investidores americanos.

💰A jogada que nos deu uma folga de 115M€ com juros baixos e sem necessidade de hipotecarmos o estádio.

Uma das grandes vitórias silenciosas desta nova gestão foi conseguir trocar dívida cara e sufocante por financiamento sustentável e de longo prazo. Isso foi feito através dessa emissão de 115 milhões de euros em obrigações, com uma taxa de apenas 5,62% e um prazo alargado de 25 anos, uma diferença brutal face aos juros de 8% a 13% que o clube pagava anteriormente.

A operação foi estruturada através da Dragon Bonds DAC uma entidade criada na Irlanda com o objetivo de profissionalizar e canalizar as receitas comerciais do Estádio do Dragão, como bilheteira, patrocínios e hospitalidade, de forma separada da gestão direta da SAD, dotando o clube de um instrumento moderno, transparente e auditado de financiamento.

No inicio deste ano, vários foram os adeptos que ficaram revoltados e sem entender como estávamos a usar o caixa para liquidar divida... Pensavam que estavamos abrir mão do plano desportivo. Não entendiam como um clube com tanto passivo estava pagando divida e tinham receio de não termos dinheiro na janela de transferências.

A resposta é simples, foi precisamente por termos pago dívida com critério, à cabeça, que hoje temos margem para contratar.

Passo a explicar:

Ao eliminarmos encargos com juros absurdos, libertámos recursos futuros e devolvemos previsibilidade à tesouraria. Ou seja, deixámos de viver no fio da navalha.

Este planeamento antecipado permitiu reorganizar o clube de forma estruturada, sem depender de vendas de última hora nem de fundos oportunistas. Um clube com a grandeza, história e marca do FC Porto nunca deveria ter chegado a esse ponto.

Só paga juros tão altos quem está completamente desacreditado, quem perdeu a confiança dos credores e geria o clube como se fosse um negócio pessoal de "fundo de quintal". Ou seja, a incompetência da gestão anterior obrigou o clube, durante muito tempo, a aceitar condições de empresas "fundo de quintal" de quem está à beira da falência.

A operação feita agora corrige esse disparate monumental. Substituímos dívidas caríssimas por uma estrutura moderna, limpa e com custos muito mais baixos, e com um detalhe que diz tudo:

Não precisamos hipotecar o Estádio, nem jogadores.

A única garantia foram, situações normais como as receitas futuras do Dragão: bilheteira, naming rights, contratos comerciais. Uma jogada inteligente, que mostra ao mercado que o clube tem projeção, tem um plano e sabe como gerar e honrar os seus compromissos.

E essa mensagem vale milhões. Porque os grandes fundos e investidores só se aproximam quando há seriedade, visão e competência técnica à frente do barco.

Este tipo de operação pode passar despercebida a muitos, mas é o género de medida estrutural que, lá na frente, evita o verdadeiro veneno: ter de vender a qualquer custo, para poder comprar.

Quando um clube precisa desesperadamente de encaixe para ir ao mercado, isso é um sinal de fraqueza, e o mercado cheira isso a quilómetros. Os compradores oferecem menos. Os vendedores exigem mais. Perdem-se oportunidades de negócio por falta de liquidez, e o clube fica preso num ciclo vicioso: vendemos mal, compramos pior e, no fim, ainda ficamos com a corda no pescoço.

Foi isso que nos levou, nos últimos anos, a bater à porta de atravessadores, fundos, empresários e intermediários, que cobravam juros obscenos e ainda ficavam com percentagens dos jogadores. Isso lembra-vos alguma coisa?

Hoje, com esta reestruturação, voltámos a ter margem de manobra. Voltámos a ser donos das nossas decisões.

🔧A engenharia por trás do milagre:

A redução dos encargos com juros foi apenas uma parte da reviravolta. Pelas minhas contas (confesso que não fui ao detalhe) ao cortar nas dívidas com taxas insustentáveis, o FC Porto passou a poupar mais de 5 milhões de euros por ano, dinheiro que antes era literalmente queimado em juros altíssimos e jogado para o ralo… Hoje, essa verba serve para pagar salários em dia, saldar dívidas antigas com fornecedores, reforçar o plantel com critério e, acima de tudo, transmitir uma imagem fortíssima de estabilidade e competência ao mercado.

Mas o trabalho de fundo não se limitou ao refinanciamento. Villas-Boas e a sua equipa foram à raiz do problema, mexendo onde doía, onde normalmente, ninguém quer mexer. Acabaram com despesas administrativas obscenas, como os mais de 3,6 milhões de euros anuais em gastos de representação, viagens luxuosas, viaturas topo de gama, contas de joalharias e almoços que serviam apenas para alimentar vaidades e o circuito do “favor”.

Esses privilégios foram eliminados. O Conselho de Administração cortou nos próprios salários, eliminou plafonds de representação e impôs regras claras: toda despesa tem de ser justificada, documentada e aprovada com base em critérios objetivos. A diferença foi imediata, não só no saldo bancário, mas na mensagem que se passou internamente e para o exterior: acabou o tempo da festa à custa do clube. E como o mercado gostaaaaaaa dissoooooooo......

Essa mudança interna teve reflexos diretos fora das paredes do Dragão. Porque os credores, investidores e fundos internacionais olham primeiro para o comportamento do próprio clube. E quando veem uma estrutura onde se acaba com mordomias, onde os gestores cortam nos seus próprios salários, onde os gastos são justificados e controlados, a mensagem é clara:

“Se eles tratam bem o dinheiro deles, também vão tratar bem do meu.

Foi exatamente isso que abriu as portas ao financiamento a 5,62%. O mercado não empresta a essas taxas só porque gosta do nome “FC Porto” empresta porque vê seriedade, vê disciplina e vê competência técnica.

Ao mesmo tempo, foi feita uma reorganização estrutural dentro do universo Porto. A fusão de empresas como a PortoEstádio e os Serviços Partilhados dentro da SAD permitiu cortar redundâncias, eliminar duplicação de funções, impensável, como em 2024 ainda cometíamos esse erro... e reduzir significativamente os custos operacionais. Essa fusão absorveu 90 trabalhadores e ativos avaliados em cerca de 20 milhes de euros, tornando a estrutura mais enxuta e eficaz.

Além disso, em apenas cinco meses, a nova gestão conseguiu renegociar 45 milhões de euros em dívidas com clubes e fornecedores, um alívio brutal na pressão de tesouraria, que reverteu anos de relações deterioradas com parceiros nacionais e internacionais.

Resultado? O FC Porto, que antes estava fora do radar do mercado financeiro europeu, desacreditado, ignorado, quase tóxico, voltou a ser visto como um clube com potencial, com plano e com liderança técnica. Algo que não acontecia há mais de uma década.

⚽E o mercado de transferências?

Também houve vendas, e significativas. Em apenas um ano, o FC Porto arrecadou mais de 210 milhões de euros com saídas como Nico González, Galeno ou Evanilson. Mas, ao contrário do passado, onde se vendia à pressa para tapar buracos ou pagar favores, agora o dinheiro foi usado com critério.

Parte foi canalizada para liquidar dívidas com clubes e fornecedores, o que ajudou a limpar a imagem do FC Porto no mercado. Outra parte foi usada para reforçar o plantel, sem meter fundos ao barulho e com comissões sob controlo, em seis contratações, penso que só uma envolveu comissionamento relevante, e dentro dos padrões da FIFA.

Mais importante ainda: houve critério desportivo, apostando em jogadores com margem de valorização. Se vão dar certo? Isso são outros 500, mas o trabalho foi bem feito.

A verdade é que o problema nunca foi vender, foi o que se fazia com o dinheiro. E é exatamente isso que agora mudou.

📈 A diferença está em como se GERE, não em quanto se tem.

Durante anos, venderam-nos a mentira de que divida e passivo fazia parte do jogo, que era preciso “gastar muito". Víamos uma gestão que parecia que só servia para assinar cheques, pagar comissões e fechar os olhos ao despesismo. Que resultados desportivos ou a falta deles, compravam-se com favores e amizades dentro da estrutura.

Hoje, é verdade que "só" ganhamos a Supertaça. Mas é preciso lembrar: ninguém reconstrói uma casa pelo telhado. E para as viúvas azuis, espero não precisar lembrar que existiram outros anos em que nem sequer conseguimos molhar a sopa.

Na minha opinião a gestão de Villas-Boas vai provar, que hoje em dia, ganhar começa nas contas. Na estrutura. Na limpeza. Na competência.

E nós, como adeptos e sócios, temos de voltar a ser exigentes, como éramos antes de Pinto da Costa comprar a claque e calar a crítica. Voltar a colocar o clube acima de nomes, amizades ou interesses pessoais.

Entender que os dirigentes estão lá para servir o FC Porto e não o contrário.

Mas atenção: criticar por criticar não é exigência, é ruído.

O que o FC Porto precisa é de sócios que saibam apontar o que está mal, mas com noção da realidade que esta direção encontrou.

Com memória. Com contexto. Com justiça!

Porque só assim é que a exigência constrói em vez de destruir.

Manter os olhos abertos, sem fanatismo, sem vendetas, mas com clareza, exigência e consciência crítica.

Perceber o que esta direção está a fazer, o clube que herdou, e ajustar a nossa postura.

Porque ser Porto também é saber avaliar com lucidez, e não só aplaudir no fim dos jogos.

E sem sombra de duvidas existe algo que já se está a construir, e que é ainda mais difícil de levantar do que uma taça: fundação, rumo e cultura de responsabilidade.

E confesso, eu pessoalmente adoro esse tipo de trabalho “invisível”, de formiguinha, aquele que não dá likes, que não enche capas, mas que no final, faz toda a diferença.

Organizar primeiro as contas. Recuperar a credibilidade. Reerguer a estrutura. Devolver dignidade à forma como o clube é gerido. E só depois atacar os títulos, com base, com rumo, com margem e coragem.

A diferença é que esta direção não está à espera que tudo esteja perfeito para começar a vencer. Parece estar-se a posicionar agora. E a preparar-se para ganhar já.

E se isso acontecer, com as fundações ainda a secar, será algo que nunca vi antes. Confesso que ainda tenho dúvidas. Mas se conseguir…

Vai ser histórico.

Eu sei que muitos vão espumar pela boca ao ler que nem tudo são títulos.
Provavelmente os mesmos que, nos últimos anos, iludidos por algumas conquistas sofridas, fecharam os olhos enquanto o clube se afundava.
Enquanto a casa ardia, andavam distraídos a festejar.
E esse facilitismo, essa falta de exigência, quase faliu o FC Porto.

Mas como sempre, não estou aqui para agradar a ninguem. Falo o que penso e penso o que falo. Nunca penso o que não falo, nem falo o que não penso. E no fim, assumo as minhas posições, com a cara descoberta.

A confiança que hoje se sente em torno do FC Porto não nasceu de uma taça ou de uma vitória ao rival. Nasceu sem conquistas, sem euforia, sem likes (muito pelo contrario) sem capas de jornal, nasceu quando os investidores voltaram a olhar para o clube e viram contas auditadas, fim de comissões obscuras, cortes em mordomias e uma liderança que coloca o clube em primeiro lugar, que pensa no médio e longo prazo.

