O facto de ter os dois e não só um deles reduziria substancialmente as odds. Não pessoalizariam tanto a coisa.
A resposta é simples. O fanático da religião que estiver a ser mais segregado, que está num ponto de exclusão social, pobreza material e frustração que acaba por não tem mais nada neste mundo a não ser os seus devaneios e ligação emocional com a sua fé e, consequentemente, nada a perder.
Junta a isso uma realidade hostil em que pessoas da sua fé estão a ser mortas aos milhares com malta a aplaudir e mostra isso às franjas da sociedade que já são vistas de lado e têm pouca ou nenhuma perspectiva de futuro.
Por muito menos que isto já houve cristãos a entrar em mesquitas de metrelhadora a matar pessoas que não tinham desenhado nenhuns cartoons.
A discussão sobre os cartoons é um fait divers, um mcguffin.
de forma simples, nos últimos 20 anos Israel boicotou todas as formas de governação moderada da Palestina, financiou o Hamas, continuou a expansão de colonatos e o massacre de palestinianos inocentes, até ao ponto em que estes não tinham nenhuma organização que os representasse a não ser o Hamas. A partir daí Israel já tinha o argumento que precisava para o genocidio, argumento que aliás acabamos de ler aqui hoje (“todos os palestinianos apoiam os terroristas, logo todos merecem morrer”).
O resto é o malabarismo do costume para ir trazer assuntos vagamente relacionados e passar a mensagem do “ou és por Israel ou és pelo islão radical” que absolutamente ninguém defende. O meu desejo é que procure ajuda profissional e que tome a medicação prescrita, que isto de andar a defender o massacre de pessoas inocentes com base em propaganda radical sionista não é saudável para ninguém.