Actualidade Nacional

Neo

Tribuna Presidencial
8 Abril 2016
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Estou a ver a CMTV. A filha da Tânia Laranjo está em pânico.

É diferente a cobertura dos incêndios da CMTV e dos demais canais. Os pirómanos de certeza que ficam excitados com a cobertura dos incêndios por parte da CMTV.

Os seus jornalistas têm de estar sempre nos locais mais perigosos, quase em cima das chamas. Muitas vezes são obrigados a correr para fugirem. Na semana passada, quase que ardia um carro da CMTV.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
12,008
16,477
Estou a ver a CMTV. A filha da Tânia Laranjo está em pânico.

É diferente a cobertura dos incêndios da CMTV e dos demais canais. Os pirómanos de certeza que ficam excitados com a cobertura dos incêndios por parte da CMTV.

Os seus jornalistas têm de estar sempre nos locais mais perigosos, quase em cima das chamas. Muitas vezes são obrigados a correr para fugirem. Na semana passada, quase que ardia um carro da CMTV.
É um show off indecente. Andam ali no meio do fogo, no meio dos bombeiros, a meio metro do fogo, a colocarem-se em perigo, a repetirem as mesmas frases 20 vezes, outro dia andava um tolinho a pedir aos bombeiros que me molhassem as calças e os sapatos. Quem é que precisa de ver isto?
 

Moradona

Bancada central
18 Maio 2025
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A FCT já vai com o crl. Agora o Plano Nacional de Leitura e a Rede de Bibliotecas Escolares:


Mas também, um país de broncos onde um partido de broncos se aproxima do poder à velocidade da luz não precisa destas merdas como os livros e a ciência para nada. Parabéns imbecis do crl.
A FCT estava a precisar de uma reestruturação profunda. No momento é apenas um símbolo da precariedade do sistema científico português, com pouco financiamento, instabilidade no financiamento, atrasos no pagamento das bolsas, excessos de burocracia, muita falta de transparência e corrupção.

Agora, o problema é o caminho que este governo quer seguir com a extinção da FCT e a criação de uma nova fundação para a ciência acoplada à Agência Nacional de Inovação. Aqui temo que o objetivo e tirar autonomia ao sistema académica e dá-lo ao setor empresarial. É um erro crasso a achar que toda a ciência tem de seguir a vontade e servir o setor privado. O que isto pode significar é que as empresas vão sugar a esmagadora maioria do financiamento externo.

O mais sensato e lógico seria procurar resolver os problemas da FCT até porque não existem garantias nenhumas que a nova agência não venha a sofrer dos mesmos defeitos, acho até que é o mais provável.

São medidas profundamente ideológicas e economicistas nesta nova tendência de viragem à 'direita'.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
12,008
16,477
Não eram estes que afastavam automaticamente qualquer membro do partido que tivesse casos suspeitos? Paga lá os 20 mil euros ao Vítor Pilas, pá.

Lina Lopes continua no gabinete de Pacheco Amorim – Observador

Mesmo perto do limite de entrega das listas autárquicas, Lina Lopes desistiu de ser a candidata do Chega à presidência da câmara de Setúbal, revelando ser vítima de “tentativas de chantagem” e de uma “campanha difamatória”. A decisão veio na sequência de denúncias feitas por um empresário de Setúbal que terá emprestado à candidata 20 mil euros e ainda lhe terá comprado um carro no valor de 38.400 euros. Lina Lopes vai, no entanto, sabe o Observador, continuar a trabalhar no gabinete do vice-presidente da AR e ideólogo do Chega, Diogo Pacheco Amorim.

Tudo começou quando foram partilhados — por alguns militantes e apoiantes do Chega — prints do telemóvel de um tal “Vítor Pilas” a exigir que Lina Lopes lhe devolvesse o dinheiro “até domingo”. As mesmas mensagens mostravam uma alegada mensagem da candidata a dizer que iria em breve ter com o “caro Vítor” para conversarem. Terá sido tarde demais. Na segunda-feira, Lina Lopes desistia da corrida, mas deixava claro que a “decisão de retirar a candidatura à câmara municipal de Setúbal” não significava “qualquer reconhecimento das falsas acusações” que lhe eram imputadas.

Vítor Pilas (nome que o próprio teria gravado no telemóvel aquando da divulgação das conversas) é, afinal, Vítor Marrafa Correia, que é co-proprietário, em conjunto com a mulher, de um restaurante em Setúbal. Em páginas afetas ao Chega chegou a ser publicada uma imagem de Vítor Correia com a indicação de que era mandatário da candidatura de Lina Lopes. Mas também isso é um mistério.