E se já conseguimos tudo isto sem títulos, imaginem o que será quando as vitórias, a seu tempo, começarem a chegar.
Porque vão chegar! E quando chegarem, o clube vai estar preparado, sólido, limpo e com um futuro brilhante.

💙 Conclusão: O Porto voltou a inspirar confiança. E isso vale mais do que milhões.

O mercado pode não ter memória curta… mas tem olhos bem abertos. E está a ver que o nosso clube voltou a ser gerido com responsabilidade. Isso atrai investidores. Atrai patrocinadores. Atrai jogadores, como se tem visto. E, com o tempo, vai atrair vitórias também.

Quem ainda não percebeu como é que estamos a contratar, está distraído. Ou não quer perceber.

O FC Porto não se endividou mais, organizou-se melhor. E hoje está a colher os primeiros frutos dessa mudança.

Com transparência. Com competência. Com visão. 💙

Agora, sejamos honestos:

Eu sei que este tipo de conversa, para muitos adeptos, não diz grande coisa.

Há quem só queira saber de títulos, e que repita o chavão: “o Porto é ganhar, não é fazer contas.”

Mas para esses, deixo uma pergunta simples:

Como é que queres voltar a ganhar, sem uma estrutura para competir? Quando nem tinhas o necessário para salários? Quando olhavas para a frente e só vias nevoeiro, tudo era confuso e opaco!

Ganhar sem rumo é um acaso, é sorte!

Ganhar com rumo, com contas certas e com gente competente ao leme, é isso que torna o sucesso sustentável.

É isso que garante que os nossos filhos e netos também vão voltar a ver um FC Porto pujante.

Não por acaso. Mas por princípio.

E é por isso que falo destes temas. Porque podem parecer aborrecidos para alguns, mas para mim, e também sei que para alguns, isto importa. E muitoooooo!! 💙💙💙

Podem duvidar. Podem até fingir que não vêem.

Mas guardem este artigo, porque um dia vão entender que foi aqui, no meio dos escombros e do silêncio, que começou o novo ciclo de glória do FC Porto.

Aquele que vai fazer os nossos filhos e netos sentirem o mesmo arrepio que nós sentimos quando o Porto era Porto.

E tu, quando chegar a próxima conquista… vais poder dizer que acreditaste desde o início? 🐉

Best_Abraços
Ricardo Amorim
 
Última edição:

K92

Tribuna Presidencial
4 Junho 2014
6,327
5,490
Que alegria ver o nosso Clube consigo ao leme, Presidente!
Trabalho fantástico, seu e da sua equipa.

Também o senti, de forma gigantesca, com Jorge Nuno Pinto da Costa, nos seus tempos indomáveis, imparáveis e impagáveis!

Já era Portista, ainda PdC não era Presidente, nem sequer estava no futebol. Sei do que falo e sinto, como mais alguns cotas, aqui no tasco!

A si, André, obrigado por ter agarrado a nau, quando o timoneiro já não tinha capacidade ou discernimento para tal.

Gigante André!!!
 

Hendrix

Lugar Anual
31 Março 2025
1,127
2,312
Pouco mais de um ano passou desde que Villas-Boas chegou à presidência e encontrou um clube literalmente de joelhos.

Havia 8 mil em caixa, salários por pagar, uma multa da UEFA por incumprimento financeiro e um passivo que batia nos 500 milhões de euros. Um buraco tão fundo que muitos, com razão, perguntavam: "como é que se sai disto?”

E hoje, o que vemos? Um FC Porto ativo no mercado, com reforços cirúrgicos e capacidade negocial. Uma direção a contratar jogadores, aparentemente de qualidade, sem comissões obscenas nem fundos obscuros por trás. A pergunta mudou:

“Como é que, em tão pouco tempo, passámos da falência técnica para a ambição no mercado?”

A resposta não tem mistério. Tem nome: Governança financeira competente. E é isso que vou tentar explicar neste artigo.

A "peça" técnica que estava ausente do nosso clube há vários anos, entrou e chama-se José Pedro Pereira da Costa!

Num clube onde, durante décadas, o cargo de CFO servia apenas para assinar papéis ou calar auditorias, finalmente mudou e temos alguém que sabe o que faz e que foi treinado para fazer isso com mestria.

José Pedro Pereira da Costa, trouxe o que nunca houve antes: Credibilidade! Não é gestor de ocasião, nem ex-amigo de dirigentes. É técnico, é sério, é experiente! E isso faz toda a diferença, numa instituição que todos queremos profissional.

Foi ele que liderou a operação que mudou o jogo: a emissão de obrigações de 115 milhões de euros no mercado internacional, organizada pela JPMorgan e comprada por grandes investidores americanos.

💰A jogada que nos deu uma folga de 115M€ com juros baixos e sem necessidade de hipotecarmos o estádio.

Uma das grandes vitórias silenciosas desta nova gestão foi conseguir trocar dívida cara e sufocante por financiamento sustentável e de longo prazo. Isso foi feito através dessa emissão de 115 milhões de euros em obrigações, com uma taxa de apenas 5,62% e um prazo alargado de 25 anos, uma diferença brutal face aos juros de 8% a 13% que o clube pagava anteriormente.

A operação foi estruturada através da Dragon Bonds DAC uma entidade criada na Irlanda com o objetivo de profissionalizar e canalizar as receitas comerciais do Estádio do Dragão, como bilheteira, patrocínios e hospitalidade, de forma separada da gestão direta da SAD, dotando o clube de um instrumento moderno, transparente e auditado de financiamento.

No inicio deste ano, vários foram os adeptos que ficaram revoltados e sem entender como estávamos a usar o caixa para liquidar divida... Pensavam que estavamos abrir mão do plano desportivo. Não entendiam como um clube com tanto passivo estava pagando divida e tinham receio de não termos dinheiro na janela de transferências.

A resposta é simples, foi precisamente por termos pago dívida com critério, à cabeça, que hoje temos margem para contratar.

Passo a explicar:

Ao eliminarmos encargos com juros absurdos, libertámos recursos futuros e devolvemos previsibilidade à tesouraria. Ou seja, deixámos de viver no fio da navalha.

Este planeamento antecipado permitiu reorganizar o clube de forma estruturada, sem depender de vendas de última hora nem de fundos oportunistas. Um clube com a grandeza, história e marca do FC Porto nunca deveria ter chegado a esse ponto.

Só paga juros tão altos quem está completamente desacreditado, quem perdeu a confiança dos credores e geria o clube como se fosse um negócio pessoal de "fundo de quintal". Ou seja, a incompetência da gestão anterior obrigou o clube, durante muito tempo, a aceitar condições de empresas "fundo de quintal" de quem está à beira da falência.

A operação feita agora corrige esse disparate monumental. Substituímos dívidas caríssimas por uma estrutura moderna, limpa e com custos muito mais baixos, e com um detalhe que diz tudo:

Não precisamos hipotecar o Estádio, nem jogadores.

A única garantia foram, situações normais como as receitas futuras do Dragão: bilheteira, naming rights, contratos comerciais. Uma jogada inteligente, que mostra ao mercado que o clube tem projeção, tem um plano e sabe como gerar e honrar os seus compromissos.

E essa mensagem vale milhões. Porque os grandes fundos e investidores só se aproximam quando há seriedade, visão e competência técnica à frente do barco.

Este tipo de operação pode passar despercebida a muitos, mas é o género de medida estrutural que, lá na frente, evita o verdadeiro veneno: ter de vender a qualquer custo, para poder comprar.

Quando um clube precisa desesperadamente de encaixe para ir ao mercado, isso é um sinal de fraqueza, e o mercado cheira isso a quilómetros. Os compradores oferecem menos. Os vendedores exigem mais. Perdem-se oportunidades de negócio por falta de liquidez, e o clube fica preso num ciclo vicioso: vendemos mal, compramos pior e, no fim, ainda ficamos com a corda no pescoço.

Foi isso que nos levou, nos últimos anos, a bater à porta de atravessadores, fundos, empresários e intermediários, que cobravam juros obscenos e ainda ficavam com percentagens dos jogadores. Isso lembra-vos alguma coisa?

Hoje, com esta reestruturação, voltámos a ter margem de manobra. Voltámos a ser donos das nossas decisões.

🔧A engenharia por trás do milagre:

A redução dos encargos com juros foi apenas uma parte da reviravolta. Pelas minhas contas (confesso que não fui ao detalhe) ao cortar nas dívidas com taxas insustentáveis, o FC Porto passou a poupar mais de 5 milhões de euros por ano, dinheiro que antes era literalmente queimado em juros altíssimos e jogado para o ralo… Hoje, essa verba serve para pagar salários em dia, saldar dívidas antigas com fornecedores, reforçar o plantel com critério e, acima de tudo, transmitir uma imagem fortíssima de estabilidade e competência ao mercado.

Mas o trabalho de fundo não se limitou ao refinanciamento. Villas-Boas e a sua equipa foram à raiz do problema, mexendo onde doía, onde normalmente, ninguém quer mexer. Acabaram com despesas administrativas obscenas, como os mais de 3,6 milhões de euros anuais em gastos de representação, viagens luxuosas, viaturas topo de gama, contas de joalharias e almoços que serviam apenas para alimentar vaidades e o circuito do “favor”.

Esses privilégios foram eliminados. O Conselho de Administração cortou nos próprios salários, eliminou plafonds de representação e impôs regras claras: toda despesa tem de ser justificada, documentada e aprovada com base em critérios objetivos. A diferença foi imediata, não só no saldo bancário, mas na mensagem que se passou internamente e para o exterior: acabou o tempo da festa à custa do clube. E como o mercado gostaaaaaaa dissoooooooo......

Essa mudança interna teve reflexos diretos fora das paredes do Dragão. Porque os credores, investidores e fundos internacionais olham primeiro para o comportamento do próprio clube. E quando veem uma estrutura onde se acaba com mordomias, onde os gestores cortam nos seus próprios salários, onde os gastos são justificados e controlados, a mensagem é clara:

“Se eles tratam bem o dinheiro deles, também vão tratar bem do meu.

Foi exatamente isso que abriu as portas ao financiamento a 5,62%. O mercado não empresta a essas taxas só porque gosta do nome “FC Porto” empresta porque vê seriedade, vê disciplina e vê competência técnica.

Ao mesmo tempo, foi feita uma reorganização estrutural dentro do universo Porto. A fusão de empresas como a PortoEstádio e os Serviços Partilhados dentro da SAD permitiu cortar redundâncias, eliminar duplicação de funções, impensável, como em 2024 ainda cometíamos esse erro... e reduzir significativamente os custos operacionais. Essa fusão absorveu 90 trabalhadores e ativos avaliados em cerca de 20 milhes de euros, tornando a estrutura mais enxuta e eficaz.

Além disso, em apenas cinco meses, a nova gestão conseguiu renegociar 45 milhões de euros em dívidas com clubes e fornecedores, um alívio brutal na pressão de tesouraria, que reverteu anos de relações deterioradas com parceiros nacionais e internacionais.

Resultado? O FC Porto, que antes estava fora do radar do mercado financeiro europeu, desacreditado, ignorado, quase tóxico, voltou a ser visto como um clube com potencial, com plano e com liderança técnica. Algo que não acontecia há mais de uma década.

⚽E o mercado de transferências?

