Actualidade Nacional

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
5,930
6,477
É mais ou menos nesses pressupostos que o Putin se acha no direito de roubar terras à Ucrânia, pelo bem maior do povo russo.
Há uns séculos atrás era um hábito recorrente.
A sério que queres comparar as épocas?
A vida e a história dão muitas voltas, e aquilo que antigamente era normal e hoje é visto como impensável, amanhã pode voltar a ser normal de novo.
Os tempos e as circunstâncias estão sempre a mudar, e eles é que determinam as acções dos governos, independentemente de concordarmos ou não.
Quem acredita em direitos adquiridos eternamente, está-se a enganar a si próprio. Basta uma crise séria, e lá se vão os direitos por água abaixo. Se estavas aqui durante a covidmania, deves ter reparado no que aconteceu a direitos tão "sagrados" como os de circulação, reunião ou expressão. I rest my case.
 

LuisFreitas

Tribuna
24 Maio 2008
3,943
3,568
Vila Nova de Gaia, 1981
Não vejo qual é o problema de obrigar um proprietário a vender uma casa que nunca usou e que está a permitir que se degrade.
"Estou a guardar o terreno e construção para o meu netinho quando crescer".

A não ser que o edifício ou terreno em causa esteja a pôr em risco algo, (segurança, salubridade,etc, )qual o direito do Estado em usurpar alguma coisa comprada com o dinheiro LEGAL de alguém, só porque não dá resposta a um problema , ou não pensou de antemão no problema que o próprio criou?

Qualquer dia limita-se a dose de batatas fritas num restaurante porque existe alguém que passa fome.

O que o estado tem de fazer é com o imposto que eu pago quando peço mais batatas ,conseguir chegar a alguém necessitado algumas batatas..não e proibir me de ter porque alguém não tem

Mais vale não ter nada e o Estado dá tudo. Para alguma coisa existem os impostos. Não chega para tudo? Pois..
 
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Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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"Estou a guardar o terreno e construção para o meu netinho quando crescer".

A não ser que o edifício ou terreno em causa esteja a pôr em risco algo, (segurança, salubridade,etc, )qual o direito do Estado em usurpar alguma coisa comprada com o dinheiro LEGAL de alguém, só porque não dá resposta a um problema , ou não pensou de antemão no problema que o próprio criou?

Mais vale não ter nada e o Estado dá tudo. Para alguma coisa existem os impostos. Não chega para tudo? Pois..
O estado é que decide o que é legal ou não. Não estou a dizer que concordo. Estou a dizer que na prática é assim e sempre assim foi.
Nós na Europa vivemos há décadas em condições de segurança e de estabilidade, e acreditamos que temos direitos inalienáveis.
Mas quando surge uma crise nacional grave (uma guerra, por exemplo), os nossos direitos facilmente são revogados, o estado passa a ter o direito de te ir buscar a casa para te mandar para a frente de combate, ou de te fuzilar se recusares combater ou desertares, ou obrigar-te a aceitar em casa pessoas desalojadas.
Em horas de crise, o estado tem um poder discricionário e aos cidadãos só resta comer e calar. Sempre foi assim no passado, e não vejo motivo nenhum para que não pudesse voltar a acontecer. Sabemos lá como será o mundo daqui a vinte ou cinquenta anos!
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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"Estou a guardar o terreno e construção para o meu netinho quando crescer".

A não ser que o edifício ou terreno em causa esteja a pôr em risco algo, (segurança, salubridade,etc, )qual o direito do Estado em usurpar alguma coisa comprada com o dinheiro LEGAL de alguém, só porque não dá resposta a um problema , ou não pensou de antemão no problema que o próprio criou?

Qualquer dia limita-se a dose de batatas fritas num restaurante porque existe alguém que passa fome.

O que o estado tem de fazer é com o imposto que eu pago quando peço mais batatas ,conseguir chegar a alguém necessitado algumas batatas..não e proibir me de ter porque alguém não tem

Mais vale não ter nada e o Estado dá tudo. Para alguma coisa existem os impostos. Não chega para tudo? Pois..
Mas isso acontece em países ultra liberais, tipo Países Baixos ou Dinamarca.
Em Portugal é que não se pode pensar em alugueres coercivos ( e nem sequer era da segunda casa ou da casa de férias, era de quarta ou quinta propriedade com condições de serem habitadas e fechadas) ou aumentos de impostossem a conversa do socialismo e da nova Venezuela.

