Somos dois.
O Alarcón tem um sentido prático muito desenvolvido e é altamente eficiente em frente à baliza. Percebe-se logo que não é português, nem fruto do processo formativo em Portugal. Não engonha, não tenta marcar bonito, não quer meter no ângulo, ou dar de lado, não perde tempo, não dá mais um toquezinho estúpido na bola, não joga para a namorada na bancada em frente à baliza, não quer ser Maradona quando pode marcar golo, percebe que o objectivo do jogo é meter a bola na baliza e que tudo o resto se SUBMETE a este objectivo e que se este não é cumprido, tudo o é INÚTIL.
Não acaba o jogo feliz pela jogada em que finta dois, faz um cueca, recebe de letra e, no fim, nem acerta com um remate na baliza. Não se vangloria disso, como se de um feito fantástico se tratasse. Não acha que esse lance faz dele melhor jogador, pelo contrário, é uma mancha no seu currículo.
Fora este pormaior, é um jogador vulgar.
O que deveria fazer de pensar o burro jogador português. Que tem mais talento, mais capacidade, mas que jamais estará perto da primeira equipa, porque se recusa a perceber que o OBJECTIVO do jogo é marcar golos (e não sofrer, também), que não há nota artística e que que se a técnica e habilidade não tem expressão no resultado final, não serve PARA NADA.
Assim, há meio mundo que pede Alcorcón na A, um jogador vulgar mas inteligiente em frente da baliza. E ninguém pede o outro, muito habilidoso, cheio de estilo e talento, mas que é BURRO QUE NEM UMA PORTA em frente da baliza ou no momento decisivo.