Também houve vendas, e significativas. Em apenas um ano, o FC Porto arrecadou mais de 210 milhões de euros com saídas como Nico González, Galeno ou Evanilson. Mas, ao contrário do passado, onde se vendia à pressa para tapar buracos ou pagar favores, agora o dinheiro foi usado com critério.

Parte foi canalizada para liquidar dívidas com clubes e fornecedores, o que ajudou a limpar a imagem do FC Porto no mercado. Outra parte foi usada para reforçar o plantel, sem meter fundos ao barulho e com comissões sob controlo, em seis contratações, penso que só uma envolveu comissionamento relevante, e dentro dos padrões da FIFA.

Mais importante ainda: houve critério desportivo, apostando em jogadores com margem de valorização. Se vão dar certo? Isso são outros 500, mas o trabalho foi bem feito.

A verdade é que o problema nunca foi vender, foi o que se fazia com o dinheiro. E é exatamente isso que agora mudou.

📈 A diferença está em como se GERE, não em quanto se tem.

Durante anos, venderam-nos a mentira de que divida e passivo fazia parte do jogo, que era preciso “gastar muito". Víamos uma gestão que parecia que só servia para assinar cheques, pagar comissões e fechar os olhos ao despesismo. Que resultados desportivos ou a falta deles, compravam-se com favores e amizades dentro da estrutura.

Hoje, é verdade que "só" ganhamos a Supertaça. Mas é preciso lembrar: ninguém reconstrói uma casa pelo telhado. E para as viúvas azuis, espero não precisar lembrar que existiram outros anos em que nem sequer conseguimos molhar a sopa.

Na minha opinião a gestão de Villas-Boas vai provar, que hoje em dia, ganhar começa nas contas. Na estrutura. Na limpeza. Na competência.

E nós, como adeptos e sócios, temos de voltar a ser exigentes, como éramos antes de Pinto da Costa comprar a claque e calar a crítica. Voltar a colocar o clube acima de nomes, amizades ou interesses pessoais.

Entender que os dirigentes estão lá para servir o FC Porto e não o contrário.

Mas atenção: criticar por criticar não é exigência, é ruído.

O que o FC Porto precisa é de sócios que saibam apontar o que está mal, mas com noção da realidade que esta direção encontrou.

Com memória. Com contexto. Com justiça!

Porque só assim é que a exigência constrói em vez de destruir.

Manter os olhos abertos, sem fanatismo, sem vendetas, mas com clareza, exigência e consciência crítica.

Perceber o que esta direção está a fazer, o clube que herdou, e ajustar a nossa postura.

Porque ser Porto também é saber avaliar com lucidez, e não só aplaudir no fim dos jogos.

E sem sombra de duvidas existe algo que já se está a construir, e que é ainda mais difícil de levantar do que uma taça: fundação, rumo e cultura de responsabilidade.

E confesso, eu pessoalmente adoro esse tipo de trabalho “invisível”, de formiguinha, aquele que não dá likes, que não enche capas, mas que no final, faz toda a diferença.

Organizar primeiro as contas. Recuperar a credibilidade. Reerguer a estrutura. Devolver dignidade à forma como o clube é gerido. E só depois atacar os títulos, com base, com rumo, com margem e coragem.

A diferença é que esta direção não está à espera que tudo esteja perfeito para começar a vencer. Parece estar-se a posicionar agora. E a preparar-se para ganhar já.

E se isso acontecer, com as fundações ainda a secar, será algo que nunca vi antes. Confesso que ainda tenho dúvidas. Mas se conseguir…

Vai ser histórico.

Eu sei que muitos vão espumar pela boca ao ler que nem tudo são títulos.
Provavelmente os mesmos que, nos últimos anos, iludidos por algumas conquistas sofridas, fecharam os olhos enquanto o clube se afundava.
Enquanto a casa ardia, andavam distraídos a festejar.
E esse facilitismo, essa falta de exigência, quase faliu o FC Porto.

Mas como sempre, não estou aqui para agradar a ninguem. Falo o que penso e penso o que falo. Nunca penso o que não falo, nem falo o que não penso. E no fim, assumo as minhas posições, com a cara descoberta.

A confiança que hoje se sente em torno do FC Porto não nasceu de uma taça ou de uma vitória ao rival. Nasceu sem conquistas, sem euforia, sem likes (muito pelo contrario) sem capas de jornal, nasceu quando os investidores voltaram a olhar para o clube e viram contas auditadas, fim de comissões obscuras, cortes em mordomias e uma liderança que coloca o clube em primeiro lugar, que pensa no médio e longo prazo.

E se já conseguimos tudo isto sem títulos, imaginem o que será quando as vitórias, a seu tempo, começarem a chegar.
Porque vão chegar! E quando chegarem, o clube vai estar preparado, sólido, limpo e com um futuro brilhante.

💙 Conclusão: O Porto voltou a inspirar confiança. E isso vale mais do que milhões.

O mercado pode não ter memória curta… mas tem olhos bem abertos. E está a ver que o nosso clube voltou a ser gerido com responsabilidade. Isso atrai investidores. Atrai patrocinadores. Atrai jogadores, como se tem visto. E, com o tempo, vai atrair vitórias também.

Quem ainda não percebeu como é que estamos a contratar, está distraído. Ou não quer perceber.

O FC Porto não se endividou mais, organizou-se melhor. E hoje está a colher os primeiros frutos dessa mudança.

Com transparência. Com competência. Com visão. 💙

Agora, sejamos honestos:

Eu sei que este tipo de conversa, para muitos adeptos, não diz grande coisa.

Há quem só queira saber de títulos, e que repita o chavão: “o Porto é ganhar, não é fazer contas.”

Mas para esses, deixo uma pergunta simples:

Como é que queres voltar a ganhar, sem uma estrutura para competir? Quando nem tinhas o necessário para salários? Quando olhavas para a frente e só vias nevoeiro, tudo era confuso e opaco!

Ganhar sem rumo é um acaso, é sorte!

Ganhar com rumo, com contas certas e com gente competente ao leme, é isso que torna o sucesso sustentável.

É isso que garante que os nossos filhos e netos também vão voltar a ver um FC Porto pujante.

Não por acaso. Mas por princípio.

E é por isso que falo destes temas. Porque podem parecer aborrecidos para alguns, mas para mim, e também sei que para alguns, isto importa. E muitoooooo!! 💙💙💙

Podem duvidar. Podem até fingir que não vêem.

Mas guardem este artigo, porque um dia vão entender que foi aqui, no meio dos escombros e do silêncio, que começou o novo ciclo de glória do FC Porto.

Aquele que vai fazer os nossos filhos e netos sentirem o mesmo arrepio que nós sentimos quando o Porto era Porto.

E tu, quando chegar a próxima conquista… vais poder dizer que acreditaste desde o início? 🐉
@grok, resume. Por tópicos.
 

F_Ferr

Não, não estive no treino.
11 Março 2012
10,156
14,058
Pouco mais de um ano passou desde que Villas-Boas chegou à presidência e encontrou um clube literalmente de joelhos.

Havia 8 mil em caixa, salários por pagar, uma multa da UEFA por incumprimento financeiro e um passivo que batia nos 500 milhões de euros. Um buraco tão fundo que muitos, com razão, perguntavam: "como é que se sai disto?”

E hoje, o que vemos? Um FC Porto ativo no mercado, com reforços cirúrgicos e capacidade negocial. Uma direção a contratar jogadores, aparentemente de qualidade, sem comissões obscenas nem fundos obscuros por trás. A pergunta mudou:

“Como é que, em tão pouco tempo, passámos da falência técnica para a ambição no mercado?”

A resposta não tem mistério. Tem nome: Governança financeira competente. E é isso que vou tentar explicar neste artigo.

A "peça" técnica que estava ausente do nosso clube há vários anos, entrou e chama-se José Pedro Pereira da Costa!

Num clube onde, durante décadas, o cargo de CFO servia apenas para assinar papéis ou calar auditorias, finalmente mudou e temos alguém que sabe o que faz e que foi treinado para fazer isso com mestria.

José Pedro Pereira da Costa, trouxe o que nunca houve antes: Credibilidade! Não é gestor de ocasião, nem ex-amigo de dirigentes. É técnico, é sério, é experiente! E isso faz toda a diferença, numa instituição que todos queremos profissional.

Foi ele que liderou a operação que mudou o jogo: a emissão de obrigações de 115 milhões de euros no mercado internacional, organizada pela JPMorgan e comprada por grandes investidores americanos.

💰A jogada que nos deu uma folga de 115M€ com juros baixos e sem necessidade de hipotecarmos o estádio.

Uma das grandes vitórias silenciosas desta nova gestão foi conseguir trocar dívida cara e sufocante por financiamento sustentável e de longo prazo. Isso foi feito através dessa emissão de 115 milhões de euros em obrigações, com uma taxa de apenas 5,62% e um prazo alargado de 25 anos, uma diferença brutal face aos juros de 8% a 13% que o clube pagava anteriormente.

A operação foi estruturada através da Dragon Bonds DAC uma entidade criada na Irlanda com o objetivo de profissionalizar e canalizar as receitas comerciais do Estádio do Dragão, como bilheteira, patrocínios e hospitalidade, de forma separada da gestão direta da SAD, dotando o clube de um instrumento moderno, transparente e auditado de financiamento.

No inicio deste ano, vários foram os adeptos que ficaram revoltados e sem entender como estávamos a usar o caixa para liquidar divida... Pensavam que estavamos abrir mão do plano desportivo. Não entendiam como um clube com tanto passivo estava pagando divida e tinham receio de não termos dinheiro na janela de transferências.

A resposta é simples, foi precisamente por termos pago dívida com critério, à cabeça, que hoje temos margem para contratar.

Passo a explicar:

Ao eliminarmos encargos com juros absurdos, libertámos recursos futuros e devolvemos previsibilidade à tesouraria. Ou seja, deixámos de viver no fio da navalha.

Este planeamento antecipado permitiu reorganizar o clube de forma estruturada, sem depender de vendas de última hora nem de fundos oportunistas. Um clube com a grandeza, história e marca do FC Porto nunca deveria ter chegado a esse ponto.

Só paga juros tão altos quem está completamente desacreditado, quem perdeu a confiança dos credores e geria o clube como se fosse um negócio pessoal de "fundo de quintal". Ou seja, a incompetência da gestão anterior obrigou o clube, durante muito tempo, a aceitar condições de empresas "fundo de quintal" de quem está à beira da falência.

A operação feita agora corrige esse disparate monumental. Substituímos dívidas caríssimas por uma estrutura moderna, limpa e com custos muito mais baixos, e com um detalhe que diz tudo:

Não precisamos hipotecar o Estádio, nem jogadores.

A única garantia foram, situações normais como as receitas futuras do Dragão: bilheteira, naming rights, contratos comerciais. Uma jogada inteligente, que mostra ao mercado que o clube tem projeção, tem um plano e sabe como gerar e honrar os seus compromissos.

E essa mensagem vale milhões. Porque os grandes fundos e investidores só se aproximam quando há seriedade, visão e competência técnica à frente do barco.

Este tipo de operação pode passar despercebida a muitos, mas é o género de medida estrutural que, lá na frente, evita o verdadeiro veneno: ter de vender a qualquer custo, para poder comprar.