Há pessoas que trabalham e recebem salário e não têm dinheiro para pagar uma casa e sustentar a família. Isso parece-me bem mais grave do que o
direito à propriedade da quarta ou quinta habitação de uma pessoa que nem se importa de ter um casa fechada sem gerar rendimento, porque não precisa.
 
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LuisFreitas

Tribuna
24 Maio 2008
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Vila Nova de Gaia, 1981
O estado é que decide o que é legal ou não. Não estou a dizer que concordo. Estou a dizer que na prática é assim e sempre assim foi.
Nós na Europa vivemos há décadas em condições de segurança e de estabilidade, e acreditamos que temos direitos inalienáveis.
Mas quando surge uma crise nacional grave (uma guerra, por exemplo), os nossos direitos facilmente são revogados, o estado passa a ter o direito de te ir buscar a casa para te mandar para a frente de combate, ou de te fuzilar se recusares combater ou desertares, ou obrigar-te a aceitar em casa pessoas desalojadas.
Em horas de crise, o estado tem um poder discricionário e aos cidadãos só resta comer e calar. Sempre foi assim no passado, e não vejo motivo nenhum para que não pudesse voltar a acontecer. Sabemos lá como será o mundo daqui a vinte ou cinquenta anos!
Fiquemos no presente e nao daqui a 20 ou 50 anos.

A crise que existe é economia basica, nao é uma guerra ( e sim vou continuar na mesma tecla ): lei da oferta/procura, com as consequencias normais dos produtos ligados ao mercado. Há procura, nao ha oferta suficiente nem alicerces . Nao ha que chegue: casas, materiais, gente para trabalhar nesses materiais e construir essas casas. O preço sobe em tudo: produto acabado, materia prima, mao de obra. E ha quem consiga pagar esse aumento ( atraves de muitas situaçoes, mais ou menos criticaveis.) É uma pescadinha de rabo na boca. A soluçao normalmente esta a montante.
 
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LuisFreitas

Tribuna
24 Maio 2008
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Vila Nova de Gaia, 1981
Mas isso acontece em países ultra liberais, tipo Países Baixos ou Dinamarca.
Em Portugal é que não se pode pensar em alugueres coercivos ( e nem sequer era da segunda casa ou da casa de férias, era de quarta ou quinta propriedade com condições de serem habitadas e fechadas) ou aumentos de impostossem a conversa do socialismo e da nova Venezuela.

Há pessoas que trabalham e recebem salário e não têm dinheiro para pagar uma casa e sustentar a família. Isso parece-me bem mais grave do que o
direito à propriedade da quarta ou quinta habitação de uma pessoa que nem se importa de ter um casa fechada sem gerar rendimento, porque não precisa.
Quem tem que ajudar os que trabalham e nao tem dinheiro para a casa, é o Estado, nao é o vizinho. Ajudar seja com salarios altos, oferta condizente com a situaçao economica e social, por ai fora. E isso falhou nos ultimos anos. Ou nao foi suficiente.

Edit: eu gostava de saber os numeros de quantas terceiras e quartas habitaçoes existem. Nao sei mesmo se alguem tiver que consiga partilhar. Nao me acredito que solucionasse nem 10% da situaçao mas.
 
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sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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  • Março/22
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Se não houvesse falta de habitação não haveria proprietários a pedir um salário mínimo pela renda duma casa. Isso é sinal que a procura excede claramente a oferta, e que o mercado está desequilibrado.
Quanto ao direito de propriedade, na realidade ele só existe no plano teórico. Em última análise, quem decide desse direito é o estado, qaundo decide que o interesse colectivo se sobrepõe ao direito individual. Historicamente, em épocas de crise esse direito é simplesmente revogado, como quando no século XIV o rei decidiu que quem não cultivasse as suas terras perderia o direito a elas, ou quando no século XIX se instituiu o congelamento das rendas, ainda hoje parcialmente em vigor, ou como quando nos anos 30, nos EUA, o governo federal decidiu confiscar todo o ouro nas mãos de particulares, dando-lhes em troca papel-moeda
As rendas em percentagem do ordenado minimo se calhar não estão muito diferentes do que eram há 10 ou 15 anos.

