André Villas-Boas - Presidente

ChamaDoDragao

Tribuna
13 Maio 2016
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Quando os padres começarem a dar missas, isso passa.

Tanto ou mais que um bom mercado, estou curioso para ver como é que o André vai reagir após o primeiro roubo...
Se tivermos uma equipa que dê cartas e bem oleada, com boa finalização, não há padres que nos parem.

É preciso é espírito de dragão, caso o jogo não esteja a correr de feição, partir para cima do adversário com método e sangue frio.
 

classic

Bancada central
12 Julho 2024
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2,1M€ de comissões num negócio que muitos se riram de tão impossível, eu até percebo e a pagar comissões é neste tipo de negócios não é a vender vítinhas e gyokeres.

Mas fico curioso porque pagamos na compra e na venda, e quem recebeu ambas ou cada comissão.

Brevemente no portal da transferência.
Na compra do AC, a agência é a AS1, que tem por sócios o Raul Costa e o Miguel Pinho. Comissão elevada (2M em 15M?!) e gera dúvidas. Não há como negar.
 
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Mário Jardel

Bancada central
11 Setembro 2024
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Na compra do AC, a agência é a AS1, que tem por sócios o Raul Costa e o Miguel Pinho. Comissão elevada (2M em 15M?!) e gera dúvidas. Não há como negar.
Não são 2M em 15M.

São 5% na transferência do João Mário. (5% de 12M = aproximadamente 600 mil)

E 10% na do Alberto. (10% de 15M = aproximadamente 1.5M)

A anormalidade está em ser na compra e na venda e nos 10% da do Alberto mas terá alguma justificação. E honestamente este negócio é um super negócio com comissão ou sem comissão lol roubamos a Juve

Mas fiscalizar sempre. Embora com esta direção, até prova em contrário, tenha 100% de confiança
 

Panda Azul e Branco

Bancada central
14 Janeiro 2025
1,654
2,711
Na compra do AC, a agência é a AS1, que tem por sócios o Raul Costa e o Miguel Pinho. Comissão elevada (2M em 15M?!) e gera dúvidas. Não há como negar.
Foi só 10%=1,5M... está no comunicado oficial.
Ainda não houve nenhum negócio com a actual direcção que tenha passado os 10% de comissão.
Com a anterior senhora é que se chegou a pagar em comissões mais de 30%.
 

Panda Azul e Branco

Bancada central
14 Janeiro 2025
1,654
2,711
Quando os padres começarem a dar missas, isso passa.

Tanto ou mais que um bom mercado, estou curioso para ver como é que o André vai reagir após o primeiro roubo...
Pode não passar, podemos eventualmente conseguir ser mais fortes que as missas dos padres, os padres a roubarem-nos e nós a ganharmos na mesma.
Já ganhámos assim muitos títulos.
 

fgomes

Tribuna Presidencial
26 Maio 2014
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Porto
  • Campeão Nacional 19/20
  • Bobby Robson
  • Lucho González
  • Deco
O que esta a passar despercebido a maior parte das pessoas e que o AVB não está somente a preparar esta época mas 2 ou 3 épocas, contratando para que exista um núcleo duro, porque é e foi assim que durante anos fomos dominantes e ganhamos imensos titulos.

Como é obvio todos os anos teremos de vender alguém, mas da forma como está reconstruir o plantel, essa necessidade vai-se tornando cada vez menor, aumentado assim o poder negocial e valorizando o clube e o valor do plantel.

Existirão sempre tiros ao lado, jogadores que poderão não corresponder, mas estou plenamente convencido que estamos no trilho correto para voltar a ganhar dentro e fora.
 

Dragão D'Ouro

Lugar Anual
8 Fevereiro 2023
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É importante ter um plantel jovem mas conciliar esse aspeto com alguns jogadores experientes é fundamental.

O modelo do Ajax é interessante sobretudo no plano financeiro no entanto podemos e devemos adaptá-lo à nossa realidade de modo a ficarmos mais perto das conquistas.
 
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Moradona

Bancada central
18 Maio 2025
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O que esta a passar despercebido a maior parte das pessoas e que o AVB não está somente a preparar esta época mas 2 ou 3 épocas, contratando para que exista um núcleo duro, porque é e foi assim que durante anos fomos dominantes e ganhamos imensos titulos.

Como é obvio todos os anos teremos de vender alguém, mas da forma como está reconstruir o plantel, essa necessidade vai-se tornando cada vez menor, aumentado assim o poder negocial e valorizando o clube e o valor do plantel.

Existirão sempre tiros ao lado, jogadores que poderão não corresponder, mas estou plenamente convencido que estamos no trilho correto para voltar a ganhar dentro e fora.
Hoje o plantel do FC Porto já tem uma base de jogadores com um potencial de valorização alto. Rodrigo Mora, Samu, Diogo Costa, Borja Sainz, Froholdt, Gabri Veiga, Martim, Alberto, o próprio William Gomes, quem sabe o Varela pode também acabar valorizado numa equipa com maior qualidade... é uma situação diferente para os próximos anos, mas claro, é fundamental também conseguirmos as receitas da Champions para não estarmos dependentes só da venda de jogadores e também procurar valorizar ao máximo a formação.
 

fcporto1978

Tribuna Presidencial
15 Junho 2020
7,234
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Pode não passar, podemos eventualmente conseguir ser mais fortes que as missas dos padres, os padres a roubarem-nos e nós a ganharmos na mesma.
Já ganhámos assim muitos títulos.
Verdade, mas como já disse anteriormente, isso foi noutros tempos, em que tínhamos grandes planteis e pujança financeira. No panorama actual, não resulta.

Até porque não estamos a lutar contra um polvo, mas sim dois.