Quando um clube precisa desesperadamente de encaixe para ir ao mercado, isso é um sinal de fraqueza, e o mercado cheira isso a quilómetros. Os compradores oferecem menos. Os vendedores exigem mais. Perdem-se oportunidades de negócio por falta de liquidez, e o clube fica preso num ciclo vicioso: vendemos mal, compramos pior e, no fim, ainda ficamos com a corda no pescoço.

Foi isso que nos levou, nos últimos anos, a bater à porta de atravessadores, fundos, empresários e intermediários, que cobravam juros obscenos e ainda ficavam com percentagens dos jogadores. Isso lembra-vos alguma coisa?

Hoje, com esta reestruturação, voltámos a ter margem de manobra. Voltámos a ser donos das nossas decisões.

🔧A engenharia por trás do milagre:

A redução dos encargos com juros foi apenas uma parte da reviravolta. Pelas minhas contas (confesso que não fui ao detalhe) ao cortar nas dívidas com taxas insustentáveis, o FC Porto passou a poupar mais de 5 milhões de euros por ano, dinheiro que antes era literalmente queimado em juros altíssimos e jogado para o ralo… Hoje, essa verba serve para pagar salários em dia, saldar dívidas antigas com fornecedores, reforçar o plantel com critério e, acima de tudo, transmitir uma imagem fortíssima de estabilidade e competência ao mercado.

Mas o trabalho de fundo não se limitou ao refinanciamento. Villas-Boas e a sua equipa foram à raiz do problema, mexendo onde doía, onde normalmente, ninguém quer mexer. Acabaram com despesas administrativas obscenas, como os mais de 3,6 milhões de euros anuais em gastos de representação, viagens luxuosas, viaturas topo de gama, contas de joalharias e almoços que serviam apenas para alimentar vaidades e o circuito do “favor”.

Esses privilégios foram eliminados. O Conselho de Administração cortou nos próprios salários, eliminou plafonds de representação e impôs regras claras: toda despesa tem de ser justificada, documentada e aprovada com base em critérios objetivos. A diferença foi imediata, não só no saldo bancário, mas na mensagem que se passou internamente e para o exterior: acabou o tempo da festa à custa do clube. E como o mercado gostaaaaaaa dissoooooooo......

Essa mudança interna teve reflexos diretos fora das paredes do Dragão. Porque os credores, investidores e fundos internacionais olham primeiro para o comportamento do próprio clube. E quando veem uma estrutura onde se acaba com mordomias, onde os gestores cortam nos seus próprios salários, onde os gastos são justificados e controlados, a mensagem é clara:

“Se eles tratam bem o dinheiro deles, também vão tratar bem do meu.

Foi exatamente isso que abriu as portas ao financiamento a 5,62%. O mercado não empresta a essas taxas só porque gosta do nome “FC Porto” empresta porque vê seriedade, vê disciplina e vê competência técnica.

Ao mesmo tempo, foi feita uma reorganização estrutural dentro do universo Porto. A fusão de empresas como a PortoEstádio e os Serviços Partilhados dentro da SAD permitiu cortar redundâncias, eliminar duplicação de funções, impensável, como em 2024 ainda cometíamos esse erro... e reduzir significativamente os custos operacionais. Essa fusão absorveu 90 trabalhadores e ativos avaliados em cerca de 20 milhes de euros, tornando a estrutura mais enxuta e eficaz.

Além disso, em apenas cinco meses, a nova gestão conseguiu renegociar 45 milhões de euros em dívidas com clubes e fornecedores, um alívio brutal na pressão de tesouraria, que reverteu anos de relações deterioradas com parceiros nacionais e internacionais.

Resultado? O FC Porto, que antes estava fora do radar do mercado financeiro europeu, desacreditado, ignorado, quase tóxico, voltou a ser visto como um clube com potencial, com plano e com liderança técnica. Algo que não acontecia há mais de uma década.

⚽E o mercado de transferências?

Também houve vendas, e significativas. Em apenas um ano, o FC Porto arrecadou mais de 210 milhões de euros com saídas como Nico González, Galeno ou Evanilson. Mas, ao contrário do passado, onde se vendia à pressa para tapar buracos ou pagar favores, agora o dinheiro foi usado com critério.

Parte foi canalizada para liquidar dívidas com clubes e fornecedores, o que ajudou a limpar a imagem do FC Porto no mercado. Outra parte foi usada para reforçar o plantel, sem meter fundos ao barulho e com comissões sob controlo, em seis contratações, penso que só uma envolveu comissionamento relevante, e dentro dos padrões da FIFA.

Mais importante ainda: houve critério desportivo, apostando em jogadores com margem de valorização. Se vão dar certo? Isso são outros 500, mas o trabalho foi bem feito.

A verdade é que o problema nunca foi vender, foi o que se fazia com o dinheiro. E é exatamente isso que agora mudou.

📈 A diferença está em como se GERE, não em quanto se tem.

Durante anos, venderam-nos a mentira de que divida e passivo fazia parte do jogo, que era preciso “gastar muito". Víamos uma gestão que parecia que só servia para assinar cheques, pagar comissões e fechar os olhos ao despesismo. Que resultados desportivos ou a falta deles, compravam-se com favores e amizades dentro da estrutura.

Hoje, é verdade que "só" ganhamos a Supertaça. Mas é preciso lembrar: ninguém reconstrói uma casa pelo telhado. E para as viúvas azuis, espero não precisar lembrar que existiram outros anos em que nem sequer conseguimos molhar a sopa.

Na minha opinião a gestão de Villas-Boas vai provar, que hoje em dia, ganhar começa nas contas. Na estrutura. Na limpeza. Na competência.

E nós, como adeptos e sócios, temos de voltar a ser exigentes, como éramos antes de Pinto da Costa comprar a claque e calar a crítica. Voltar a colocar o clube acima de nomes, amizades ou interesses pessoais.

Entender que os dirigentes estão lá para servir o FC Porto e não o contrário.

Mas atenção: criticar por criticar não é exigência, é ruído.

O que o FC Porto precisa é de sócios que saibam apontar o que está mal, mas com noção da realidade que esta direção encontrou.

Com memória. Com contexto. Com justiça!

Porque só assim é que a exigência constrói em vez de destruir.

Manter os olhos abertos, sem fanatismo, sem vendetas, mas com clareza, exigência e consciência crítica.

Perceber o que esta direção está a fazer, o clube que herdou, e ajustar a nossa postura.

Porque ser Porto também é saber avaliar com lucidez, e não só aplaudir no fim dos jogos.

E sem sombra de duvidas existe algo que já se está a construir, e que é ainda mais difícil de levantar do que uma taça: fundação, rumo e cultura de responsabilidade.

E confesso, eu pessoalmente adoro esse tipo de trabalho “invisível”, de formiguinha, aquele que não dá likes, que não enche capas, mas que no final, faz toda a diferença.

Organizar primeiro as contas. Recuperar a credibilidade. Reerguer a estrutura. Devolver dignidade à forma como o clube é gerido. E só depois atacar os títulos, com base, com rumo, com margem e coragem.

A diferença é que esta direção não está à espera que tudo esteja perfeito para começar a vencer. Parece estar-se a posicionar agora. E a preparar-se para ganhar já.

E se isso acontecer, com as fundações ainda a secar, será algo que nunca vi antes. Confesso que ainda tenho dúvidas. Mas se conseguir…

Vai ser histórico.

Eu sei que muitos vão espumar pela boca ao ler que nem tudo são títulos.
Provavelmente os mesmos que, nos últimos anos, iludidos por algumas conquistas sofridas, fecharam os olhos enquanto o clube se afundava.
Enquanto a casa ardia, andavam distraídos a festejar.
E esse facilitismo, essa falta de exigência, quase faliu o FC Porto.

Mas como sempre, não estou aqui para agradar a ninguem. Falo o que penso e penso o que falo. Nunca penso o que não falo, nem falo o que não penso. E no fim, assumo as minhas posições, com a cara descoberta.

A confiança que hoje se sente em torno do FC Porto não nasceu de uma taça ou de uma vitória ao rival. Nasceu sem conquistas, sem euforia, sem likes (muito pelo contrario) sem capas de jornal, nasceu quando os investidores voltaram a olhar para o clube e viram contas auditadas, fim de comissões obscuras, cortes em mordomias e uma liderança que coloca o clube em primeiro lugar, que pensa no médio e longo prazo.

E se já conseguimos tudo isto sem títulos, imaginem o que será quando as vitórias, a seu tempo, começarem a chegar.
Porque vão chegar! E quando chegarem, o clube vai estar preparado, sólido, limpo e com um futuro brilhante.

💙 Conclusão: O Porto voltou a inspirar confiança. E isso vale mais do que milhões.

O mercado pode não ter memória curta… mas tem olhos bem abertos. E está a ver que o nosso clube voltou a ser gerido com responsabilidade. Isso atrai investidores. Atrai patrocinadores. Atrai jogadores, como se tem visto. E, com o tempo, vai atrair vitórias também.

Quem ainda não percebeu como é que estamos a contratar, está distraído. Ou não quer perceber.

O FC Porto não se endividou mais, organizou-se melhor. E hoje está a colher os primeiros frutos dessa mudança.

Com transparência. Com competência. Com visão. 💙

Agora, sejamos honestos:

Eu sei que este tipo de conversa, para muitos adeptos, não diz grande coisa.

Há quem só queira saber de títulos, e que repita o chavão: “o Porto é ganhar, não é fazer contas.”

Mas para esses, deixo uma pergunta simples:

Como é que queres voltar a ganhar, sem uma estrutura para competir? Quando nem tinhas o necessário para salários? Quando olhavas para a frente e só vias nevoeiro, tudo era confuso e opaco!

Ganhar sem rumo é um acaso, é sorte!

Ganhar com rumo, com contas certas e com gente competente ao leme, é isso que torna o sucesso sustentável.

É isso que garante que os nossos filhos e netos também vão voltar a ver um FC Porto pujante.

Não por acaso. Mas por princípio.

E é por isso que falo destes temas. Porque podem parecer aborrecidos para alguns, mas para mim, e também sei que para alguns, isto importa. E muitoooooo!! 💙💙💙

Podem duvidar. Podem até fingir que não vêem.

Mas guardem este artigo, porque um dia vão entender que foi aqui, no meio dos escombros e do silêncio, que começou o novo ciclo de glória do FC Porto.

Aquele que vai fazer os nossos filhos e netos sentirem o mesmo arrepio que nós sentimos quando o Porto era Porto.

E tu, quando chegar a próxima conquista… vais poder dizer que acreditaste desde o início? 🐉
Parabéns pela excelente análise.
 

socrates

Tribuna
11 Setembro 2017
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Pouco mais de um ano passou desde que Villas-Boas chegou à presidência e encontrou um clube literalmente de joelhos.

Havia 8 mil em caixa, salários por pagar, uma multa da UEFA por incumprimento financeiro e um passivo que batia nos 500 milhões de euros. Um buraco tão fundo que muitos, com razão, perguntavam: "como é que se sai disto?”

E hoje, o que vemos? Um FC Porto ativo no mercado, com reforços cirúrgicos e capacidade negocial. Uma direção a contratar jogadores, aparentemente de qualidade, sem comissões obscenas nem fundos obscuros por trás. A pergunta mudou:

“Como é que, em tão pouco tempo, passámos da falência técnica para a ambição no mercado?”

A resposta não tem mistério. Tem nome: Governança financeira competente. E é isso que vou tentar explicar neste artigo.