Claro que o estado pode fazer essas coisas, em Portugal o estado scamou senhorios durante décadas com rendas ridiculas congeladas, e depois perguntasse porque é que há casas que não vão para o mercado.

No final o que as pessoas tem que aceitar que mudamos para outra coisa, na habitação, saude, educação e segurança, e ajustar a isso e aproveitar as oportunidades, não vale a pena andarem a chorar porque se estiverem a espera do estado para isso...
 
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Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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As rendas em percentagem do ordenado minimo se calhar não estão muito diferentes do que eram há 10 ou 15 anos.
A última vez que aluguei uma casa foi em 2005 e na altura pagava 200 euros de renda. Hoje o proprietário pede 500 euros pela mesma casa, ou seja, mais 150%.
Eu não ganho mais 150% do que ganhava há vinte anos, nem nada que se pareça.
 

sirmister

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21 Março 2008
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A última vez que aluguei uma casa foi em 2005 e na altura pagava 200 euros de renda. Hoje o proprietário pede 500 euros pela mesma casa, ou seja, mais 150%.
Eu não ganho mais 150% do que ganhava há vinte anos, nem nada que se pareça.
Em 2005 o ordenado mínimo era 374 euros a renda seria então 53% de um ordenado mínimo , atualmente é 870 euros ou seja 57% do ordenado mínimo.

Mas em 2005 era muito mais comum e facil ganhar 2 ou 3 ordenados minimos, e a questão até é muito mais essa do que propriamente o preço da habitação.. mas lá está a aposta foi encher Portugal de trabalho de baixo valor, é evidente que a pobreza e miséria aumentou e vai aumentar, não há milagres.

O material aumentou, e a mão de obra tambem aumentou, não dá para construir a 700 euros por m2 como em 2015.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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A agricultura contribui com um PIB de 2%, e esse emprego não interessa para nada até porque estás a trazer pessoas que não acrescentam nada e que não viriam. Haveria uma seleção do que poderia existir e o que fosse relevante teria que elevar o nivel e tecnologia.

Eu tenho essa noção, mas quando tu estás a vender a necessidade do país fazer esta aposta, podias dizer quem é que vai beneficiar, e quem é que vai prejudicar, a transformação que estás a fazer. Porque o que mais se vê é malta que defendeu esta aposta e se esquece de dizer que a aposta tem como resultado acabar com a social democracia e passar para um sistema capitalista, destruindo, saúde educação segurança, habitação, e coesão social.

Eu tenho terrenos em pousio e não tenho nenhuma penalização. Haverá muitas razões, e conheço muitas situações e estou nessa mesma situação que é o valor sentimental, nem toda a gente vive a vida só com os olhos no dinheiro.

Alem disso há todo um mundo que se pode importar para Portugal e esgotar essas casas rapidamente.. Basta ir ao algarve para veres isso.
2% direto. Mas sem uvas, não tens vinho. Sem trigo, não tens pão. Sem agrofloresta, não tens papel nem cortiça. Tens várias cadeias de valor que desapareceriam ou passariam a custar muito ao consumidor final mais se importasses diretamente toda a matéria-prima.

E essa dependência externa na alimentação leva-te a outro problema que é a exposição total aos preços do mercado global. Portugal tem uma posição geográfica privilegiada que permite produzir tudo em alguma quantidade. Vens mais para norte e encontras abacates a 3€ a unidade ou cerejas a 40€ ao quilo num supermercado.

A agricultura é dos setores mais subsidiados do mundo, pela lógica da segurança alimentar. Se o argumento para manter salários baixos na agricultura é também garantir preços acessíveis e segurança alimentar, pela tua lógica mais vale fazer o contrário: começas a pagar bons salários na agricultura, e o consumidor final paga a fatura à mesma, sem abdicar da agricultura. Já a ia pagar à mesma pela importação. Convém é perguntar aos 10 milhões se estão disponíveis para gastar no supermercado o triplo do que gastam atualmente.

