“Os jogadores têm que ter conhecimento das leis”
Bertino Miranda deu uma formação em arbitragem aos sub-19 do FC Porto
Os juniores foram os primeiros futebolistas do FC Porto a participar numa formação lecionada pelo novo assessor e formador para a área de arbitragem e leis do jogo. Para que “o Clube, no seu todo, esteja atualizado com as leis e para que o comportamento das equipas perante o árbitro seja igual em todos os escalões”, Bertino Miranda procurou “sensibilizar os jogadores para o papel dos árbitros” numa tentativa de “os esclarecer, os informar e os tornar mais fortes”.
“Se não tiverem conhecimento, podem prejudicar a própria equipa ao reclamar algo que não tem razão. Se algum dia tiverem que abordar o árbitro, que seja com razão e para isso é preciso conhecer as leis”, explicou o antigo árbitro assistente seguro de que “o desconhecimento é mau para a equipa e é mau para o jogador”. “O objetivo é haver várias formações ao longo da época”, acrescentou Bertino Miranda no rescaldo da ação realizada no CTFD PortoGaia.
Postura uniforme
“O principal objetivo é que o Clube, no seu todo, esteja atualizado com as leis e para que o comportamento das equipas perante o árbitro e perante o jogo seja igual em todos os escalões.”
Miúdos e graúdos
“Começámos hoje com os sub-19 e, futuramente, vamos estar com a equipa feminina, com a equipa A, com a equipa B e mesmo com os mais jovens jogadores da formação, na Dragon Force.”
Conhecimento de causa
“Acima de tudo é o conhecimento, porque eles são praticantes de futebol e têm que ter conhecimento das leis. Se não tiverem conhecimento, podem prejudicar a própria equipa ao reclamar algo que não tem razão. Se algum dia tiverem que abordar o árbitro, que seja com razão e para isso é preciso conhecer as leis.”
Pormenores decisivos
“As pessoas conhecem as leis na generalidade, mas depois há situações pontuais que acontecem raramente no jogo e as pessoas esquecem-se. Se não relembrarmos, se não estudarmos e se não alertarmos, que é o meu papel, o desconhecimento é mau para a equipa e é mau para o jogador. Um dos grandes objetivos foi sensibilizá-los para o papel da arbitragem, porque os árbitros querem dar o seu melhor e são uma peça importante no jogo, mas eles também têm que ter conhecimento. De outra forma, não vão ser bons jogadores de futebol.”
Saber abordar os árbitros
“É fundamental, até porque a FIFA e a UEFA têm vindo a criar novas regras para proteger a imagem dos árbitros. A imagem do árbitro tem que estar protegida e os jogadores têm que ter uma boa relação com ele, porque é uma peça fundamental do jogo. Para os elementos do banco é igual. Temos que perceber que o árbitro é um homem, é alguém que está ali para decidir e que só tem uma fração de segundos para decidir. Se incorporarmos o papel do árbitro, teremos mais compreensão por tudo o que acontece no jogo.”
Da teoria à prática
“O grande objetivo desta dinâmica é haver interação com os jogadores e obrigá-los a responder. Porque se eu lhes der as respostas todas, eles vão sair daqui com a cabeça um bocado vazia. A partir do momento em que eles respondem isto vai tocar-lhes, principalmente quando dão respostas erradas. Nós aprendemos muito com os erros e, no caso deles, ao darem uma resposta errada, ficam a pensar «eu não sabia isto». Isso tocou-lhes e eles saíram daqui mais enriquecidos no que diz respeito ao jogo.”
Aprendizagem contínua
“O objetivo é haver várias formações ao longo da época, porque, daqui a um mês, os jogadores se calhar já só se lembram de 10% ou 15% do que ouviram hoje. Portanto, vai ser preciso relembrar, aproveitar as situações dos jogos deles, que são as que eles mais sentem, para os esclarecer, para os informar e para os tornar mais fortes.”
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