A "peça" técnica que estava ausente do nosso clube há vários anos, entrou e chama-se José Pedro Pereira da Costa!

Num clube onde, durante décadas, o cargo de CFO servia apenas para assinar papéis ou calar auditorias, finalmente mudou e temos alguém que sabe o que faz e que foi treinado para fazer isso com mestria.

José Pedro Pereira da Costa, trouxe o que nunca houve antes: Credibilidade! Não é gestor de ocasião, nem ex-amigo de dirigentes. É técnico, é sério, é experiente! E isso faz toda a diferença, numa instituição que todos queremos profissional.

Foi ele que liderou a operação que mudou o jogo: a emissão de obrigações de 115 milhões de euros no mercado internacional, organizada pela JPMorgan e comprada por grandes investidores americanos.

💰A jogada que nos deu uma folga de 115M€ com juros baixos e sem necessidade de hipotecarmos o estádio.

Uma das grandes vitórias silenciosas desta nova gestão foi conseguir trocar dívida cara e sufocante por financiamento sustentável e de longo prazo. Isso foi feito através dessa emissão de 115 milhões de euros em obrigações, com uma taxa de apenas 5,62% e um prazo alargado de 25 anos, uma diferença brutal face aos juros de 8% a 13% que o clube pagava anteriormente.

A operação foi estruturada através da Dragon Bonds DAC uma entidade criada na Irlanda com o objetivo de profissionalizar e canalizar as receitas comerciais do Estádio do Dragão, como bilheteira, patrocínios e hospitalidade, de forma separada da gestão direta da SAD, dotando o clube de um instrumento moderno, transparente e auditado de financiamento.

No inicio deste ano, vários foram os adeptos que ficaram revoltados e sem entender como estávamos a usar o caixa para liquidar divida... Pensavam que estavamos abrir mão do plano desportivo. Não entendiam como um clube com tanto passivo estava pagando divida e tinham receio de não termos dinheiro na janela de transferências.

A resposta é simples, foi precisamente por termos pago dívida com critério, à cabeça, que hoje temos margem para contratar.

Passo a explicar:

Ao eliminarmos encargos com juros absurdos, libertámos recursos futuros e devolvemos previsibilidade à tesouraria. Ou seja, deixámos de viver no fio da navalha.

Este planeamento antecipado permitiu reorganizar o clube de forma estruturada, sem depender de vendas de última hora nem de fundos oportunistas. Um clube com a grandeza, história e marca do FC Porto nunca deveria ter chegado a esse ponto.

Só paga juros tão altos quem está completamente desacreditado, quem perdeu a confiança dos credores e geria o clube como se fosse um negócio pessoal de "fundo de quintal". Ou seja, a incompetência da gestão anterior obrigou o clube, durante muito tempo, a aceitar condições de empresas "fundo de quintal" de quem está à beira da falência.

A operação feita agora corrige esse disparate monumental. Substituímos dívidas caríssimas por uma estrutura moderna, limpa e com custos muito mais baixos, e com um detalhe que diz tudo:

Não precisamos hipotecar o Estádio, nem jogadores.

A única garantia foram, situações normais como as receitas futuras do Dragão: bilheteira, naming rights, contratos comerciais. Uma jogada inteligente, que mostra ao mercado que o clube tem projeção, tem um plano e sabe como gerar e honrar os seus compromissos.

E essa mensagem vale milhões. Porque os grandes fundos e investidores só se aproximam quando há seriedade, visão e competência técnica à frente do barco.

Este tipo de operação pode passar despercebida a muitos, mas é o género de medida estrutural que, lá na frente, evita o verdadeiro veneno: ter de vender a qualquer custo, para poder comprar.

Quando um clube precisa desesperadamente de encaixe para ir ao mercado, isso é um sinal de fraqueza, e o mercado cheira isso a quilómetros. Os compradores oferecem menos. Os vendedores exigem mais. Perdem-se oportunidades de negócio por falta de liquidez, e o clube fica preso num ciclo vicioso: vendemos mal, compramos pior e, no fim, ainda ficamos com a corda no pescoço.

Foi isso que nos levou, nos últimos anos, a bater à porta de atravessadores, fundos, empresários e intermediários, que cobravam juros obscenos e ainda ficavam com percentagens dos jogadores. Isso lembra-vos alguma coisa?

Hoje, com esta reestruturação, voltámos a ter margem de manobra. Voltámos a ser donos das nossas decisões.

🔧A engenharia por trás do milagre:

A redução dos encargos com juros foi apenas uma parte da reviravolta. Pelas minhas contas (confesso que não fui ao detalhe) ao cortar nas dívidas com taxas insustentáveis, o FC Porto passou a poupar mais de 5 milhões de euros por ano, dinheiro que antes era literalmente queimado em juros altíssimos e jogado para o ralo… Hoje, essa verba serve para pagar salários em dia, saldar dívidas antigas com fornecedores, reforçar o plantel com critério e, acima de tudo, transmitir uma imagem fortíssima de estabilidade e competência ao mercado.

Mas o trabalho de fundo não se limitou ao refinanciamento. Villas-Boas e a sua equipa foram à raiz do problema, mexendo onde doía, onde normalmente, ninguém quer mexer. Acabaram com despesas administrativas obscenas, como os mais de 3,6 milhões de euros anuais em gastos de representação, viagens luxuosas, viaturas topo de gama, contas de joalharias e almoços que serviam apenas para alimentar vaidades e o circuito do “favor”.

Esses privilégios foram eliminados. O Conselho de Administração cortou nos próprios salários, eliminou plafonds de representação e impôs regras claras: toda despesa tem de ser justificada, documentada e aprovada com base em critérios objetivos. A diferença foi imediata, não só no saldo bancário, mas na mensagem que se passou internamente e para o exterior: acabou o tempo da festa à custa do clube. E como o mercado gostaaaaaaa dissoooooooo......

Essa mudança interna teve reflexos diretos fora das paredes do Dragão. Porque os credores, investidores e fundos internacionais olham primeiro para o comportamento do próprio clube. E quando veem uma estrutura onde se acaba com mordomias, onde os gestores cortam nos seus próprios salários, onde os gastos são justificados e controlados, a mensagem é clara:

“Se eles tratam bem o dinheiro deles, também vão tratar bem do meu.

Foi exatamente isso que abriu as portas ao financiamento a 5,62%. O mercado não empresta a essas taxas só porque gosta do nome “FC Porto” empresta porque vê seriedade, vê disciplina e vê competência técnica.

Ao mesmo tempo, foi feita uma reorganização estrutural dentro do universo Porto. A fusão de empresas como a PortoEstádio e os Serviços Partilhados dentro da SAD permitiu cortar redundâncias, eliminar duplicação de funções, impensável, como em 2024 ainda cometíamos esse erro... e reduzir significativamente os custos operacionais. Essa fusão absorveu 90 trabalhadores e ativos avaliados em cerca de 20 milhes de euros, tornando a estrutura mais enxuta e eficaz.

Além disso, em apenas cinco meses, a nova gestão conseguiu renegociar 45 milhões de euros em dívidas com clubes e fornecedores, um alívio brutal na pressão de tesouraria, que reverteu anos de relações deterioradas com parceiros nacionais e internacionais.

Resultado? O FC Porto, que antes estava fora do radar do mercado financeiro europeu, desacreditado, ignorado, quase tóxico, voltou a ser visto como um clube com potencial, com plano e com liderança técnica. Algo que não acontecia há mais de uma década.

⚽E o mercado de transferências?

Também houve vendas, e significativas. Em apenas um ano, o FC Porto arrecadou mais de 210 milhões de euros com saídas como Nico González, Galeno ou Evanilson. Mas, ao contrário do passado, onde se vendia à pressa para tapar buracos ou pagar favores, agora o dinheiro foi usado com critério.

Parte foi canalizada para liquidar dívidas com clubes e fornecedores, o que ajudou a limpar a imagem do FC Porto no mercado. Outra parte foi usada para reforçar o plantel, sem meter fundos ao barulho e com comissões sob controlo, em seis contratações, penso que só uma envolveu comissionamento relevante, e dentro dos padrões da FIFA.

Mais importante ainda: houve critério desportivo, apostando em jogadores com margem de valorização. Se vão dar certo? Isso são outros 500, mas o trabalho foi bem feito.

A verdade é que o problema nunca foi vender, foi o que se fazia com o dinheiro. E é exatamente isso que agora mudou.

📈 A diferença está em como se GERE, não em quanto se tem.

Durante anos, venderam-nos a mentira de que divida e passivo fazia parte do jogo, que era preciso “gastar muito". Víamos uma gestão que parecia que só servia para assinar cheques, pagar comissões e fechar os olhos ao despesismo. Que resultados desportivos ou a falta deles, compravam-se com favores e amizades dentro da estrutura.

Hoje, é verdade que "só" ganhamos a Supertaça. Mas é preciso lembrar: ninguém reconstrói uma casa pelo telhado. E para as viúvas azuis, espero não precisar lembrar que existiram outros anos em que nem sequer conseguimos molhar a sopa.

Na minha opinião a gestão de Villas-Boas vai provar, que hoje em dia, ganhar começa nas contas. Na estrutura. Na limpeza. Na competência.

E nós, como adeptos e sócios, temos de voltar a ser exigentes, como éramos antes de Pinto da Costa comprar a claque e calar a crítica. Voltar a colocar o clube acima de nomes, amizades ou interesses pessoais.

Entender que os dirigentes estão lá para servir o FC Porto e não o contrário.

Mas atenção: criticar por criticar não é exigência, é ruído.

O que o FC Porto precisa é de sócios que saibam apontar o que está mal, mas com noção da realidade que esta direção encontrou.

Com memória. Com contexto. Com justiça!

Porque só assim é que a exigência constrói em vez de destruir.

Manter os olhos abertos, sem fanatismo, sem vendetas, mas com clareza, exigência e consciência crítica.

Perceber o que esta direção está a fazer, o clube que herdou, e ajustar a nossa postura.

Porque ser Porto também é saber avaliar com lucidez, e não só aplaudir no fim dos jogos.

E sem sombra de duvidas existe algo que já se está a construir, e que é ainda mais difícil de levantar do que uma taça: fundação, rumo e cultura de responsabilidade.

E confesso, eu pessoalmente adoro esse tipo de trabalho “invisível”, de formiguinha, aquele que não dá likes, que não enche capas, mas que no final, faz toda a diferença.

Organizar primeiro as contas. Recuperar a credibilidade. Reerguer a estrutura. Devolver dignidade à forma como o clube é gerido. E só depois atacar os títulos, com base, com rumo, com margem e coragem.

A diferença é que esta direção não está à espera que tudo esteja perfeito para começar a vencer. Parece estar-se a posicionar agora. E a preparar-se para ganhar já.

E se isso acontecer, com as fundações ainda a secar, será algo que nunca vi antes. Confesso que ainda tenho dúvidas. Mas se conseguir…

Vai ser histórico.

Eu sei que muitos vão espumar pela boca ao ler que nem tudo são títulos.
Provavelmente os mesmos que, nos últimos anos, iludidos por algumas conquistas sofridas, fecharam os olhos enquanto o clube se afundava.
Enquanto a casa ardia, andavam distraídos a festejar.
E esse facilitismo, essa falta de exigência, quase faliu o FC Porto.