A estrutura local e distrital do Chega desconhece e nega que o empresário alguma vez tenha sido mandatário, embora fontes locais do partido admitam que a candidata possa ter prometido isso a Vítor Correia e até que esse conteúdo tenha sido divulgado por responsáveis afetos à candidatura. A imagem foi partilhada a 23 de julho (antes de as coisas azedarem com Lina Lopes) numa página Facebook, entretanto apagada, que pertencia a Vítor Correia.

Apoiantes da candidata que continuam próximos de Lina Lopes dizem ao Observador que a própria foi “vítima de uma guerra interna” e desconfiam que foram os próprios “dirigentes da distrital” a “instigar” Vítor Correia a atacar publicamente a candidata. Sobre o dinheiro, essas mesmas fontes são esquivas: “Disso não sabemos nada”. Uma delas chega a dizer: “Eu creio até que ela na segunda-feira tentou devolver o carro em causa, mas o senhor Vítor não aceitou”. As mesmas fontes defendem Lina Lopes: “Os tipos da distrital queriam meter os nomes deles, a Lina resistiu e arranjaram isto para a afastar”.



PS exige que seja seguido “rasto do dinheiro”, Vítor Correia nega empréstimos
A origem do dinheiro está a ser contestada por adversários políticos. O presidente da distrital do PS de Setúbal disse na terça-feira que “é imperativo que se investiguem os empréstimos e financiamentos que o Mandatário lhe conferiu, que tipo de chantagem está em causa e porque lhes cedeu uma política tão experimentada, abandonando a corrida à capital do 4.° maior distrito do País, onde tinha a eleição como vereadora virtualmente garantida.”

Para Pinotes Batista, “a notícia que importa não é a desistência. A notícia que realmente falta dar, só é possível seguindo o rasto do dinheiro. Que papel teve André Ventura neste processo? O Chega não tem credibilidade, nem estrutura para comandar os destinos de uma autarquia. São bons no grito, mas não sabem dialogar. São eficazes a denunciar, mas não conseguem formular uma solução.”

Contactado pelo Observador, Vítor Correia começou por dizer que os “jornalistas são todos merda”, mas — numa conversa interrompida por ter desligado algumas vezes, e de forma inopinada, as chamadas — foi negando quer as denúncias públicas que fez, quer ter tido algum cargo na campanha. O anteriormente auto-anunciado mandatário diz agora que nunca o foi. “Isso foram eles do Chega que meteram lá. Eu nunca fui mandatário. Eu sou Chega. Sou só militante”.

Quanto ao dinheiro alegadamente emprestado a Lina Lopes, a versão era diferente da que veiculou nas redes sociais quando ainda tinha a página: “Eu não emprestei dinheiro nenhum. Viu-me a emprestar? Se não viu, não emprestei. Isso é tudo mentiras. Tudo merda que vocês inventam”. E quanto ao carro? “Mano, não me dás a volta. Isso é tudo mentira.” E, após estas lacónicas respostas, a chamada voltou a ser interrompida unilateralmente por Vítor Correia.

As denúncias que o empresário agora nega são, no entanto, sugeridas pela própria Lina Lopes. A candidata, que mantém um dever de lealdade para com o Chega (já que se mantém no gabinete do vice-presidente) não atendeu as chamadas nem respondeu às mensagens do Observador desde que anunciou o afastamento da corrida autárquica. O que sobra é o comunicado emitido na segunda-feira, quando reiterou que o seu compromisso com o projeto político do Chega se mantém “inalterado”.

Desde então, a única manifestação pública foi a partilha da cascata interior que existe no Aeroporto Internacional de Hamad, no Qatar, com a seguinte legenda: “Tão belo”. Há, nessa ocasião, novas manifestações de apoio de setubalenses: “Setúbal perdeu uma grande presidente”.
 
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Reações: Panda Azul e Branco

Panda Azul e Branco

Bancada central
14 Janeiro 2025
1,892
3,101
Não eram estes que afastavam automaticamente qualquer membro do partido que tivesse casos suspeitos? Paga lá os 20 mil euros ao Vítor Pilas, pá.

Lina Lopes continua no gabinete de Pacheco Amorim – Observador

Mesmo perto do limite de entrega das listas autárquicas, Lina Lopes desistiu de ser a candidata do Chega à presidência da câmara de Setúbal, revelando ser vítima de “tentativas de chantagem” e de uma “campanha difamatória”. A decisão veio na sequência de denúncias feitas por um empresário de Setúbal que terá emprestado à candidata 20 mil euros e ainda lhe terá comprado um carro no valor de 38.400 euros. Lina Lopes vai, no entanto, sabe o Observador, continuar a trabalhar no gabinete do vice-presidente da AR e ideólogo do Chega, Diogo Pacheco Amorim.