Por isso, quando a missa acontecer, o André tem que tomar uma decisão drástica. Caso contrário, os padres não nos irão respeitar e continuarão os roubos.
 
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Invictos

Arquibancada
6 Junho 2024
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572
Quando os padres começarem a dar missas, isso passa.

Tanto ou mais que um bom mercado, estou curioso para ver como é que o André vai reagir após o primeiro roubo...
Espero que seja com a mesma garra e raça com que está a abordar este mercado!

Eu creio que se ele não fez mais "ruído" o ano passado, foi porque havia coisas mais urgentes a tratar (finanças) e porque a nossa equipa e treinadores não o deixaram pegar por aí... Se andarmos na luta a sério, ele vai dar o " grito de revolta"...
 

momentgod

Bancada central
27 Junho 2019
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Lisboa
  • André Villas-Boas
  • Deco
  • Campeão Nacional 19/20
Esta limpeza de plantel era claramente necessária. Há que mudar o paradigma do que foram as últimas épocas.
Até agora, este mercado está a ser muito bom, dos melhores que me lembro de fazermos, isto na teoria, porque depois na prática dependerá do rendimento de quem chega e se se apresenta como efetivo reforço.
De qualquer modo, o nosso presidente penso que está a fazer um ótimo trabalho neste aspeto.

Mesmo assim, há alguns excedentes a terem de sair:
André Franco (penso que não conseguiu apresentar a qualidade mínima para se manter por cá);
Pêpê (por tudo o que sucedeu a época passada, não deveria continuar);
Grujic (até não desgosto do mesmo, mas passa mais tempo lesionado que em condições, e aufere dos mais elevados salários da equipa);
Zaidu (esforçado mas não dá mais).
E mesmo algumas dúvidas entre Namaso e Gul, um dos dois deveria sair para ir rodar noutra equipa. E pelo meio, deveria vir outro avançado obviamente.

Penso que falta pelo menos um Central experiente, um Lateral Esquerdo, um Extremo Direito e um Ponta de Lança. Tudo o resto será dependente de saídas.
 

hugo mocc

Bancada lateral
24 Maio 2017
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  • Campeão Nacional 19/20
Continuamos a não ter nenhum jogador referência da marca Porto, continuamos a não ter um líder em campo, um jogador experiente. Só temos contratado garotada.

Depois não se queixem.
A antiga direcção, que teve décadas para assegurar o futuro do ADN FC Porto através do investimento em infraestruturas cruciais como uma academia, preferiu investir nos próprios bolsos, daí que agora esgotaram os jogadores "à Porto". Não há.

A actual direcção faz o que pode, mas isso vai levar tempo porque têm que fabricar estes jogadores de raiz e as tais infraestruturas permitam (1) o desenvolvimento desses jogadores é (2) a estabilidade financeira que nos permita manter esses jogadores várias épocas na equipa sénior (em vez de os ter de vender ao fim de uma época ou coisa assim).
 

Panda Azul e Branco

Bancada central
14 Janeiro 2025
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2,711
Esta limpeza de plantel era claramente necessária. Há que mudar o paradigma do que foram as últimas épocas.
Até agora, este mercado está a ser muito bom, dos melhores que me lembro de fazermos, isto na teoria, porque depois na prática dependerá do rendimento de quem chega e se se apresenta como efetivo reforço.
De qualquer modo, o nosso presidente penso que está a fazer um ótimo trabalho neste aspeto.

Mesmo assim, há alguns excedentes a terem de sair:
André Franco (penso que não conseguiu apresentar a qualidade mínima para se manter por cá);
Pêpê (por tudo o que sucedeu a época passada, não deveria continuar);
Grujic (até não desgosto do mesmo, mas passa mais tempo lesionado que em condições, e aufere dos mais elevados salários da equipa);
Zaidu (esforçado mas não dá mais).
E mesmo algumas dúvidas entre Namaso e Gul, um dos dois deveria sair para ir rodar noutra equipa. E pelo meio, deveria vir outro avançado obviamente.

Penso que falta pelo menos um Central experiente, um Lateral Esquerdo, um Extremo Direito e um Ponta de Lança. Tudo o resto será dependente de saídas.
O André Franco já foi dispensado, está a treinar à parte com Baro e Cardoso. Falta serem colocados os 3.
 

SD_1995

Tribuna
1 Outubro 2016
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Porto
A antiga direcção, que teve décadas para assegurar o futuro do ADN FC Porto através do investimento em infraestruturas cruciais como uma academia, preferiu investir nos próprios bolsos, daí que agora esgotaram os jogadores "à Porto". Não há.

A actual direcção faz o que pode, mas isso vai levar tempo porque têm que fabricar estes jogadores de raiz e as tais infraestruturas permitam (1) o desenvolvimento desses jogadores é (2) a estabilidade financeira que nos permita manter esses jogadores várias épocas na equipa sénior (em vez de os ter de vender ao fim de uma época ou coisa assim).
Tudo bem verdade , esse amadorismo e a não priorização da modernização do futebol de formação , foi o maior ou o segundo maior pecado do PDC após a enorme compra de paletes de cepalhada parw meter para o bolso via comissões .

no entanto l a criação de uma academia moderna e professional deve ser uma das prioridades agora desta direção , senão a principal prioridade para mim , tanto para o aproveitamento desportivo como financeiro.
 
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D

DiogoRafaf

Tribuna
19 Abril 2018
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Este artigo é para quem ama o FC Porto acima de nomes.

Vou querer expor como parte dos adeptos trocou a lealdade ao clube pela idolatria a uma figura. Deixaram de pensar pelo FC Porto para pensar por quem o liderava, mesmo quando isso afundava o que diziam amar.

Se és daqueles que ainda sabe separar o clube do culto, lê até ao fim.