Mas como sempre, não estou aqui para agradar a ninguem. Falo o que penso e penso o que falo. Nunca penso o que não falo, nem falo o que não penso. E no fim, assumo as minhas posições, com a cara descoberta.

A confiança que hoje se sente em torno do FC Porto não nasceu de uma taça ou de uma vitória ao rival. Nasceu sem conquistas, sem euforia, sem likes (muito pelo contrario) sem capas de jornal, nasceu quando os investidores voltaram a olhar para o clube e viram contas auditadas, fim de comissões obscuras, cortes em mordomias e uma liderança que coloca o clube em primeiro lugar, que pensa no médio e longo prazo.

E se já conseguimos tudo isto sem títulos, imaginem o que será quando as vitórias, a seu tempo, começarem a chegar.
Porque vão chegar! E quando chegarem, o clube vai estar preparado, sólido, limpo e com um futuro brilhante.

💙 Conclusão: O Porto voltou a inspirar confiança. E isso vale mais do que milhões.

O mercado pode não ter memória curta… mas tem olhos bem abertos. E está a ver que o nosso clube voltou a ser gerido com responsabilidade. Isso atrai investidores. Atrai patrocinadores. Atrai jogadores, como se tem visto. E, com o tempo, vai atrair vitórias também.

Quem ainda não percebeu como é que estamos a contratar, está distraído. Ou não quer perceber.

O FC Porto não se endividou mais, organizou-se melhor. E hoje está a colher os primeiros frutos dessa mudança.

Com transparência. Com competência. Com visão. 💙

Agora, sejamos honestos:

Eu sei que este tipo de conversa, para muitos adeptos, não diz grande coisa.

Há quem só queira saber de títulos, e que repita o chavão: “o Porto é ganhar, não é fazer contas.”

Mas para esses, deixo uma pergunta simples:

Como é que queres voltar a ganhar, sem uma estrutura para competir? Quando nem tinhas o necessário para salários? Quando olhavas para a frente e só vias nevoeiro, tudo era confuso e opaco!

Ganhar sem rumo é um acaso, é sorte!

Ganhar com rumo, com contas certas e com gente competente ao leme, é isso que torna o sucesso sustentável.

É isso que garante que os nossos filhos e netos também vão voltar a ver um FC Porto pujante.

Não por acaso. Mas por princípio.

E é por isso que falo destes temas. Porque podem parecer aborrecidos para alguns, mas para mim, e também sei que para alguns, isto importa. E muitoooooo!! 💙💙💙

Podem duvidar. Podem até fingir que não vêem.

Mas guardem este artigo, porque um dia vão entender que foi aqui, no meio dos escombros e do silêncio, que começou o novo ciclo de glória do FC Porto.

Aquele que vai fazer os nossos filhos e netos sentirem o mesmo arrepio que nós sentimos quando o Porto era Porto.

E tu, quando chegar a próxima conquista… vais poder dizer que acreditaste desde o início? 🐉
Deixou de se ver jogadores, equipas e agentes a reclamarem dividas ao NGC...que era uma vergonha o nosso nome sempre na lama
 

Gatão1983

"Saiam daqui, esta não é a puta da vossa casa"
14 Março 2023
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2
  • André Villas-Boas
  • Alfredo Quintana
Pouco mais de um ano passou desde que Villas-Boas chegou à presidência e encontrou um clube literalmente de joelhos.

Havia 8 mil em caixa, salários por pagar, uma multa da UEFA por incumprimento financeiro e um passivo que batia nos 500 milhões de euros. Um buraco tão fundo que muitos, com razão, perguntavam: "como é que se sai disto?”

E hoje, o que vemos? Um FC Porto ativo no mercado, com reforços cirúrgicos e capacidade negocial. Uma direção a contratar jogadores, aparentemente de qualidade, sem comissões obscenas nem fundos obscuros por trás. A pergunta mudou:

“Como é que, em tão pouco tempo, passámos da falência técnica para a ambição no mercado?”

A resposta não tem mistério. Tem nome: Governança financeira competente. E é isso que vou tentar explicar neste artigo.

A "peça" técnica que estava ausente do nosso clube há vários anos, entrou e chama-se José Pedro Pereira da Costa!

Num clube onde, durante décadas, o cargo de CFO servia apenas para assinar papéis ou calar auditorias, finalmente mudou e temos alguém que sabe o que faz e que foi treinado para fazer isso com mestria.

José Pedro Pereira da Costa, trouxe o que nunca houve antes: Credibilidade! Não é gestor de ocasião, nem ex-amigo de dirigentes. É técnico, é sério, é experiente! E isso faz toda a diferença, numa instituição que todos queremos profissional.

Foi ele que liderou a operação que mudou o jogo: a emissão de obrigações de 115 milhões de euros no mercado internacional, organizada pela JPMorgan e comprada por grandes investidores americanos.

💰A jogada que nos deu uma folga de 115M€ com juros baixos e sem necessidade de hipotecarmos o estádio.

Uma das grandes vitórias silenciosas desta nova gestão foi conseguir trocar dívida cara e sufocante por financiamento sustentável e de longo prazo. Isso foi feito através dessa emissão de 115 milhões de euros em obrigações, com uma taxa de apenas 5,62% e um prazo alargado de 25 anos, uma diferença brutal face aos juros de 8% a 13% que o clube pagava anteriormente.

A operação foi estruturada através da Dragon Bonds DAC uma entidade criada na Irlanda com o objetivo de profissionalizar e canalizar as receitas comerciais do Estádio do Dragão, como bilheteira, patrocínios e hospitalidade, de forma separada da gestão direta da SAD, dotando o clube de um instrumento moderno, transparente e auditado de financiamento.

No inicio deste ano, vários foram os adeptos que ficaram revoltados e sem entender como estávamos a usar o caixa para liquidar divida... Pensavam que estavamos abrir mão do plano desportivo. Não entendiam como um clube com tanto passivo estava pagando divida e tinham receio de não termos dinheiro na janela de transferências.

A resposta é simples, foi precisamente por termos pago dívida com critério, à cabeça, que hoje temos margem para contratar.

Passo a explicar:

Ao eliminarmos encargos com juros absurdos, libertámos recursos futuros e devolvemos previsibilidade à tesouraria. Ou seja, deixámos de viver no fio da navalha.

Este planeamento antecipado permitiu reorganizar o clube de forma estruturada, sem depender de vendas de última hora nem de fundos oportunistas. Um clube com a grandeza, história e marca do FC Porto nunca deveria ter chegado a esse ponto.

Só paga juros tão altos quem está completamente desacreditado, quem perdeu a confiança dos credores e geria o clube como se fosse um negócio pessoal de "fundo de quintal". Ou seja, a incompetência da gestão anterior obrigou o clube, durante muito tempo, a aceitar condições de empresas "fundo de quintal" de quem está à beira da falência.

A operação feita agora corrige esse disparate monumental. Substituímos dívidas caríssimas por uma estrutura moderna, limpa e com custos muito mais baixos, e com um detalhe que diz tudo:

Não precisamos hipotecar o Estádio, nem jogadores.

A única garantia foram, situações normais como as receitas futuras do Dragão: bilheteira, naming rights, contratos comerciais. Uma jogada inteligente, que mostra ao mercado que o clube tem projeção, tem um plano e sabe como gerar e honrar os seus compromissos.

E essa mensagem vale milhões. Porque os grandes fundos e investidores só se aproximam quando há seriedade, visão e competência técnica à frente do barco.

Este tipo de operação pode passar despercebida a muitos, mas é o género de medida estrutural que, lá na frente, evita o verdadeiro veneno: ter de vender a qualquer custo, para poder comprar.

Quando um clube precisa desesperadamente de encaixe para ir ao mercado, isso é um sinal de fraqueza, e o mercado cheira isso a quilómetros. Os compradores oferecem menos. Os vendedores exigem mais. Perdem-se oportunidades de negócio por falta de liquidez, e o clube fica preso num ciclo vicioso: vendemos mal, compramos pior e, no fim, ainda ficamos com a corda no pescoço.

Foi isso que nos levou, nos últimos anos, a bater à porta de atravessadores, fundos, empresários e intermediários, que cobravam juros obscenos e ainda ficavam com percentagens dos jogadores. Isso lembra-vos alguma coisa?

Hoje, com esta reestruturação, voltámos a ter margem de manobra. Voltámos a ser donos das nossas decisões.

🔧A engenharia por trás do milagre:

A redução dos encargos com juros foi apenas uma parte da reviravolta. Pelas minhas contas (confesso que não fui ao detalhe) ao cortar nas dívidas com taxas insustentáveis, o FC Porto passou a poupar mais de 5 milhões de euros por ano, dinheiro que antes era literalmente queimado em juros altíssimos e jogado para o ralo… Hoje, essa verba serve para pagar salários em dia, saldar dívidas antigas com fornecedores, reforçar o plantel com critério e, acima de tudo, transmitir uma imagem fortíssima de estabilidade e competência ao mercado.

Mas o trabalho de fundo não se limitou ao refinanciamento. Villas-Boas e a sua equipa foram à raiz do problema, mexendo onde doía, onde normalmente, ninguém quer mexer. Acabaram com despesas administrativas obscenas, como os mais de 3,6 milhões de euros anuais em gastos de representação, viagens luxuosas, viaturas topo de gama, contas de joalharias e almoços que serviam apenas para alimentar vaidades e o circuito do “favor”.

Esses privilégios foram eliminados. O Conselho de Administração cortou nos próprios salários, eliminou plafonds de representação e impôs regras claras: toda despesa tem de ser justificada, documentada e aprovada com base em critérios objetivos. A diferença foi imediata, não só no saldo bancário, mas na mensagem que se passou internamente e para o exterior: acabou o tempo da festa à custa do clube. E como o mercado gostaaaaaaa dissoooooooo......

Essa mudança interna teve reflexos diretos fora das paredes do Dragão. Porque os credores, investidores e fundos internacionais olham primeiro para o comportamento do próprio clube. E quando veem uma estrutura onde se acaba com mordomias, onde os gestores cortam nos seus próprios salários, onde os gastos são justificados e controlados, a mensagem é clara:

“Se eles tratam bem o dinheiro deles, também vão tratar bem do meu.

Foi exatamente isso que abriu as portas ao financiamento a 5,62%. O mercado não empresta a essas taxas só porque gosta do nome “FC Porto” empresta porque vê seriedade, vê disciplina e vê competência técnica.

Ao mesmo tempo, foi feita uma reorganização estrutural dentro do universo Porto. A fusão de empresas como a PortoEstádio e os Serviços Partilhados dentro da SAD permitiu cortar redundâncias, eliminar duplicação de funções, impensável, como em 2024 ainda cometíamos esse erro... e reduzir significativamente os custos operacionais. Essa fusão absorveu 90 trabalhadores e ativos avaliados em cerca de 20 milhes de euros, tornando a estrutura mais enxuta e eficaz.

Além disso, em apenas cinco meses, a nova gestão conseguiu renegociar 45 milhões de euros em dívidas com clubes e fornecedores, um alívio brutal na pressão de tesouraria, que reverteu anos de relações deterioradas com parceiros nacionais e internacionais.