As penalizações recaem sobre terrenos identificados. Quando comprei a herdade em Évora, uma das razões que levou o proprietário anterior a vender foi precisamente ter o terreno identificado e a pagar o triplo do IMI que estava a pagar antes. A lei existe, o problema, como sempre, é a sua aplicação.
 
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sirmister

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2% direto. Mas sem vinha, não tens uvas. Sem trigo, não tens pão. Sem agrofloresta, não tens papel nem cortiça. Tens várias cadeias de valor que desapareceriam ou passariam a custar muito ao consumidor final mais se importasses diretamente toda a matéria-prima.

E essa dependência externa na alimentação leva-te a outro problema que é a exposição total aos preços do mercado global. Portugal tem uma posição geográfica privilegiada que permite produzir tudo em alguma quantidade. Vens mais para norte e encontras abacates a 3€ a unidade ou cerejas a 40€ ao quilo num supermercado.

A agricultura é dos setores mais subsidiados do mundo, pela lógica da segurança alimentar. Se o argumento para manter salários baixos na agricultura é também garantir preços acessíveis e segurança alimentar, pela tua lógica mais vale fazer o contrário: começas a pagar bons salários na agricultura, e o consumidor final paga a fatura à mesma, sem abdicar da agricultura. Já a ia pagar à mesma pela importação. Convém é perguntar aos 10 milhões se estão disponíveis para gastar no supermercado o triplo do que gastam atualmente.

As penalizações recaem sobre terrenos identificados. Quando comprei a herdade em Évora, uma das razões que levou o proprietário anterior a vender foi precisamente ter o terreno identificado e a pagar o triplo do IMI que estava a pagar antes. A lei existe, o problema, como sempre, é a sua aplicação.
A esmagadora maioria dos cereais é importado Portugal não é bom para cereais. O consumo de vinho tem diminuido, a vinha tem que ser reformulada, eles até se queixam da importação de uva..

Sim a minha logica é exatamente essa, não se deve promover a exploração, se não quiserem pagar pela comida podem ir cultivar... é simples. Eu cresci num meio pequeno em que havia muita gente a viver da agricultura e foram abandonando porque não rendia.

Mas acima de tudo o que era importante é que quando se fala em importar imigrantes se colocasse as coisas nessa base, que vêm para cá para a miséria porque precisamos das cerejas mais baratas, em vez de se andar a dizer que se gosta muito dos imigrantes.
 

Dragão D'Ouro

Lugar Anual
8 Fevereiro 2023
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é preciso é combater estas pessoas, isto é que é o problema do país segundo os grandes corajosos que "dizem as verdades".

Beneficiários do RSI em queda e subsídio não vai além dos 155 euros
O número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) é cada vez menor
Valor já era miserável e ainda ficou pior.
 

Moradona

Bancada central
18 Maio 2025
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ah ok

mas concordamos que ter os beneficiários de rsi em queda em Portugal é um bom sinal.
Não necessariamente. Isso é uma leitura básica e sem qualquer tipo de valor.

O que o país deve almejar não é a diminuição do número de beneficiários do RSI, mas na diminuição da pobreza extrema. E aquilo que se verifica é que a pobreza extrema tem aumentado, e se tem aumentado não faz muito sentido que o número de beneficiários do RSI tenha diminuído.
 
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Ginjeet

Tribuna Presidencial
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A esmagadora maioria dos cereais é importado Portugal não é bom para cereais. O consumo de vinho tem diminuido, a vinha tem que ser reformulada, eles até se queixam da importação de uva..

Sim a minha logica é exatamente essa, não se deve promover a exploração, se não quiserem pagar pela comida podem ir cultivar... é simples. Eu cresci num meio pequeno em que havia muita gente a viver da agricultura e foram abandonando porque não rendia.

Mas acima de tudo o que era importante é que quando se fala em importar imigrantes se colocasse as coisas nessa base, que vêm para cá para a miséria porque precisamos das cerejas mais baratas, em vez de se andar a dizer que se gosta muito dos imigrantes.
Penso que aumentar, pelo menos intencionalmente, o custo de vida para o triplo no país resultava numa revolução. Politicamente, ninguém o fará.