⚔ O clube, a figura e o culto
O FC Porto não é de ninguém.

Mas durante demasiado tempo, fizeram-nos acreditar que era.

Durante anos, a figura confundiu-se com o clube. Pinto da Costa não era apenas o presidente, era o símbolo, a estátua, o altar onde muitos só sabiam ajoelhar. Sem pensar, sem questionar… e, pior que tudo, sem exigir!

Esquecendo-se que foi essa exigência que nos levou ao topo.

Mas as vitórias, tantas vezes gloriosas, também tiveram o seu preço: fizeram parecer que estava sempre tudo bem. Enquanto nos davam troféus, abafavam dúvidas. E assim, ninguém ousava confrontar.

Ignoravam, ou fingiam ignorar que por trás do estratega, do líder, do visionário… havia um homem. E como todos os homens, era falível.

Era pecador.

Mas logo podemos colocar outra questão:

O que acontece quando o sucesso desaparece… e os olhos continuam fechados?

Muitos portistas, alguns sem sequer se darem conta, passaram a defender o homem, mesmo quando isso já não servia o clube. Ou, talvez mais correto: quando ele já não servia o clube… mas se servia *dele*.

E é aqui que nasce o culto.

Quando deixas de exigir. Quando deixas de pensar. Quando transformas gratidão em submissão.

Eu cresci a admirar Pinto da Costa. Como não? Era impossível não o fazer.

E não era só pelos títulos, ou melhor, talvez até fosse, numa fase inicial.

Mas quando percebi como o mundo funcionava, comecei a admirá-lo pelo trabalho invisível. O que não dava likes. O que poucos viam, mas que fazia nascer os títulos. Pela estratégia, na minha visão, a melhor do mundo para um clube como o nosso.

*(Aliás, talvez um dia escreva a “estratégia”. Acham que é um tema que vos interessa?)*

Mas admirar não é ajoelhar.

E muito menos arrasto o clube atrás de uma memória só porque custa aceitar que o tempo passou. Ou pior: só para esconder o buraco que foi sendo cavado. Sem querer? Por ignorância?

Não. Nunca.

Aqui a pergunta que deixo no ar é esta:

Se foi ele que levou o FC Porto ao estrelato... como é que depois desaprendeu tudo?

Ele sabia o que estava a ser feito ao clube.

E muitos de vocês que hoje se acham muito intelectuais, ajudaram, calados, cúmplices, ou fanáticos.

Há quem diga que o FC Porto está dividido. Mas não está.

O que está dividido é o subconsciente de muitos adeptos que ainda não perceberam que defender o clube hoje... é recusar continuar reféns do passado.

Este artigo não é sobre ingratidão. É sobre lucidez.

Porque só quem pensa com clareza consegue separar a história do fanatismo. E só quem ama o FC Porto de verdade consegue admitir que há alturas em que é preciso dizer: “chega.”

Felizmente, nem todos caíram nessa cegueira. Há portistas que continuaram a pensar, a analisar, a preocupar-se com o clube, mesmo quando era mais fácil calar. É por esses que vale a pena escrever. Porque o FC Porto precisa de gente que ama com cabeça quente e pelo na benta, mas também com o coração no lugar.

🧠O Legado vs. a Fé Cega
Ao contrário do que muitas viúvas gostam de pensar, honrar o legado de Pinto da Costa não é andar de joelhos. Aliás, que coerência é essa de dizerem que ele foi o “salvador” do nosso sucesso… e depois prejudicarem o clube em nome dele?

Dizem que o defendem, mas atacam o FC Porto??? WTF?!?!

Estão sempre contra tudo, sem argumentos, sem análise, só com ressentimento e mágoa. É esse o vosso tributo? Transformar o legado de um líder histórico num pretexto para sabotar tudo o que não seja ele?

Porque, se formos honestos, o verdadeiro legado dele não foi criar seguidores, foi criar um clube temido, respeitado e exigente.

E foi isso que nos ensinou.

E ensinou-nos a ser exigentes. A pensar como um clube de combate, não como uma seita “manada” obediente.

Foi isso que nos levou a vencer quando ninguém acreditava. Foi isso que nos tornou temidos.

Mas hoje, ironicamente, muitos dos que dizem defender esse legado… fazem precisamente o contrário do que ele representava, pelo menos, o que representava para mim!

Que tipo de legado deixa alguém, se os seus próprios apoiantes agora atacam o clube… só porque ele já lá não está?

É aqui que a história começa a ganhar contornos religiosos.

Deixou de ser admiração. Passou a ser fé cega.

E, ironicamente, até nisso se afastam daquilo que ele dizia acreditar. “Não terás outros deuses diante de mim” Êxodo 20:3-5

Já não se trata de avaliar decisões, nem de discutir ideias em prol do clube, trata-se apenas de proteger o altar. Nem que para isso tenham de incendiar o que resta do templo.

É triste, mas real: muitos não querem saber se o FC Porto volta a vencer.

Querem é que não vença com outro nome.

Preferem ver o clube a falhar, só para poderem dizer: “Estão a ver? Eu avisei.” E antes que os que me seguem ha mais anos venham dizer que eu também andava a avisar há 15 anos… sim, é verdade. Mas há uma diferença que muda tudo:

Eu fundamentava. Eu criticava com base. Avisava o que ia acontecer, explicava por A + B porque não concordava com o que estava a ser feito, alertava com argumentos, não com dor de cotovelo, nem por ódio de estimação.

E isso diz tudo!

Se a herança era tão sólida, por que é que os herdeiros estão em pânico?

Se o caminho estava bem traçado, por que é que agora só sabem gritar “traidores”?

A verdade dói: não era o legado que os movia.

Era o poder. Ou a ilusão de que ainda o tinham.