Resultado? O FC Porto, que antes estava fora do radar do mercado financeiro europeu, desacreditado, ignorado, quase tóxico, voltou a ser visto como um clube com potencial, com plano e com liderança técnica. Algo que não acontecia há mais de uma década.

⚽E o mercado de transferências?

Também houve vendas, e significativas. Em apenas um ano, o FC Porto arrecadou mais de 210 milhões de euros com saídas como Nico González, Galeno ou Evanilson. Mas, ao contrário do passado, onde se vendia à pressa para tapar buracos ou pagar favores, agora o dinheiro foi usado com critério.

Parte foi canalizada para liquidar dívidas com clubes e fornecedores, o que ajudou a limpar a imagem do FC Porto no mercado. Outra parte foi usada para reforçar o plantel, sem meter fundos ao barulho e com comissões sob controlo, em seis contratações, penso que só uma envolveu comissionamento relevante, e dentro dos padrões da FIFA.

Mais importante ainda: houve critério desportivo, apostando em jogadores com margem de valorização. Se vão dar certo? Isso são outros 500, mas o trabalho foi bem feito.

A verdade é que o problema nunca foi vender, foi o que se fazia com o dinheiro. E é exatamente isso que agora mudou.

📈 A diferença está em como se GERE, não em quanto se tem.

Durante anos, venderam-nos a mentira de que divida e passivo fazia parte do jogo, que era preciso “gastar muito". Víamos uma gestão que parecia que só servia para assinar cheques, pagar comissões e fechar os olhos ao despesismo. Que resultados desportivos ou a falta deles, compravam-se com favores e amizades dentro da estrutura.

Hoje, é verdade que "só" ganhamos a Supertaça. Mas é preciso lembrar: ninguém reconstrói uma casa pelo telhado. E para as viúvas azuis, espero não precisar lembrar que existiram outros anos em que nem sequer conseguimos molhar a sopa.

Na minha opinião a gestão de Villas-Boas vai provar, que hoje em dia, ganhar começa nas contas. Na estrutura. Na limpeza. Na competência.

E nós, como adeptos e sócios, temos de voltar a ser exigentes, como éramos antes de Pinto da Costa comprar a claque e calar a crítica. Voltar a colocar o clube acima de nomes, amizades ou interesses pessoais.

Entender que os dirigentes estão lá para servir o FC Porto e não o contrário.

Mas atenção: criticar por criticar não é exigência, é ruído.

O que o FC Porto precisa é de sócios que saibam apontar o que está mal, mas com noção da realidade que esta direção encontrou.

Com memória. Com contexto. Com justiça!

Porque só assim é que a exigência constrói em vez de destruir.

Manter os olhos abertos, sem fanatismo, sem vendetas, mas com clareza, exigência e consciência crítica.

Perceber o que esta direção está a fazer, o clube que herdou, e ajustar a nossa postura.

Porque ser Porto também é saber avaliar com lucidez, e não só aplaudir no fim dos jogos.

E sem sombra de duvidas existe algo que já se está a construir, e que é ainda mais difícil de levantar do que uma taça: fundação, rumo e cultura de responsabilidade.

E confesso, eu pessoalmente adoro esse tipo de trabalho “invisível”, de formiguinha, aquele que não dá likes, que não enche capas, mas que no final, faz toda a diferença.

Organizar primeiro as contas. Recuperar a credibilidade. Reerguer a estrutura. Devolver dignidade à forma como o clube é gerido. E só depois atacar os títulos, com base, com rumo, com margem e coragem.

A diferença é que esta direção não está à espera que tudo esteja perfeito para começar a vencer. Parece estar-se a posicionar agora. E a preparar-se para ganhar já.

E se isso acontecer, com as fundações ainda a secar, será algo que nunca vi antes. Confesso que ainda tenho dúvidas. Mas se conseguir…

Vai ser histórico.

Eu sei que muitos vão espumar pela boca ao ler que nem tudo são títulos.
Provavelmente os mesmos que, nos últimos anos, iludidos por algumas conquistas sofridas, fecharam os olhos enquanto o clube se afundava.
Enquanto a casa ardia, andavam distraídos a festejar.
E esse facilitismo, essa falta de exigência, quase faliu o FC Porto.

Mas como sempre, não estou aqui para agradar a ninguem. Falo o que penso e penso o que falo. Nunca penso o que não falo, nem falo o que não penso. E no fim, assumo as minhas posições, com a cara descoberta.

A confiança que hoje se sente em torno do FC Porto não nasceu de uma taça ou de uma vitória ao rival. Nasceu sem conquistas, sem euforia, sem likes (muito pelo contrario) sem capas de jornal, nasceu quando os investidores voltaram a olhar para o clube e viram contas auditadas, fim de comissões obscuras, cortes em mordomias e uma liderança que coloca o clube em primeiro lugar, que pensa no médio e longo prazo.

E se já conseguimos tudo isto sem títulos, imaginem o que será quando as vitórias, a seu tempo, começarem a chegar.
Porque vão chegar! E quando chegarem, o clube vai estar preparado, sólido, limpo e com um futuro brilhante.

💙 Conclusão: O Porto voltou a inspirar confiança. E isso vale mais do que milhões.

O mercado pode não ter memória curta… mas tem olhos bem abertos. E está a ver que o nosso clube voltou a ser gerido com responsabilidade. Isso atrai investidores. Atrai patrocinadores. Atrai jogadores, como se tem visto. E, com o tempo, vai atrair vitórias também.

Quem ainda não percebeu como é que estamos a contratar, está distraído. Ou não quer perceber.

O FC Porto não se endividou mais, organizou-se melhor. E hoje está a colher os primeiros frutos dessa mudança.

Com transparência. Com competência. Com visão. 💙

Agora, sejamos honestos:

Eu sei que este tipo de conversa, para muitos adeptos, não diz grande coisa.

Há quem só queira saber de títulos, e que repita o chavão: “o Porto é ganhar, não é fazer contas.”

Mas para esses, deixo uma pergunta simples:

Como é que queres voltar a ganhar, sem uma estrutura para competir? Quando nem tinhas o necessário para salários? Quando olhavas para a frente e só vias nevoeiro, tudo era confuso e opaco!

Ganhar sem rumo é um acaso, é sorte!

Ganhar com rumo, com contas certas e com gente competente ao leme, é isso que torna o sucesso sustentável.

É isso que garante que os nossos filhos e netos também vão voltar a ver um FC Porto pujante.

Não por acaso. Mas por princípio.

E é por isso que falo destes temas. Porque podem parecer aborrecidos para alguns, mas para mim, e também sei que para alguns, isto importa. E muitoooooo!! 💙💙💙

Podem duvidar. Podem até fingir que não vêem.

Mas guardem este artigo, porque um dia vão entender que foi aqui, no meio dos escombros e do silêncio, que começou o novo ciclo de glória do FC Porto.

Aquele que vai fazer os nossos filhos e netos sentirem o mesmo arrepio que nós sentimos quando o Porto era Porto.

E tu, quando chegar a próxima conquista… vais poder dizer que acreditaste desde o início? 🐉
Os meus mais sinceros parabéns.

Revejo-me em cada palavra
 

doors1991

Tribuna
18 Junho 2019
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Conquistas
15
34
  • Sérgio Conceição
  • Madjer
  • Hulk
  • Falcao
Muito obrigado por conseguires vender esta cepalhada toda,ainda por cima fazendo bastante dinheiro.
Aqui se ve o quanto a antiga direcao estava a prejudicar o clube.
 
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Reações: Migueloto

Jorge_Bruno

Lugar Anual
7 Maio 2016
25,831
26,016
Conquistas
8
  • André Villas-Boas
  • José Maria Pedroto
  • Bobby Robson
  • Alfredo Quintana
Pouco mais de um ano passou desde que Villas-Boas chegou à presidência e encontrou um clube literalmente de joelhos.

Havia 8 mil em caixa, salários por pagar, uma multa da UEFA por incumprimento financeiro e um passivo que batia nos 500 milhões de euros. Um buraco tão fundo que muitos, com razão, perguntavam: "como é que se sai disto?”

E hoje, o que vemos? Um FC Porto ativo no mercado, com reforços cirúrgicos e capacidade negocial. Uma direção a contratar jogadores, aparentemente de qualidade, sem comissões obscenas nem fundos obscuros por trás. A pergunta mudou:

“Como é que, em tão pouco tempo, passámos da falência técnica para a ambição no mercado?”

A resposta não tem mistério. Tem nome: Governança financeira competente. E é isso que vou tentar explicar neste artigo.

A "peça" técnica que estava ausente do nosso clube há vários anos, entrou e chama-se José Pedro Pereira da Costa!

Num clube onde, durante décadas, o cargo de CFO servia apenas para assinar papéis ou calar auditorias, finalmente mudou e temos alguém que sabe o que faz e que foi treinado para fazer isso com mestria.

José Pedro Pereira da Costa, trouxe o que nunca houve antes: Credibilidade! Não é gestor de ocasião, nem ex-amigo de dirigentes. É técnico, é sério, é experiente! E isso faz toda a diferença, numa instituição que todos queremos profissional.

Foi ele que liderou a operação que mudou o jogo: a emissão de obrigações de 115 milhões de euros no mercado internacional, organizada pela JPMorgan e comprada por grandes investidores americanos.

💰A jogada que nos deu uma folga de 115M€ com juros baixos e sem necessidade de hipotecarmos o estádio.

Uma das grandes vitórias silenciosas desta nova gestão foi conseguir trocar dívida cara e sufocante por financiamento sustentável e de longo prazo. Isso foi feito através dessa emissão de 115 milhões de euros em obrigações, com uma taxa de apenas 5,62% e um prazo alargado de 25 anos, uma diferença brutal face aos juros de 8% a 13% que o clube pagava anteriormente.

A operação foi estruturada através da Dragon Bonds DAC uma entidade criada na Irlanda com o objetivo de profissionalizar e canalizar as receitas comerciais do Estádio do Dragão, como bilheteira, patrocínios e hospitalidade, de forma separada da gestão direta da SAD, dotando o clube de um instrumento moderno, transparente e auditado de financiamento.

No inicio deste ano, vários foram os adeptos que ficaram revoltados e sem entender como estávamos a usar o caixa para liquidar divida... Pensavam que estavamos abrir mão do plano desportivo. Não entendiam como um clube com tanto passivo estava pagando divida e tinham receio de não termos dinheiro na janela de transferências.

A resposta é simples, foi precisamente por termos pago dívida com critério, à cabeça, que hoje temos margem para contratar.

Passo a explicar:

Ao eliminarmos encargos com juros absurdos, libertámos recursos futuros e devolvemos previsibilidade à tesouraria. Ou seja, deixámos de viver no fio da navalha.

Este planeamento antecipado permitiu reorganizar o clube de forma estruturada, sem depender de vendas de última hora nem de fundos oportunistas. Um clube com a grandeza, história e marca do FC Porto nunca deveria ter chegado a esse ponto.

Só paga juros tão altos quem está completamente desacreditado, quem perdeu a confiança dos credores e geria o clube como se fosse um negócio pessoal de "fundo de quintal". Ou seja, a incompetência da gestão anterior obrigou o clube, durante muito tempo, a aceitar condições de empresas "fundo de quintal" de quem está à beira da falência.

A operação feita agora corrige esse disparate monumental. Substituímos dívidas caríssimas por uma estrutura moderna, limpa e com custos muito mais baixos, e com um detalhe que diz tudo:

Não precisamos hipotecar o Estádio, nem jogadores.

