O Regime e o Esportiva, em comunicados dignos do Conselho de Segurança da ONU, vieram exigir justiça… porque o FC Porto teve a audácia de ligar uma televisão no Estádio do Dragão.
Sim, o crime é grave, mostrar imagens reais de futebol.
No futebol português de 2025:
Adepto do Regime invadir o relvado para "apertar os árbitros"? Nunca vimos!
Gritar com árbitros no túnel? Normal.
Fazer pedidos de avaliações “por e-mail”? Institucional.
Nomeações cirúrgicas de observadores e VARs de confiança? Tradição.
Agora, uma TV ligada ao intervalo? Terrorismo desportivo audiovisual!
Sim, estamos perante o escândalo do século.
Um caso de polícia desportiva, onde o André Villas-Boas surge como o perigoso inventor da televisão impossível de desligar, acusado de usar um cabo HDMI para condicionar árbitros por telepatia digital.
E o Fábio Veríssimo, esse ícone do “aguenta, aguenta”, jura que a televisão não dava para desligar, talvez porque, desta vez, a verdade também estava ligada.
Querem tanto moralizar o futebol que já pedem a perda dos 3 pontos, porque o Porto, o atrevimento! Até ganhou o jogo.
O futebol português está tão mal que sempre que o Porto ganha, há crise nacional.
O futebol português é, aliás, um caso de estudo em relatividade moral.
Quando o Porto está em primeiro, surgem logo as teses:
“A Liga está fraca.”
“As equipas pequenas não competem.”
“Os árbitros andam mal.”
Mas basta o Regime ou o Esportiva liderarem e, de repente, o futebol nacional passa a ser “um exemplo europeu”, “vive o seu auge formativo” e “exporta talento e treinadores de topo”.
No fundo, o problema nunca foi a qualidade do futebol.
O problema é cromático. É a cor de quem ganha.