Nem estou a dizer o contrário, até porque o vírus "nasceu" lá e só tinham mesmo de pôr mãos à obra.DECO-10 disse:Neste caso em concreto, ninguém os pode acusar de não terem posto mãos à obra.
Nem estou a dizer o contrário, até porque o vírus "nasceu" lá e só tinham mesmo de pôr mãos à obra.DECO-10 disse:Neste caso em concreto, ninguém os pode acusar de não terem posto mãos à obra.
A China, que é o epicentro da epidemia, não abrandou o contágio?Carlos de Sousa disse:Agora a China já serve para "bons" exemplos?
Tu falas de cenários hipotéticos (um país entrar em bancarrota) e eu falo-te de um cenário factual (550 000 famílias em falência por não conseguirem pagar custos de saúde). Como tal, acho que o meu argumento é mais forte do que o teu.Azul Invicto disse:É verdade que o Estado não vai à falência só com despesas de saúde, mas falência do Estado significa falência de um país inteiro, ao contrário do exemplo que dás que são casos de familias e não do Estado. Não existe um sistema económico perfeito, apenas uns melhores do que outros entendes? O capitalismo não é imune a falências, mas se falarmos de falências em sistemas económicos socialistas ficávamos aqui o dia inteiro.
Se um Estado entra em falência, significa que todo o sistema de saúde pública vai seguir o mesmo caminho, compreendes? E volto a dizer, falas de milhares de falências nos estados unidos à custa da saúde, se em Portugal o Estado entra em falência o que acontece às familias portuguesas e ao SNS?
Mas não continuar a conversa quando se diz que por causa de 1 indicador já significa que é melhor do que o sistema suíço ou americano. É como dizer que um ford transit é melhor do um ferrari ou porsche por quem mais espaço para bagagem. Nem vou trazer aqui a lista de rankings que colocam o sistema de saúde da suiça como um dos melhores do mundo e à frente de Portugal porque não queres falar de soluções nem sequer trazer suporte documental que prove que o SNS é melhor do que o da Suiça e EUA.
Dagerman disse:Tu falas de cenários hipotéticos (um país entrar em bancarrota) e eu falo-te de um cenário factual (550 000 famílias em falência por não conseguirem pagar custos de saúde). Como tal, acho que o meu argumento é mais forte do que o teu.
Claro que se um país entra em bancarrota, não há serviço de saúde (nem sistema de pensões, já agora) que aguente. Mas não é isso que está aqui em questão. O que está em questão é tu defenderes a priori a saúde privada sem apresentares qualquer argumento a não ser essa hipotética falência do estado.
De resto, as probabilidades de Portugal entrar em bancarrota não são muito maiores do que as dos EUA, onde o endividamento do estado, das empresas e das famílias está em níveis estratosféricos (mas isto já seria outra conversa).
Eu faço o possível por não ver o mundo através de lentes ideológicas. E por isso sou capaz de dizer que numas coisas as propostas da esquerda são melhores, enquanto noutras são as da direita que fazem mais sentido.
Se Portugal tivesse o poder de impôr como reserva mundial a sua unidade monetária, e tivesse um banco central com autorização para imprimir todo o dinheiro que quisesse, também nunca precisaria do FMIAzul Invicto disse:E sobre as probabilidades de Portugal entrar em bancarrota não serem maiores do que as dos EUA, não apostes nisso. Não foi há muito tempo que tivemos a visita do FMI e nessa altura os EUA não pediram nenhum resgate.
E volto a dizer, temos uma economia estagnada. Quando a crise começar gostava de saber como se mantém o actual SNS com empresas e contribuintes a falir
Só um pouco de nitpicking da minha parte... É um grande problema nos EUA, mas isso não é factual.Dagerman disse:Tu falas de cenários hipotéticos (um país entrar em bancarrota) e eu falo-te de um cenário factual (550 000 famílias em falência por não conseguirem pagar custos de saúde). Como tal, acho que o meu argumento é mais forte do que o teu.