Não se trata de negar o passado. Trata-se de o proteger. De evitar que seja usado como arma contra o próprio clube. Honrar o legado é fazer com que ele continue vivo, adaptado aos novos tempos, com a mesma força, mas com mais clareza.

👁 Os Filhos do Pintismo e a Nova Viseira
Há uma geração de portistas que nunca aprendeu a pensar o clube, aprendeu a segui-lo.

Mais do que isso: aprendeu a seguir um só homem.

Foram educados na lógica da submissão emocional, do silêncio cúmplice, da obediência disfarçada de gratidão.

Trocaram as antigas palas laterais por uma nova viseira frontal.

Agora nem veem, nem querem ver.

Repetem frases como se fossem mandamentos:

“Ele deu-nos tudo.”
“Não se critica quem construiu isto tudo.”
“O AVB não tem estaleca.”
“Estão a destruir o clube.”

Tudo sem pensar. Tudo sem ler. Tudo sem ver um relatório, sem olhar para um número, sem ligar a lógica. Só cassete. E mais cassete.

Chamam-se democratas, mas só conhecem um boletim de voto: o que vinha com a cara do pai.

Durante 40 anos, nunca pediram debates. Nunca exigiram prestação de contas. Nunca questionaram uma decisão. Mas agora… agora são todos especialistas. Todos exigentes. Todos guardiões do rigor.

É curioso, não é?

Quando o clube estava a entrar em falência técnica, estavam calados.

Mas basta alguém novo mexer numa cadeira, e de repente viram auditores, economistas e juristas.

Só que não estão a defender o clube. Estão a defender o pedestal.

Estão a proteger o mito, não o FC Porto.

E o mais triste?

É que se o AVB apresentar resultados, eles vão torcer para que falhe, só para não terem de engolir o orgulho.

Preferem o “eu tinha razão” ao “o Porto está de volta”.

E isso, para mim, diz tudo sobre onde colocaram o coração.

E entendo quem tenha medo. Mudar dói. Romper com o que conhecíamos assusta. Mas ser do FC Porto nunca foi para os fracos. Foi sempre para os que enfrentam o desconforto e seguem em frente, mesmo com o peito apertado.

🪞 Paradoxos e Contradições: O espelho que não querem ver
Há uma coisa que esta franja pintista ainda não percebeu: quanto mais fala, mais expõe as próprias contradições. É que os argumentos não resistem ao mais básico dos testes: o da coerência!

Criticam a nova direção por vender jogadores... a maioria deles, numa visão de limpeza de balneário.

Mas esquecem, ou fingem esquecer, quantas dezenas foram embora sem o clube ver um tostão.

Brahimi? Saiu a custo zero.
Herrera? Capitão. Anunciava amor eterno ao clube, rejeitámos propostas milionárias um ano antes… e deixámo-lo sair a rir, de borla.
Adrián López? Investimento milionário, rendimento zero, saída a zeros.
E o Marcano? Esse então é digno de manual: saiu, e mesmo depois de ter virado costas, fomos nós que o fomos buscar…. a pagar.

Imagina se fosse o AVB a fazer isso. Estava o tribunal montado nas redes sociais.

Mas como foi “o pai”, fez-se silêncio, tudo era permitido.

Nem um protesto. Nem uma dúvida.
O critério não era o erro, era quem o cometia.
Dizem que o AVB não é do clube.
Mas esquecem quem o trouxe em 2010.

Esquecem que foi campeão com futebol de ataque, com coragem e com o “sim” de quem agora fingem que ele nunca conheceu.

Na minha opinião, foi o melhor futebol de sempre do FC Porto e, nas últimas décadas, dos melhores a nível mundial. A par, provavelmente do Barcelona.

Querem apagá-lo da história porque lhes incomoda a verdade: ele não traiu ninguém!

Simplesmente recusou-se a ajoelhar. E, no momento certo, escolheu colocar o FC Porto acima de qualquer outro interesse, incluindo o dele próprio.

Alguém duvida que, se tivesse ficado quieto, hoje estaria muito melhor pessoalmente?

Longe do ruído, longe da cobrança, longe desta massa associativa dividida entre a lucidez e a estupidez.

Com a família, a viajar, a viver tranquilo entre os pingos da chuva, a gastar juros compostos sem mexer na conta principal.

Como, aliás, estão muitooooooooooos outros portistas.

E não, não lhes vou chamar cobardes. Porque com uma parte da massa adepta do FC Porto tão tóxica, ignorante e mal-intencionada, até compreendo quem prefira não se chatear.

O que custa engolir é ver quem tenta fazer o certo, mesmo que erre, ser arrastado pela lama.

Ser insultado por pseudo-intelectuais que falam do que não sabem e escrevem como se tivessem autoridade…

No fundo, o problema nunca foi as vendas, a direção, o treinador ou a estratégia.

O problema é só um: *não é Pinto da Costa que está no leme.*

Se AVB ganhar, foi sorte.
Se perder, é incompetente.
Se tomar decisões difíceis, é arrogante.
Se explicar o que faz, está a justificar-se demasiado.
Se ficar em silêncio, está a esconder algo.

O espelho está lá. Mas muitos preferem continuar de viseira, porque olhar de frente custa.

*⛓O Medo da Mudança: Quando o clube deixou de ser o centro
No fundo, isto nunca foi sobre o AVB. É sobre o fim do domínio do vosso conforto emocional.

Durante anos, sabiam quem mandava. Sabiam quem falava. Sabiam como tudo funcionava, mesmo quando já não funcionava.

E isso dava uma falsa sensação de segurança.
O clube afundava-se, mas ao menos era o “nosso” a afundá-lo.
O problema nunca foi o que se está a fazer… é quem está a fazer.