Tudo começou quando foram partilhados — por alguns militantes e apoiantes do Chega — prints do telemóvel de um tal “Vítor Pilas” a exigir que Lina Lopes lhe devolvesse o dinheiro “até domingo”. As mesmas mensagens mostravam uma alegada mensagem da candidata a dizer que iria em breve ter com o “caro Vítor” para conversarem. Terá sido tarde demais. Na segunda-feira, Lina Lopes desistia da corrida, mas deixava claro que a “decisão de retirar a candidatura à câmara municipal de Setúbal” não significava “qualquer reconhecimento das falsas acusações” que lhe eram imputadas.

Vítor Pilas (nome que o próprio teria gravado no telemóvel aquando da divulgação das conversas) é, afinal, Vítor Marrafa Correia, que é co-proprietário, em conjunto com a mulher, de um restaurante em Setúbal. Em páginas afetas ao Chega chegou a ser publicada uma imagem de Vítor Correia com a indicação de que era mandatário da candidatura de Lina Lopes. Mas também isso é um mistério.

A estrutura local e distrital do Chega desconhece e nega que o empresário alguma vez tenha sido mandatário, embora fontes locais do partido admitam que a candidata possa ter prometido isso a Vítor Correia e até que esse conteúdo tenha sido divulgado por responsáveis afetos à candidatura. A imagem foi partilhada a 23 de julho (antes de as coisas azedarem com Lina Lopes) numa página Facebook, entretanto apagada, que pertencia a Vítor Correia.

Apoiantes da candidata que continuam próximos de Lina Lopes dizem ao Observador que a própria foi “vítima de uma guerra interna” e desconfiam que foram os próprios “dirigentes da distrital” a “instigar” Vítor Correia a atacar publicamente a candidata. Sobre o dinheiro, essas mesmas fontes são esquivas: “Disso não sabemos nada”. Uma delas chega a dizer: “Eu creio até que ela na segunda-feira tentou devolver o carro em causa, mas o senhor Vítor não aceitou”. As mesmas fontes defendem Lina Lopes: “Os tipos da distrital queriam meter os nomes deles, a Lina resistiu e arranjaram isto para a afastar”.



PS exige que seja seguido “rasto do dinheiro”, Vítor Correia nega empréstimos
A origem do dinheiro está a ser contestada por adversários políticos. O presidente da distrital do PS de Setúbal disse na terça-feira que “é imperativo que se investiguem os empréstimos e financiamentos que o Mandatário lhe conferiu, que tipo de chantagem está em causa e porque lhes cedeu uma política tão experimentada, abandonando a corrida à capital do 4.° maior distrito do País, onde tinha a eleição como vereadora virtualmente garantida.”

Para Pinotes Batista, “a notícia que importa não é a desistência. A notícia que realmente falta dar, só é possível seguindo o rasto do dinheiro. Que papel teve André Ventura neste processo? O Chega não tem credibilidade, nem estrutura para comandar os destinos de uma autarquia. São bons no grito, mas não sabem dialogar. São eficazes a denunciar, mas não conseguem formular uma solução.”

Contactado pelo Observador, Vítor Correia começou por dizer que os “jornalistas são todos merda”, mas — numa conversa interrompida por ter desligado algumas vezes, e de forma inopinada, as chamadas — foi negando quer as denúncias públicas que fez, quer ter tido algum cargo na campanha. O anteriormente auto-anunciado mandatário diz agora que nunca o foi. “Isso foram eles do Chega que meteram lá. Eu nunca fui mandatário. Eu sou Chega. Sou só militante”.

Quanto ao dinheiro alegadamente emprestado a Lina Lopes, a versão era diferente da que veiculou nas redes sociais quando ainda tinha a página: “Eu não emprestei dinheiro nenhum. Viu-me a emprestar? Se não viu, não emprestei. Isso é tudo mentiras. Tudo merda que vocês inventam”. E quanto ao carro? “Mano, não me dás a volta. Isso é tudo mentira.” E, após estas lacónicas respostas, a chamada voltou a ser interrompida unilateralmente por Vítor Correia.