A única garantia foram, situações normais como as receitas futuras do Dragão: bilheteira, naming rights, contratos comerciais. Uma jogada inteligente, que mostra ao mercado que o clube tem projeção, tem um plano e sabe como gerar e honrar os seus compromissos.

E essa mensagem vale milhões. Porque os grandes fundos e investidores só se aproximam quando há seriedade, visão e competência técnica à frente do barco.

Este tipo de operação pode passar despercebida a muitos, mas é o género de medida estrutural que, lá na frente, evita o verdadeiro veneno: ter de vender a qualquer custo, para poder comprar.

Quando um clube precisa desesperadamente de encaixe para ir ao mercado, isso é um sinal de fraqueza, e o mercado cheira isso a quilómetros. Os compradores oferecem menos. Os vendedores exigem mais. Perdem-se oportunidades de negócio por falta de liquidez, e o clube fica preso num ciclo vicioso: vendemos mal, compramos pior e, no fim, ainda ficamos com a corda no pescoço.

Foi isso que nos levou, nos últimos anos, a bater à porta de atravessadores, fundos, empresários e intermediários, que cobravam juros obscenos e ainda ficavam com percentagens dos jogadores. Isso lembra-vos alguma coisa?

Hoje, com esta reestruturação, voltámos a ter margem de manobra. Voltámos a ser donos das nossas decisões.

🔧A engenharia por trás do milagre:

A redução dos encargos com juros foi apenas uma parte da reviravolta. Pelas minhas contas (confesso que não fui ao detalhe) ao cortar nas dívidas com taxas insustentáveis, o FC Porto passou a poupar mais de 5 milhões de euros por ano, dinheiro que antes era literalmente queimado em juros altíssimos e jogado para o ralo… Hoje, essa verba serve para pagar salários em dia, saldar dívidas antigas com fornecedores, reforçar o plantel com critério e, acima de tudo, transmitir uma imagem fortíssima de estabilidade e competência ao mercado.

Mas o trabalho de fundo não se limitou ao refinanciamento. Villas-Boas e a sua equipa foram à raiz do problema, mexendo onde doía, onde normalmente, ninguém quer mexer. Acabaram com despesas administrativas obscenas, como os mais de 3,6 milhões de euros anuais em gastos de representação, viagens luxuosas, viaturas topo de gama, contas de joalharias e almoços que serviam apenas para alimentar vaidades e o circuito do “favor”.

Esses privilégios foram eliminados. O Conselho de Administração cortou nos próprios salários, eliminou plafonds de representação e impôs regras claras: toda despesa tem de ser justificada, documentada e aprovada com base em critérios objetivos. A diferença foi imediata, não só no saldo bancário, mas na mensagem que se passou internamente e para o exterior: acabou o tempo da festa à custa do clube. E como o mercado gostaaaaaaa dissoooooooo......

Essa mudança interna teve reflexos diretos fora das paredes do Dragão. Porque os credores, investidores e fundos internacionais olham primeiro para o comportamento do próprio clube. E quando veem uma estrutura onde se acaba com mordomias, onde os gestores cortam nos seus próprios salários, onde os gastos são justificados e controlados, a mensagem é clara:

“Se eles tratam bem o dinheiro deles, também vão tratar bem do meu.

Foi exatamente isso que abriu as portas ao financiamento a 5,62%. O mercado não empresta a essas taxas só porque gosta do nome “FC Porto” empresta porque vê seriedade, vê disciplina e vê competência técnica.

Ao mesmo tempo, foi feita uma reorganização estrutural dentro do universo Porto. A fusão de empresas como a PortoEstádio e os Serviços Partilhados dentro da SAD permitiu cortar redundâncias, eliminar duplicação de funções, impensável, como em 2024 ainda cometíamos esse erro... e reduzir significativamente os custos operacionais. Essa fusão absorveu 90 trabalhadores e ativos avaliados em cerca de 20 milhes de euros, tornando a estrutura mais enxuta e eficaz.

Além disso, em apenas cinco meses, a nova gestão conseguiu renegociar 45 milhões de euros em dívidas com clubes e fornecedores, um alívio brutal na pressão de tesouraria, que reverteu anos de relações deterioradas com parceiros nacionais e internacionais.

Resultado? O FC Porto, que antes estava fora do radar do mercado financeiro europeu, desacreditado, ignorado, quase tóxico, voltou a ser visto como um clube com potencial, com plano e com liderança técnica. Algo que não acontecia há mais de uma década.

⚽E o mercado de transferências?

Também houve vendas, e significativas. Em apenas um ano, o FC Porto arrecadou mais de 210 milhões de euros com saídas como Nico González, Galeno ou Evanilson. Mas, ao contrário do passado, onde se vendia à pressa para tapar buracos ou pagar favores, agora o dinheiro foi usado com critério.

Parte foi canalizada para liquidar dívidas com clubes e fornecedores, o que ajudou a limpar a imagem do FC Porto no mercado. Outra parte foi usada para reforçar o plantel, sem meter fundos ao barulho e com comissões sob controlo, em seis contratações, penso que só uma envolveu comissionamento relevante, e dentro dos padrões da FIFA.

Mais importante ainda: houve critério desportivo, apostando em jogadores com margem de valorização. Se vão dar certo? Isso são outros 500, mas o trabalho foi bem feito.

A verdade é que o problema nunca foi vender, foi o que se fazia com o dinheiro. E é exatamente isso que agora mudou.

📈 A diferença está em como se GERE, não em quanto se tem.

Durante anos, venderam-nos a mentira de que divida e passivo fazia parte do jogo, que era preciso “gastar muito". Víamos uma gestão que parecia que só servia para assinar cheques, pagar comissões e fechar os olhos ao despesismo. Que resultados desportivos ou a falta deles, compravam-se com favores e amizades dentro da estrutura.

Hoje, é verdade que "só" ganhamos a Supertaça. Mas é preciso lembrar: ninguém reconstrói uma casa pelo telhado. E para as viúvas azuis, espero não precisar lembrar que existiram outros anos em que nem sequer conseguimos molhar a sopa.

Na minha opinião a gestão de Villas-Boas vai provar, que hoje em dia, ganhar começa nas contas. Na estrutura. Na limpeza. Na competência.

E nós, como adeptos e sócios, temos de voltar a ser exigentes, como éramos antes de Pinto da Costa comprar a claque e calar a crítica. Voltar a colocar o clube acima de nomes, amizades ou interesses pessoais.

Entender que os dirigentes estão lá para servir o FC Porto e não o contrário.

Mas atenção: criticar por criticar não é exigência, é ruído.

O que o FC Porto precisa é de sócios que saibam apontar o que está mal, mas com noção da realidade que esta direção encontrou.

Com memória. Com contexto. Com justiça!

Porque só assim é que a exigência constrói em vez de destruir.

Manter os olhos abertos, sem fanatismo, sem vendetas, mas com clareza, exigência e consciência crítica.

Perceber o que esta direção está a fazer, o clube que herdou, e ajustar a nossa postura.

Porque ser Porto também é saber avaliar com lucidez, e não só aplaudir no fim dos jogos.

E sem sombra de duvidas existe algo que já se está a construir, e que é ainda mais difícil de levantar do que uma taça: fundação, rumo e cultura de responsabilidade.

E confesso, eu pessoalmente adoro esse tipo de trabalho “invisível”, de formiguinha, aquele que não dá likes, que não enche capas, mas que no final, faz toda a diferença.

Organizar primeiro as contas. Recuperar a credibilidade. Reerguer a estrutura. Devolver dignidade à forma como o clube é gerido. E só depois atacar os títulos, com base, com rumo, com margem e coragem.

A diferença é que esta direção não está à espera que tudo esteja perfeito para começar a vencer. Parece estar-se a posicionar agora. E a preparar-se para ganhar já.

E se isso acontecer, com as fundações ainda a secar, será algo que nunca vi antes. Confesso que ainda tenho dúvidas. Mas se conseguir…

Vai ser histórico.

Eu sei que muitos vão espumar pela boca ao ler que nem tudo são títulos.
Provavelmente os mesmos que, nos últimos anos, iludidos por algumas conquistas sofridas, fecharam os olhos enquanto o clube se afundava.
Enquanto a casa ardia, andavam distraídos a festejar.
E esse facilitismo, essa falta de exigência, quase faliu o FC Porto.

Mas como sempre, não estou aqui para agradar a ninguem. Falo o que penso e penso o que falo. Nunca penso o que não falo, nem falo o que não penso. E no fim, assumo as minhas posições, com a cara descoberta.

A confiança que hoje se sente em torno do FC Porto não nasceu de uma taça ou de uma vitória ao rival. Nasceu sem conquistas, sem euforia, sem likes (muito pelo contrario) sem capas de jornal, nasceu quando os investidores voltaram a olhar para o clube e viram contas auditadas, fim de comissões obscuras, cortes em mordomias e uma liderança que coloca o clube em primeiro lugar, que pensa no médio e longo prazo.

E se já conseguimos tudo isto sem títulos, imaginem o que será quando as vitórias, a seu tempo, começarem a chegar.
Porque vão chegar! E quando chegarem, o clube vai estar preparado, sólido, limpo e com um futuro brilhante.

💙 Conclusão: O Porto voltou a inspirar confiança. E isso vale mais do que milhões.

O mercado pode não ter memória curta… mas tem olhos bem abertos. E está a ver que o nosso clube voltou a ser gerido com responsabilidade. Isso atrai investidores. Atrai patrocinadores. Atrai jogadores, como se tem visto. E, com o tempo, vai atrair vitórias também.

Quem ainda não percebeu como é que estamos a contratar, está distraído. Ou não quer perceber.

O FC Porto não se endividou mais, organizou-se melhor. E hoje está a colher os primeiros frutos dessa mudança.

Com transparência. Com competência. Com visão. 💙

Agora, sejamos honestos:

Eu sei que este tipo de conversa, para muitos adeptos, não diz grande coisa.

Há quem só queira saber de títulos, e que repita o chavão: “o Porto é ganhar, não é fazer contas.”

Mas para esses, deixo uma pergunta simples:

Como é que queres voltar a ganhar, sem uma estrutura para competir? Quando nem tinhas o necessário para salários? Quando olhavas para a frente e só vias nevoeiro, tudo era confuso e opaco!

Ganhar sem rumo é um acaso, é sorte!

Ganhar com rumo, com contas certas e com gente competente ao leme, é isso que torna o sucesso sustentável.

É isso que garante que os nossos filhos e netos também vão voltar a ver um FC Porto pujante.

Não por acaso. Mas por princípio.

E é por isso que falo destes temas. Porque podem parecer aborrecidos para alguns, mas para mim, e também sei que para alguns, isto importa. E muitoooooo!! 💙💙💙

Podem duvidar. Podem até fingir que não vêem.

Mas guardem este artigo, porque um dia vão entender que foi aqui, no meio dos escombros e do silêncio, que começou o novo ciclo de glória do FC Porto.

Aquele que vai fazer os nossos filhos e netos sentirem o mesmo arrepio que nós sentimos quando o Porto era Porto.

E tu, quando chegar a próxima conquista… vais poder dizer que acreditaste desde o início? 🐉
É preciso que todos leiam isto