É o desconforto de ver alguém novo, com ideias próprias, com um estilo diferente, sim, mas que, no fundo, está a devolver ao clube os mesmos princípios que estavam por tras da frase “só importa as vitorias” e que nos fizeram grandes.

É o desconforto de ver alguém novo, com ideias próprias, com um estilo diferente, sim, mas que, no fundo, está a devolver ao clube os mesmos princípios que estavam por trás da frase “só interessam as vitórias”.

Sime e por ele “messias”.

E agora repetem essa frase como papagaios, sem sequer perceberem o ridículo da situação.

É como alguém dizer em casa: “o que importa é ter comida na mesa”, enquanto vai destruindo a cozinha, deitando fora os talheres e vendendo o fogão.

Boa sorte com esse jantar.

O que muitos não percebem é que o que está a ser feito agora não é uma invenção nem um capricho, é um regresso às bases, sim, mas com um upgrade à altura dos tempos modernos.

Um clube com identidade, com exigência e agora, finalmente, com uma estrutura financeira séria, profissional e pensada para durar. Hoje temos um dos melhores CFOs do país a cuidar das finanças do FC Porto. E isso nota-se: há planeamento, há critério nas decisões, há uma lógica empresarial que não vive do improviso, vive da sustentabilidade.

Pode ainda não dar votos. Pode ainda não render manchetes. Mas há sinais de que estamos finalmente a plantar para colher. E quando os frutos começarem a aparecer, muitos perceberão que o silêncio atual esconde uma reconstrução a sério.

E talvez seja exatamente isso que vos incomoda.

É o confronto com uma realidade dolorosa: a vossa zona de conforto acabou.

E é aqui que o FC Porto deixou de estar no centro.

Porque passaram a pôr o ego acima do emblema.

Passaram a defender o pedestal onde vos falavam, em vez de defenderem o clube que vos devia unir.

Chamam-lhe lealdade. Mas é só apego ao passado.
Chamam-lhe gratidão. Mas é só medo de perder o que conheciam.
Chamam-lhe coerência. Mas é só incapacidade de aceitar que o ciclo mudou, e vocês ficaram agarrados ao capítulo anterior.

"O problema é que para vocês, mudar é trair. E ser do Porto, para mim, sempre foi o contrário: foi ter coragem de romper, quando isso é o certo a fazer."

📢 A Comunicação Pintista: 8 anos a anestesiar consciências
Durante os últimos anos, a comunicação do FC Porto deixou de ser um veículo do clube, passou a ser um escudo pessoal, discreto mas eficaz, e um entretenimento estratégico.

O que talvez tenha começado como uma manobra legítima para combater os tentáculos dos adversários, com o escândalo do outro lado da Segunda Circular ainda fresco, acabou por se tornar numa máquina de distração interna.

E como funcionava, a escalada nunca mais parou.

Era preciso alimentar sempre mais polémicas, mais “urgências externas”, mais inimigos… porque perceberam aquilo que, no fundo, todos já sabíamos: afinal, o nosso principal adversário fazia isso há anos, e não era por acaso, era porque Funcionava!

Funcionava para criar uma manada doutrinada, sem pensamento próprio, sempre pronta a seguir a narrativa da vez e sempre a procura do próximo bode expiatório.

E foi isso que começaram a replicar, disfarçado de portismo.

Não sei se foi premeditado ou se foi apenas uma “evolução natural” do sistema, mas o resultado foi claro: criaram-se inimigos de estimação.

E ao contrário do que era feito no passado, e bem, onde os inimigos serviam para reforçar o grupo com base em verdades, agora o modelo foi copiado dos que tanto criticávamos.

Um Benfica-style à moda do Dragão: inimigos externos, alguns inventados, outros convenientemente exagerados, usados para construir narrativas que encaixavam em meias verdades, só para parecerem credíveis.

Tudo com o falso propósito de “fortalecer o grupo por dentro”, quando na realidade servia apenas para proteger quem estava a empurrar o clube para o fundo.

E não é força de expressão. Foram anos de má gestão camuflada, onde o clube se calava… enquanto se acumulavam luxos pagos a partir do mesmo sítio: o bolso do FC Porto.

Viagens, carros de serviço de alto nível, compras em joalharias — tudo sem explicações claras, sem retorno visível, sem benefício direto para o clube.

Mas desses tentáculos... ninguém queria falar.

Quer dizer… criticávamos o Benfica por esquemas que, verdadeiros ou não, tinham pelo menos um objetivo claro: beneficiar o clube e os sócios.

E nós? Enquanto gritávamos “é ladrão, é ladrão!” baseados nas conversas que todos ouvimos nos corredores e que depois foram confirmados na auditoria, éramos “assaltados” pelo proprio clube.

Percebem o que estão a atacar, quando tentam minar uma gestão que teve a coragem de dizer “basta” a todos esses tentáculos?

E reparem: nem estou a falar do mais grave. Nem mencionei a compra da claque (curiosamente envolta em silêncio absoluto), nem as transferências obscuras, os empresários de confiança, os clubes que só são conhecidos em Portugal e que vendiam jogadores desconhecidos por dezenas de milhões…

Mas como tudo o que é construído sobre areia movediça… estava fadado ao colapso.

Nada que se ergue para esconder… se aguenta.

Metam isso na cabeça de uma vez por todas!

Enquanto isso, passavam-se centenas de horas a dissecar os “tentáculos alheios”, os bastidores e os bastidores dos bastidores…

Enquanto apontávamos para fora, cá dentro o clube era sufocado por silêncios cúmplices e aplausos vazios.

A culpa era sempre da imprensa. Dos árbitros. Da Liga. Do VAR. Dos adeptos que pensam.

O discurso era sempre o mesmo:

Se o Porto era prejudicado, vinha logo o megafone.

Se havia dúvidas, apareciam 10 lances dos outros para desviar o foco.