A "importação" de imigrantes acontece, porque ninguém quer preencher essas vagas de trabalho. Não falamos só de agricultura, falamos de serviços, construção, etc. Por isso é que a minha questão para os que querem expulsar os imigrantes é sempre a mesma: "vais tu fazer esses trabalhos?"

O lado mais sensível é que eles até podem vir para a "miséria", como colocas, mas para eles é um upgrade relativamente à sua condição no país de origem, onde tinham conflitos, ocupações ou regimes autoritários. E certamente que na cabeça de cada um, a ideia será sempre melhorar a sua condição atual, tal como qualquer outra pessoa no planeta.
 

Costinha

Bancada central
29 Agosto 2016
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Penso que aumentar, pelo menos intencionalmente, o custo de vida para o triplo no país resultava numa revolução. Politicamente, ninguém o fará.


A "importação" de imigrantes acontece, porque ninguém quer preencher essas vagas de trabalho. Não falamos só de agricultura, falamos de serviços, construção, etc. Por isso é que a minha questão para os que querem expulsar os imigrantes é sempre a mesma: "vais tu fazer esses trabalhos?"

O lado mais sensível é que eles até podem vir para a "miséria", como colocas, mas para eles é um upgrade relativamente à sua condição no país de origem, onde tinham conflitos, ocupações ou regimes autoritários. E certamente que na cabeça de cada um, a ideia será sempre melhorar a sua condição atual, tal como qualquer outra pessoa no planeta.
O problema é o salário de merda. Os portugueses vão lá para fora fazer esses serviços.
 

sirmister

Tribuna Presidencial
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Penso que aumentar, pelo menos intencionalmente, o custo de vida para o triplo no país resultava numa revolução. Politicamente, ninguém o fará.


A "importação" de imigrantes acontece, porque ninguém quer preencher essas vagas de trabalho. Não falamos só de agricultura, falamos de serviços, construção, etc. Por isso é que a minha questão para os que querem expulsar os imigrantes é sempre a mesma: "vais tu fazer esses trabalhos?"

O lado mais sensível é que eles até podem vir para a "miséria", como colocas, mas para eles é um upgrade relativamente à sua condição no país de origem, onde tinham conflitos, ocupações ou regimes autoritários. E certamente que na cabeça de cada um, a ideia será sempre melhorar a sua condição atual, tal como qualquer outra pessoa no planeta.
Portugal tinha fechado se não tivesse importado 1.6M de imigrantes nos ultimos 6 ou 7 anos... mas alguém acredita nessa treta, o custo de vida tinha aumentado para o triplo 😅 Já parece quando fizeste a previsão que a inflação na argentina ia aumentar e ela caiu brutalmente..

Andaram a vender que era espetacular, foi ver as condições de vida de uma parte significativa da população a piorar, e agora afinal, até tiveram sorte, porque podia ter tudo aumentado para o triplo..

Sim, se o objetivo é andar a melhorar a qualidade de vida a indianos, é verdade que a viverem nas condições que tem sido documentadas ainda assim estão melhor do que estavam..

Mas no final a tua mensagem é importante porque acaba por estar de acordo com o caminho seguido, a social democracia como se conhecia acabou com esta transição, a questão agora é ver quais os partidos que melhor fazem essa transição para algo capitalista porque no final é o sistema que pode lidar com isto, até pelas fraturas que se causaram na sociedade.

O SNS vai ter que mudar para um sistema mais privado em que o acesso vai ter que ser pago, ou então deixa-se morrer simplesmente.

Na educação só não vê quem não quer, colegio privados vão aumentando e está a ser criado uma divisão maior no acesso a educação com qualidade que depois se projeta para o ensino superior onde quem vai entrar nos melhores cursos são alunos que vêm do privado, filhos das classes mais baixas não vão ser médicos como aconteceu nas ultimas décadas por exemplo, nos ultimos anos de resto muitos já não vão estudar porque não conseguem pagar um quarto.

E aquela coisa que se fez nas ultimas decadas de andar a tirar gente da pobreza e miseria, tambem acabou, agora até se faz o contrario..

Mas é o que é, pelo menos as cerejas não custam 40 paus o kg,