As denúncias que o empresário agora nega são, no entanto, sugeridas pela própria Lina Lopes. A candidata, que mantém um dever de lealdade para com o Chega (já que se mantém no gabinete do vice-presidente) não atendeu as chamadas nem respondeu às mensagens do Observador desde que anunciou o afastamento da corrida autárquica. O que sobra é o comunicado emitido na segunda-feira, quando reiterou que o seu compromisso com o projeto político do Chega se mantém “inalterado”.

Desde então, a única manifestação pública foi a partilha da cascata interior que existe no Aeroporto Internacional de Hamad, no Qatar, com a seguinte legenda: “Tão belo”. Há, nessa ocasião, novas manifestações de apoio de setubalenses: “Setúbal perdeu uma grande presidente”.
Que saco de gatos.
E é provável que num futuro próximo esta gente venha a tomar conta do país.
Vai ser lindo...
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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46
Lisboa
A FCT estava a precisar de uma reestruturação profunda. No momento é apenas um símbolo da precariedade do sistema científico português, com pouco financiamento, instabilidade no financiamento, atrasos no pagamento das bolsas, excessos de burocracia, muita falta de transparência e corrupção.

Agora, o problema é o caminho que este governo quer seguir com a extinção da FCT e a criação de uma nova fundação para a ciência acoplada à Agência Nacional de Inovação. Aqui temo que o objetivo e tirar autonomia ao sistema académica e dá-lo ao setor empresarial. É um erro crasso a achar que toda a ciência tem de seguir a vontade e servir o setor privado. O que isto pode significar é que as empresas vão sugar a esmagadora maioria do financiamento externo.

O mais sensato e lógico seria procurar resolver os problemas da FCT até porque não existem garantias nenhumas que a nova agência não venha a sofrer dos mesmos defeitos, acho até que é o mais provável.

São medidas profundamente ideológicas e economicistas nesta nova tendência de viragem à 'direita'.
Exatamente. Esta associação implícita entre ciência e inovação é de uma ignorância inacreditável. Uma coisa é haver essa ligação estreita, outra é "só" haver essa ligação estreita e limitar o financiamento à ciência só àquilo que tem um reflexo imediato na indústria. Fazendo um paralelismo muito básico onde é que estaria a teoria da relatividade se o princípio do investimento fosse esse? Isto para nem falar em áreas como as ciências sociais e humanas.
 

Panda Azul e Branco

Bancada central
14 Janeiro 2025
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Exatamente. Esta associação implícita entre ciência e inovação é de uma ignorância inacreditável. Uma coisa é haver essa ligação estreita, outra é "só" haver essa ligação estreita e limitar o financiamento à ciência só àquilo que tem um reflexo imediato na indústria. Fazendo um paralelismo muito básico onde é que estaria a teoria da relatividade se o princípio do investimento fosse esse? Isto para nem falar em áreas como as ciências sociais e humanas.
É impressionante a tacanhez da gente da política e do meio empresarial.
Não vêem que foi sempre a "liberdade criativa", não sujeita a interesses prosaicos e pragmatismos, que produziu as ideias mais geniais e transformadoras na ciência e na área tecnológica tal como na arte.
 

PDuarte

Tribuna Presidencial
16 Maio 2017
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Aposto que lá para inverno se vai falar de lítio na serra da estrela... Este tema dos incêndios "incendeia-me" os humores...
 

Cheue

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Não eram estes que afastavam automaticamente qualquer membro do partido que tivesse casos suspeitos? Paga lá os 20 mil euros ao Vítor Pilas, pá.

Lina Lopes continua no gabinete de Pacheco Amorim – Observador

Mesmo perto do limite de entrega das listas autárquicas, Lina Lopes desistiu de ser a candidata do Chega à presidência da câmara de Setúbal, revelando ser vítima de “tentativas de chantagem” e de uma “campanha difamatória”. A decisão veio na sequência de denúncias feitas por um empresário de Setúbal que terá emprestado à candidata 20 mil euros e ainda lhe terá comprado um carro no valor de 38.400 euros. Lina Lopes vai, no entanto, sabe o Observador, continuar a trabalhar no gabinete do vice-presidente da AR e ideólogo do Chega, Diogo Pacheco Amorim.

Tudo começou quando foram partilhados — por alguns militantes e apoiantes do Chega — prints do telemóvel de um tal “Vítor Pilas” a exigir que Lina Lopes lhe devolvesse o dinheiro “até domingo”. As mesmas mensagens mostravam uma alegada mensagem da candidata a dizer que iria em breve ter com o “caro Vítor” para conversarem. Terá sido tarde demais. Na segunda-feira, Lina Lopes desistia da corrida, mas deixava claro que a “decisão de retirar a candidatura à câmara municipal de Setúbal” não significava “qualquer reconhecimento das falsas acusações” que lhe eram imputadas.

