Tendo em conta o que se soube agora sobre a triste morte de uma pessoa, a primeira nos incêndios deste ano, vou fugir um pouco à minha regra de não tocar em assuntos políticos nacionais. Será uma excepção.
A única reação que me deu ao ver Montenegro, com sorrisos e jolas com o Marcelo, naquela festa do PSD enquanto o país ardia foi de nojo, profundo nojo. Triste país o nosso que só traz gente desta para cargos de relevo, sem qualquer empatia e que padecem de uma incompetência tremenda.
Exige-se uma auditoria ao combate aos incêndios e às circunstâncias desta morte em particular, que pressinto que não será a única. Como sabemos, neste país auditorias não dão em nada, infelizmente; tenho poucas dúvidas que o alastrar dessa situação se deve à falta de antecipação - culpa do atual e anteriores governos - e de organização das entidades competentes.
Assim sendo, num país a sério isto levaria à queda de um governo. Tal como Pedrógão deveria ter levado, por razões ainda maiores.
Também é triste que a comunicação social não tenha feito o devido escrutínio nessa altura. António Costa jamais deveria ter continuado como PM após 2017 - os media não quiseram, não puderam ou não souberam fazer essa pressão. O PSD e o atual PM, de forma hipócrita, criticaram o comportamento e a gestão do então PM - e bem. Infelizmente, pelas razões erradas.
Tenho poucas dúvidas de que os media farão o devido escrutínio agora - e bem. Infelizmente, também pelas razões erradas, que nada se prendem com estas tragédias.
Mas o povo também tem culpa, pela sua memória curta. António Costa e o seu governo fizeram o que fizeram e foram presenteados com mais duas vitórias eleitorais, uma delas com maioria absoluta.
Albuquerque fez a mesma coisa o ano passado e foi presenteado com uma vitória estrondosa.
Nesse sentido, tudo leva a crer que também Montenegro tenha ganhado uns votos com as suas festanças e hipocrisias.
O problema é cultural, vai das elites ao povo. Os políticos neste país podem fazer o que quiserem.
O pior de todos? Marcelo Rebelo de Sousa, que sempre foi conivente com estas e outras situações gravíssimas.
Marcelo é do pior que há na política, pois é um fingidor. Não tem qualquer tipo de empatia, é um sociopata inteligentíssimo. Toda a gente reconhece a sua antipatia pelo atual governo e pelo atual PM, no entanto vimo-lo a beber umas boas jolas com estes enquanto pessoas perdiam as casas e as vidas, literal e figurativamente.
Marcelo tem embirrado consistentemente com este governo, umas vezes bem, outras vezes mal. No âmbito dos incêndios, porém, já teceu elogios à organização do governo no combate aos incêndios. Tão estranho que é; o homem que ameaça vetar coisas tão banais e talvez necessárias como a extinção / transformação do FCT não vê mal algum numa das piores áreas de acção do governo? Já com Costa havia sido igual. Matéria para reflexão profunda.
Aviso desde já que a menos culpada disto tudo é a ministra da administração interna. Talvez seja uma análise enviesada, visto que a conheço pessoalmente. É uma pessoa capaz e que realmente se importa com as pessoas, além de não precisar de estar no governo. Várias decisões que às vezes os ministros ou secretários de estado tomam vêm de cima. Esta ministra teve pouco tempo para fazer alguma coisa, a estratégia de combate aos incêndios tem de ser delineada com meses de antecedência, e obviamente que essa tarefa coube à sua (incompetente) antecessora e ao governo encabeçado por Montenegro.
Infelizmente, dada a sua independência e falta de paciência para fazer favores, tenho poucas dúvidas de que, a existir alguém sacrificado no meio disto tudo (também duvido muito), será ela.
A única reação que me deu ao ver Montenegro, com sorrisos e jolas com o Marcelo, naquela festa do PSD enquanto o país ardia foi de nojo, profundo nojo. Triste país o nosso que só traz gente desta para cargos de relevo, sem qualquer empatia e que padecem de uma incompetência tremenda.
Exige-se uma auditoria ao combate aos incêndios e às circunstâncias desta morte em particular, que pressinto que não será a única. Como sabemos, neste país auditorias não dão em nada, infelizmente; tenho poucas dúvidas que o alastrar dessa situação se deve à falta de antecipação - culpa do atual e anteriores governos - e de organização das entidades competentes.
Assim sendo, num país a sério isto levaria à queda de um governo. Tal como Pedrógão deveria ter levado, por razões ainda maiores.
Também é triste que a comunicação social não tenha feito o devido escrutínio nessa altura. António Costa jamais deveria ter continuado como PM após 2017 - os media não quiseram, não puderam ou não souberam fazer essa pressão. O PSD e o atual PM, de forma hipócrita, criticaram o comportamento e a gestão do então PM - e bem. Infelizmente, pelas razões erradas.
Tenho poucas dúvidas de que os media farão o devido escrutínio agora - e bem. Infelizmente, também pelas razões erradas, que nada se prendem com estas tragédias.
Mas o povo também tem culpa, pela sua memória curta. António Costa e o seu governo fizeram o que fizeram e foram presenteados com mais duas vitórias eleitorais, uma delas com maioria absoluta.
Albuquerque fez a mesma coisa o ano passado e foi presenteado com uma vitória estrondosa.
Nesse sentido, tudo leva a crer que também Montenegro tenha ganhado uns votos com as suas festanças e hipocrisias.
O problema é cultural, vai das elites ao povo. Os políticos neste país podem fazer o que quiserem.
O pior de todos? Marcelo Rebelo de Sousa, que sempre foi conivente com estas e outras situações gravíssimas.
Marcelo é do pior que há na política, pois é um fingidor. Não tem qualquer tipo de empatia, é um sociopata inteligentíssimo. Toda a gente reconhece a sua antipatia pelo atual governo e pelo atual PM, no entanto vimo-lo a beber umas boas jolas com estes enquanto pessoas perdiam as casas e as vidas, literal e figurativamente.
Marcelo tem embirrado consistentemente com este governo, umas vezes bem, outras vezes mal. No âmbito dos incêndios, porém, já teceu elogios à organização do governo no combate aos incêndios. Tão estranho que é; o homem que ameaça vetar coisas tão banais e talvez necessárias como a extinção / transformação do FCT não vê mal algum numa das piores áreas de acção do governo? Já com Costa havia sido igual. Matéria para reflexão profunda.
Aviso desde já que a menos culpada disto tudo é a ministra da administração interna. Talvez seja uma análise enviesada, visto que a conheço pessoalmente. É uma pessoa capaz e que realmente se importa com as pessoas, além de não precisar de estar no governo. Várias decisões que às vezes os ministros ou secretários de estado tomam vêm de cima. Esta ministra teve pouco tempo para fazer alguma coisa, a estratégia de combate aos incêndios tem de ser delineada com meses de antecedência, e obviamente que essa tarefa coube à sua (incompetente) antecessora e ao governo encabeçado por Montenegro.
Infelizmente, dada a sua independência e falta de paciência para fazer favores, tenho poucas dúvidas de que, a existir alguém sacrificado no meio disto tudo (também duvido muito), será ela.