Nada contra mas para assinar um pacto de não agressão pressupõe-se que um dos países está disposto a iniciar uma guerra.
Ao achares isso plausível legítimas qualquer tipo de invasão.
Pacto de não-agressão ou de neutralidade, chama-lhe o que quiseres.
A única exigência da Rússia era que a Ucrãnia nunca entrasse para a NATO. Uma exigência que não me parece assim tão abusiva.
Mas os líderes ucranianos, verdadeiros traidores dos interesses nacionais, preferiram vender-se aos americanos e pôr-se a namoriscar a NATO a partir de 2014..
E aí a Rússia fez o que não podia deixar de fazer, anexando a Crimeia.
Os líderes ucranianos retaliaram começando a perseguir e bombardear os seus próprios cidadãos de língua e cultura russa no leste do país. E a Rússia, uma vez mais, foi obrigada a agir.
Cinco anos depois, quem ficou a ganhar foram os russos e quem ficou a perder foram os ucranianos e os europeus.
Quem ficou também a ganhar foram os americanos, porque embora não tenham conseguido o seu objectivo de destruir o regime putinista, pelo menos conseguiram enfraquecer economicamente a Europa, ao obrigá-la a comprar gas natural aos EUA (mais caro) e petróleo russo à Índia (também mais caro), e ainda ficam com o controlo dos recursos ucranianos.
Esta é a minha leitura dos acontecimentos.