E mesmo quando éramos beneficiados, arranjavam forma de virar as câmaras para outro lado.

Atenção: nem tudo foi mau.

Houve momentos em que o espírito de combate serviu o clube.

Mas com o tempo, deixou de ser defesa institucional, passou a ser teatro.

E foi assim que muitos sócios e adeptos, sem darem por isso, tornaram-se aquilo que mais odiávamos há 15 anos: uma manada igual à dos rivais.

A cartilha era clara: se questionas, não és dos nossos.

Quem ousasse levantar uma dúvida era logo rotulado: infiltrado, dragarto, vendido.

E antes que venham com tretas: não sou contra uma TV do clube defender o clube.

Agora… se é só para dizer maravilhas, então não venham criticar os outros por fazer o mesmo.

Ou pior: não usem meia dúzia de críticas encomendadas para fingir que “aqui somos diferentes”.

Porque a verdade é que muitos portistas, de boa fé, engoliram aquilo tudo.

Porque lhes ensinaram que criticar era trair. Mas agora pergunto: o que é mais traição, questionar e tentar melhorar ou fechar os olhos enquanto nos afundam?

🚫 O Futuro Nunca Será Reconhecido (se não vier do Pai)
Para muita gente, o problema nunca foi o que AVB faz.

É o facto de não ser *ele*.

O pai. O nome. A estátua.

O desconforto está no rosto, não nas decisões.

AVB pode ganhar a Champions. Ainda assim, haverá quem diga que herdou uma base.

Se vender bem, foi sorte.

Se comprar com critério, é porque alguém lhe soprou.

Se o clube melhorar financeiramente, foi o mercado.

Nada será mérito, porque o mérito é uma ameaça para quem vive agarrado ao mito.

E é precisamente por isso que eu valorizo a coragem, a de fazer o que é difícil, mesmo sabendo que não terá o mérito de muitos.

Há quem ache que escrevo isto porque recebo alguma coisa em troca.

Porque é assim que eles funcionam, balizam os outros pela própria régua.

Gente que não faz ideia da minha história, mas que prefere atacar o mensageiro em vez de tentar entender a mensagem.

E, sinceramente, esses só com ajuda divina… ou de um bom psicólogo.

Vivem obcecados com o mensageiro… e nem perdem tempo a analisar a mensagem.

Talvez porque saibam, lá no fundo, que analisar o que nos incomoda é o único caminho para evoluir.

E a evolução custa. Dói. Obriga-nos a largar dogmas confortáveis.

Concordar só com o que já acreditamos é ficar parado, é escolher a estagnação.

E foi precisamente isso que Pedroto e aquele que, para mim, foi o maior presidente da história do FC Porto nos ensinaram a rejeitar: a estagnação nunca pode ser o caminho deste clube.

Talvez isso explique também o estado do nosso país, e, sem dúvida, o estado mental de parte da nossa massa associativa.

E o que mais custa, para essa franja, não é ver o FC Porto a errar.

É ver o FC Porto a acertar… sem Pinto da Costa. Porque se o clube crescer agora, vai-se a narrativa onde viveram os últimos 20 anos.

Vai-se a desculpa do “não havia alternativa”. Vai-se o medo de mudar.

E é aí que se percebe a verdade: não é o clube que querem salvar. É a história que construíram à volta dele.

O que é que te dói mais? Veres o Porto a ganhar sem Pinto da Costa… Ou perceberes que, afinal, havia vida depois dele?

Tudo o que escrevi vem de um lugar só: amor. Amor por este clube. Pela sua história. Pela sua capacidade de se reinventar.

E é por isso que acredito que vamos voltar. Vamos recuperar o respeito, como sempre foi o caminho do FC Porto: vencer contra tudo e todos. E quando isso acontecer, será mérito de quem teve coragem nos dias em que era mais fácil fingir que estava tudo bem.

❓A Pergunta Que Fica
Esta carta não é um ataque ao passado. Muito menos uma tentativa de apagar aquilo que foi construído com suor, visão e coragem.
E nem podia ser, porque como é que alguém são poderia criticar isso?
Como já deixei claro acima, para mim, Pinto da Costa foi o melhor presidente da nossa história.
Mas como homem, caído, como todos nós, acabou por pecar gravemente.

Eu sou adulto. Sei separar as coisas.

E, como disse há 15 anos, o final de um mandato diz muito do legado… porque é o que fica.
Espero que também sejam adultos para entender isso.

Porque isto não é um ataque, é uma resposta. Uma resposta aos miseráveis. Aos que gritam muito e pensam pouco.

Aos que vestem o escudo ao peito para esconderem o vazio de ideias e a doença emocional que os consome sempre que alguém ousa tirar-lhes o brinquedo do altar.

Não estou a falar dos que criticam com argumentos.

Esses eu respeito, mesmo que discorde, mesmo que confronte. Porque têm lógica, mesmo que eu ache que seja uma lógica errada. Têm pensamento. Têm estrutura.

Mas há uma franja que não merece sequer o título de adepto. Porque mente quando diz que é do FC Porto.
Porque só aparece para minar, para gritar, para repetir frases feitas como se estivessem a defender o clube, quando, na verdade, só estão a tentar proteger o pedestal que lhes alimenta o ego.

E sabem o que para mim é mais irónico? Como falei anteriormente, mas acho importante reforçar agora que estamos a chegar ao fim, nem sequer estão a respeitar o legado de quem dizem estar a defender.

Porque se o que ele nos deixou foi isto, um clube dividido, submisso, entregue à cegueira, então que raio de legado é esse? Se acham que isso é honrar a memória de Pinto da Costa… então estão a cuspir naquilo que ele próprio construiu, ou não entenderam patavina do que foi a vida dele!