Claro que se um país entra em bancarrota, não há serviço de saúde (nem sistema de pensões, já agora) que aguente. Mas não é isso que está aqui em questão. O que está em questão é tu defenderes a priori a saúde privada sem apresentares qualquer argumento a não ser essa hipotética falência do estado.
De resto, as probabilidades de Portugal entrar em bancarrota não são muito maiores do que as dos EUA, onde o endividamento do estado, das empresas e das famílias está em níveis estratosféricos (mas isto já seria outra conversa).
Eu faço o possível por não ver o mundo através de lentes ideológicas. E por isso sou capaz de dizer que numas coisas as propostas da esquerda são melhores, enquanto noutras são as da direita que fazem mais sentido.
O artigo já é do ano passado, mas não creio que os números nele mencionados sejam muito diferentes hoje. E só não serão factuais se o estudo referido no artigo for científiamente inválido. O que não acredito que seja o caso.Johann disse:Só um pouco de nitpicking da minha parte... É um grande problema nos EUA, mas isso não é factual.
É uma questão de tempo o euro( e a propria UE) esta condenado.Dagerman disse:Numa economia globalizada, e completamente interdependente, nenhum país europeu entra em recessão sozinho, por muito mal gerido que seja. Estou convencido de que a economia portuguesa só pod eentrar em recessão se o mesmo acontecer com a economia dos países da zona euro.
dragao86 disse:https://twitter.com/urReidePortugal/status/1235682008464048130
Dagerman disse:Se Portugal tivesse o poder de impôr como reserva mundial a sua unidade monetária, e tivesse um banco central com autorização para imprimir todo o dinheiro que quisesse, também nunca precisaria do FMI![]()
A economia americana também está, na prática, estagnada. Sem os bilões de dólares do QE injectados na economia desde 2008, queria ver onde estaria hoje a economia americana (e mundial, claro).
Numa economia globalizada, e completamente interdependente, nenhum país europeu entra em recessão sozinho, por muito mal gerido que seja. Estou convencido de que a economia portuguesa só pod eentrar em recessão se o mesmo acontecer com a economia dos países da zona euro.
E se, ou quando, isso acontecer, claro que os rendimentos do estado, das empresas e das famílias vão ser afectados Mas se isso acontecesse, as famílias também não teriam dinheiro para cuidados médicos em clínicas privadas.
Para quem está desempregado, tanto dá um serviço de saúde em colapso como um serviço de saúde que não pode pagar.
Se dissessem aos portugueses "Agora começam a pagar os vosso cuidados de saúde (uns 500/mês, digamos) mas a boa notícia é que o salário mínimo passa a ser igual ao da Suíça (3 000 mês)", acho que ficraíamos todos contentíssimos. Só que não não temos salários suíços. Nem nunca teremos.Azul Invicto disse:A maiora das economias está a ficar estagnada, até a Alemanha, daí estarmos prestes a entrar numa recessão. Mas o que preferias? Uma economia estagnada alemã ou portuguesa? A alemã obviamente porque tem mais riqueza e mais mecanismos de ajuda.
Tu gostas sempre de falar na saúde americana para ter argumentos, vamos falar da saúde privada suiça, nenhum desempregado fica sem acesso à saúde porque o Estado ajuda nos custos. A diferença é que o Estado apenas paga a saúde dos que necessitam e não têm rendimentos suficientes enquanto quem tem rendimentos paga pela saúde privada, não sobrecarregando o sistema de saúde pública como no nosso caso que cria filas de espera para consultas com duração de anos.
Dagerman disse:Se dissessem aos portugueses "Agora começam a pagar os vosso cuidados de saúde (uns 500/mês, digamos) mas a boa notícia é que o salário mínimo passa a ser igual ao da Suíça (3 000 mês)", acho que ficraíamos todos contentíssimos. Só que não não temos salários suíços. Nem nunca teremos.
Portanto, acho que nem sequer faz sentido equacionar essa hipótese da privatização da saúde em Portugal. Nunca vai acontecer. Até porque, apesar de todas as suas imperfeições, o SNS é mais popular do que a castanha assada. Os portugueses (sobretudo os mais velhos) consideram-no uma das melhores criações do 25 de Abril.