Vítor Pilas (nome que o próprio teria gravado no telemóvel aquando da divulgação das conversas) é, afinal, Vítor Marrafa Correia, que é co-proprietário, em conjunto com a mulher, de um restaurante em Setúbal. Em páginas afetas ao Chega chegou a ser publicada uma imagem de Vítor Correia com a indicação de que era mandatário da candidatura de Lina Lopes. Mas também isso é um mistério.

A estrutura local e distrital do Chega desconhece e nega que o empresário alguma vez tenha sido mandatário, embora fontes locais do partido admitam que a candidata possa ter prometido isso a Vítor Correia e até que esse conteúdo tenha sido divulgado por responsáveis afetos à candidatura. A imagem foi partilhada a 23 de julho (antes de as coisas azedarem com Lina Lopes) numa página Facebook, entretanto apagada, que pertencia a Vítor Correia.

Apoiantes da candidata que continuam próximos de Lina Lopes dizem ao Observador que a própria foi “vítima de uma guerra interna” e desconfiam que foram os próprios “dirigentes da distrital” a “instigar” Vítor Correia a atacar publicamente a candidata. Sobre o dinheiro, essas mesmas fontes são esquivas: “Disso não sabemos nada”. Uma delas chega a dizer: “Eu creio até que ela na segunda-feira tentou devolver o carro em causa, mas o senhor Vítor não aceitou”. As mesmas fontes defendem Lina Lopes: “Os tipos da distrital queriam meter os nomes deles, a Lina resistiu e arranjaram isto para a afastar”.



PS exige que seja seguido “rasto do dinheiro”, Vítor Correia nega empréstimos
A origem do dinheiro está a ser contestada por adversários políticos. O presidente da distrital do PS de Setúbal disse na terça-feira que “é imperativo que se investiguem os empréstimos e financiamentos que o Mandatário lhe conferiu, que tipo de chantagem está em causa e porque lhes cedeu uma política tão experimentada, abandonando a corrida à capital do 4.° maior distrito do País, onde tinha a eleição como vereadora virtualmente garantida.”

Para Pinotes Batista, “a notícia que importa não é a desistência. A notícia que realmente falta dar, só é possível seguindo o rasto do dinheiro. Que papel teve André Ventura neste processo? O Chega não tem credibilidade, nem estrutura para comandar os destinos de uma autarquia. São bons no grito, mas não sabem dialogar. São eficazes a denunciar, mas não conseguem formular uma solução.”

Contactado pelo Observador, Vítor Correia começou por dizer que os “jornalistas são todos merda”, mas — numa conversa interrompida por ter desligado algumas vezes, e de forma inopinada, as chamadas — foi negando quer as denúncias públicas que fez, quer ter tido algum cargo na campanha. O anteriormente auto-anunciado mandatário diz agora que nunca o foi. “Isso foram eles do Chega que meteram lá. Eu nunca fui mandatário. Eu sou Chega. Sou só militante”.

Quanto ao dinheiro alegadamente emprestado a Lina Lopes, a versão era diferente da que veiculou nas redes sociais quando ainda tinha a página: “Eu não emprestei dinheiro nenhum. Viu-me a emprestar? Se não viu, não emprestei. Isso é tudo mentiras. Tudo merda que vocês inventam”. E quanto ao carro? “Mano, não me dás a volta. Isso é tudo mentira.” E, após estas lacónicas respostas, a chamada voltou a ser interrompida unilateralmente por Vítor Correia.

As denúncias que o empresário agora nega são, no entanto, sugeridas pela própria Lina Lopes. A candidata, que mantém um dever de lealdade para com o Chega (já que se mantém no gabinete do vice-presidente) não atendeu as chamadas nem respondeu às mensagens do Observador desde que anunciou o afastamento da corrida autárquica. O que sobra é o comunicado emitido na segunda-feira, quando reiterou que o seu compromisso com o projeto político do Chega se mantém “inalterado”.

Desde então, a única manifestação pública foi a partilha da cascata interior que existe no Aeroporto Internacional de Hamad, no Qatar, com a seguinte legenda: “Tão belo”. Há, nessa ocasião, novas manifestações de apoio de setubalenses: “Setúbal perdeu uma grande presidente”.
“Eu não emprestei dinheiro nenhum. Viu-me a emprestar? Se não viu, não emprestei. Isso é tudo mentiras. Tudo merda que vocês inventam”. E quanto ao carro? “Mano, não me dás a volta. Isso é tudo mentira"

cada um pior que o outro...