E depois de tudo o que partilhei aqui… acho que posso dizer isto com alguma segurança:

Não estamos a dividir nada. Porque não se divide o que nunca foi a mesma coisa. Eles não são do mesmo clube que eu. Não vibram pelas mesmas razões. Não sofrem pelos mesmos valores.

Podem usar o mesmo cachecol, a mesma camisola e até as mesmas cores, mas a verdade é que vibram mais por uma estátua do que por um golo.

Quando defendes alguém cegamente, mesmo que isso afunde o teu clube… ainda és portista, ou és apenas viúvo do poder?

Best_Abraços
Ricardo Amorim
 

Kerouac

Tribuna Presidencial
4 Maio 2007
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  • Pinto da Costa
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Este artigo é para quem ama o FC Porto acima de nomes.

Vou querer expor como parte dos adeptos trocou a lealdade ao clube pela idolatria a uma figura. Deixaram de pensar pelo FC Porto para pensar por quem o liderava, mesmo quando isso afundava o que diziam amar.

Se és daqueles que ainda sabe separar o clube do culto, lê até ao fim.

⚔ O clube, a figura e o culto
O FC Porto não é de ninguém.

Mas durante demasiado tempo, fizeram-nos acreditar que era.

Durante anos, a figura confundiu-se com o clube. Pinto da Costa não era apenas o presidente, era o símbolo, a estátua, o altar onde muitos só sabiam ajoelhar. Sem pensar, sem questionar… e, pior que tudo, sem exigir!

Esquecendo-se que foi essa exigência que nos levou ao topo.

Mas as vitórias, tantas vezes gloriosas, também tiveram o seu preço: fizeram parecer que estava sempre tudo bem. Enquanto nos davam troféus, abafavam dúvidas. E assim, ninguém ousava confrontar.

Ignoravam, ou fingiam ignorar que por trás do estratega, do líder, do visionário… havia um homem. E como todos os homens, era falível.

Era pecador.

Mas logo podemos colocar outra questão:

O que acontece quando o sucesso desaparece… e os olhos continuam fechados?

Muitos portistas, alguns sem sequer se darem conta, passaram a defender o homem, mesmo quando isso já não servia o clube. Ou, talvez mais correto: quando ele já não servia o clube… mas se servia *dele*.

E é aqui que nasce o culto.

Quando deixas de exigir. Quando deixas de pensar. Quando transformas gratidão em submissão.

Eu cresci a admirar Pinto da Costa. Como não? Era impossível não o fazer.

E não era só pelos títulos, ou melhor, talvez até fosse, numa fase inicial.

Mas quando percebi como o mundo funcionava, comecei a admirá-lo pelo trabalho invisível. O que não dava likes. O que poucos viam, mas que fazia nascer os títulos. Pela estratégia, na minha visão, a melhor do mundo para um clube como o nosso.

*(Aliás, talvez um dia escreva a “estratégia”. Acham que é um tema que vos interessa?)*

Mas admirar não é ajoelhar.

E muito menos arrasto o clube atrás de uma memória só porque custa aceitar que o tempo passou. Ou pior: só para esconder o buraco que foi sendo cavado. Sem querer? Por ignorância?

Não. Nunca.

Aqui a pergunta que deixo no ar é esta:

Se foi ele que levou o FC Porto ao estrelato... como é que depois desaprendeu tudo?

Ele sabia o que estava a ser feito ao clube.

E muitos de vocês que hoje se acham muito intelectuais, ajudaram, calados, cúmplices, ou fanáticos.

Há quem diga que o FC Porto está dividido. Mas não está.

O que está dividido é o subconsciente de muitos adeptos que ainda não perceberam que defender o clube hoje... é recusar continuar reféns do passado.

Este artigo não é sobre ingratidão. É sobre lucidez.

Porque só quem pensa com clareza consegue separar a história do fanatismo. E só quem ama o FC Porto de verdade consegue admitir que há alturas em que é preciso dizer: “chega.”

Felizmente, nem todos caíram nessa cegueira. Há portistas que continuaram a pensar, a analisar, a preocupar-se com o clube, mesmo quando era mais fácil calar. É por esses que vale a pena escrever. Porque o FC Porto precisa de gente que ama com cabeça quente e pelo na benta, mas também com o coração no lugar.

🧠O Legado vs. a Fé Cega
Ao contrário do que muitas viúvas gostam de pensar, honrar o legado de Pinto da Costa não é andar de joelhos. Aliás, que coerência é essa de dizerem que ele foi o “salvador” do nosso sucesso… e depois prejudicarem o clube em nome dele?

Dizem que o defendem, mas atacam o FC Porto??? WTF?!?!

Estão sempre contra tudo, sem argumentos, sem análise, só com ressentimento e mágoa. É esse o vosso tributo? Transformar o legado de um líder histórico num pretexto para sabotar tudo o que não seja ele?

Porque, se formos honestos, o verdadeiro legado dele não foi criar seguidores, foi criar um clube temido, respeitado e exigente.

E foi isso que nos ensinou.

E ensinou-nos a ser exigentes. A pensar como um clube de combate, não como uma seita “manada” obediente.

Foi isso que nos levou a vencer quando ninguém acreditava. Foi isso que nos tornou temidos.

Mas hoje, ironicamente, muitos dos que dizem defender esse legado… fazem precisamente o contrário do que ele representava, pelo menos, o que representava para mim!

Que tipo de legado deixa alguém, se os seus próprios apoiantes agora atacam o clube… só porque ele já lá não está?

É aqui que a história começa a ganhar contornos religiosos.

Deixou de ser admiração. Passou a ser fé cega.