De resto, nenhum partido com essa proposta no seu programa consegueria ter votos para ser governo. E portanto é um bocado absurdo estarmos aqui a perder tempo com esta conversa. Parece-me tão fútil como discutir os rituais de acasalamento dos unicórnios! (O que vale é que há tempo para tudo, felizmente![]()
Simples. O que acontece se a economia não cresce é que os sistemas de saúde (e de pensões) perdem toda a sustentabilidade financeira e colapsam. E nessa circunstância, quem tiver dinheiro é tratado numa clínica privada, e quem não tiver, reza para que a doença se cure sozinha.Azul Invicto disse:Não vai acontecer? Então explica-me o que acontece a um sistema de saúde pública quando a população envelhece e a economia não cresce?
Agora fiquei curioso em saber o que tu achas que faz crescer uma economia sem ser investimento e inovação. O que é? Aumento dos salários mínimos? Subir impostos aos mais ricos? Explica-me porque estou mesmo curioso com a resposta.Dagerman disse:Simples. O que acontece se a economia não cresce é que os sistemas de saúde (e de pensões) perdem toda a sustentabilidade financeira e colapsam. E nessa circunstância, quem tiver dinheiro é tratado numa clínica privada, e quem não tiver, reza para que a doença se cure sozinha.
E em que é que a privatização pode ser benéfica nesse cenário em que o PIB estagna ou decresce? Achas que as privatizações são uma poção mágica que faz crescer o PIB? Pergunto-me se fazes ideia do que é que verdadeiramente faz crescer uma economia. Espero que não penses que é "investimento", a "inovação tecnológica" ou qualquer outra treta do género.
O que faz crescer a economia é fundamentalmente... energia barata e abundante. Não vou justificar, que não tenho tempo para isso, mas faz uma pesquisa sobre o papel da energia (que aliás a maior parte dos economistas ignora) no crescimento económico e verás. Para te facilitar a vida, dou-te duas pistas de pesquisa: Dr. Tim Morgan e Vaclav Smil. Existem outros factores de crescimento económico, mas nenhum se compara (nem muito menos substitui) a energia barata e abundante. Basta pensares numa coisa: qual foi o país que mais cresceu ao longo do sec. XXI? A China. Porquê? Carvão a dar com um pau. A como estava o barril de petróleo em 1960? E em 2001? Segundo alguns analistas, o preço óptimo (para a conomia) do barril de petróleo seria menos de 20$ o barril. Há quantas décadas é que deixou de haver petróleo a esse preço? E como é que se tentou paliar o efeito dessa alta do preço dos combustíveis? Dou-te uma pista: economia de casino. Desinvestimento na estrutura produtiva, e aposta nos serviços e na financeirização da economia.Azul Invicto disse:Agora fiquei curioso em saber o que tu achas que faz crescer uma economia sem ser investimento e inovação. O que é? Aumento dos salários mínimos? Subir impostos aos mais ricos? Explica-me porque estou mesmo curioso com a resposta.
Já agora, pela tua lógica de que o sistema de saúde público ajudam a população em tempos de colapso financeiro, podemos então supor que a população venezuelana tem bons cuidados médicos é isso?
A diferença de uma saúde privatizada (não digo na totalidade) é que diminui as despesas do Estado na área da saúde, ou seja, menos impostos serão necessários para sustentar o aparelho público. Como tens o caso da Suiça onde a maioria da população vai para a saúde privada e o Estado garante serviços de saúde aos mais necessitados.
Não podemos ter uma saúde pública como a da Escandinávia sem ter a economia liberal da Escandinávia, não é possível.
Tendo em consideração que existem muitas outras variáveis, e isto é evidebtemente uma simplificação, medidas como o aumento dos salários mais baixos são promotoras de crescimento económico. Os aumentos são quase directamente traduzidos em consumo, um dos principais motores do crescimento.Azul Invicto disse:Aumento dos salários mínimos? Subir impostos aos mais ricos?