E, ironicamente, até nisso se afastam daquilo que ele dizia acreditar. “Não terás outros deuses diante de mim” Êxodo 20:3-5

Já não se trata de avaliar decisões, nem de discutir ideias em prol do clube, trata-se apenas de proteger o altar. Nem que para isso tenham de incendiar o que resta do templo.

É triste, mas real: muitos não querem saber se o FC Porto volta a vencer.

Querem é que não vença com outro nome.

Preferem ver o clube a falhar, só para poderem dizer: “Estão a ver? Eu avisei.” E antes que os que me seguem ha mais anos venham dizer que eu também andava a avisar há 15 anos… sim, é verdade. Mas há uma diferença que muda tudo:

Eu fundamentava. Eu criticava com base. Avisava o que ia acontecer, explicava por A + B porque não concordava com o que estava a ser feito, alertava com argumentos, não com dor de cotovelo, nem por ódio de estimação.

E isso diz tudo!

Se a herança era tão sólida, por que é que os herdeiros estão em pânico?

Se o caminho estava bem traçado, por que é que agora só sabem gritar “traidores”?

A verdade dói: não era o legado que os movia.

Era o poder. Ou a ilusão de que ainda o tinham.

Não se trata de negar o passado. Trata-se de o proteger. De evitar que seja usado como arma contra o próprio clube. Honrar o legado é fazer com que ele continue vivo, adaptado aos novos tempos, com a mesma força, mas com mais clareza.

👁 Os Filhos do Pintismo e a Nova Viseira
Há uma geração de portistas que nunca aprendeu a pensar o clube, aprendeu a segui-lo.

Mais do que isso: aprendeu a seguir um só homem.

Foram educados na lógica da submissão emocional, do silêncio cúmplice, da obediência disfarçada de gratidão.

Trocaram as antigas palas laterais por uma nova viseira frontal.

Agora nem veem, nem querem ver.

Repetem frases como se fossem mandamentos:

“Ele deu-nos tudo.”
“Não se critica quem construiu isto tudo.”
“O AVB não tem estaleca.”
“Estão a destruir o clube.”

Tudo sem pensar. Tudo sem ler. Tudo sem ver um relatório, sem olhar para um número, sem ligar a lógica. Só cassete. E mais cassete.

Chamam-se democratas, mas só conhecem um boletim de voto: o que vinha com a cara do pai.

Durante 40 anos, nunca pediram debates. Nunca exigiram prestação de contas. Nunca questionaram uma decisão. Mas agora… agora são todos especialistas. Todos exigentes. Todos guardiões do rigor.

É curioso, não é?

Quando o clube estava a entrar em falência técnica, estavam calados.

Mas basta alguém novo mexer numa cadeira, e de repente viram auditores, economistas e juristas.

Só que não estão a defender o clube. Estão a defender o pedestal.

Estão a proteger o mito, não o FC Porto.

E o mais triste?

É que se o AVB apresentar resultados, eles vão torcer para que falhe, só para não terem de engolir o orgulho.

Preferem o “eu tinha razão” ao “o Porto está de volta”.

E isso, para mim, diz tudo sobre onde colocaram o coração.

E entendo quem tenha medo. Mudar dói. Romper com o que conhecíamos assusta. Mas ser do FC Porto nunca foi para os fracos. Foi sempre para os que enfrentam o desconforto e seguem em frente, mesmo com o peito apertado.

🪞 Paradoxos e Contradições: O espelho que não querem ver
Há uma coisa que esta franja pintista ainda não percebeu: quanto mais fala, mais expõe as próprias contradições. É que os argumentos não resistem ao mais básico dos testes: o da coerência!

Criticam a nova direção por vender jogadores... a maioria deles, numa visão de limpeza de balneário.

Mas esquecem, ou fingem esquecer, quantas dezenas foram embora sem o clube ver um tostão.

Brahimi? Saiu a custo zero.
Herrera? Capitão. Anunciava amor eterno ao clube, rejeitámos propostas milionárias um ano antes… e deixámo-lo sair a rir, de borla.
Adrián López? Investimento milionário, rendimento zero, saída a zeros.
E o Marcano? Esse então é digno de manual: saiu, e mesmo depois de ter virado costas, fomos nós que o fomos buscar…. a pagar.

Imagina se fosse o AVB a fazer isso. Estava o tribunal montado nas redes sociais.

Mas como foi “o pai”, fez-se silêncio, tudo era permitido.

Nem um protesto. Nem uma dúvida.
O critério não era o erro, era quem o cometia.
Dizem que o AVB não é do clube.
Mas esquecem quem o trouxe em 2010.

Esquecem que foi campeão com futebol de ataque, com coragem e com o “sim” de quem agora fingem que ele nunca conheceu.

Na minha opinião, foi o melhor futebol de sempre do FC Porto e, nas últimas décadas, dos melhores a nível mundial. A par, provavelmente do Barcelona.

Querem apagá-lo da história porque lhes incomoda a verdade: ele não traiu ninguém!

Simplesmente recusou-se a ajoelhar. E, no momento certo, escolheu colocar o FC Porto acima de qualquer outro interesse, incluindo o dele próprio.

Alguém duvida que, se tivesse ficado quieto, hoje estaria muito melhor pessoalmente?

Longe do ruído, longe da cobrança, longe desta massa associativa dividida entre a lucidez e a estupidez.

Com a família, a viajar, a viver tranquilo entre os pingos da chuva, a gastar juros compostos sem mexer na conta principal.

Como, aliás, estão muitooooooooooos outros portistas.

E não, não lhes vou chamar cobardes. Porque com uma parte da massa adepta do FC Porto tão tóxica, ignorante e mal-intencionada, até compreendo quem prefira não se chatear.

O que custa engolir é ver quem tenta fazer o certo, mesmo que erre, ser arrastado pela lama.

Ser insultado por pseudo-intelectuais que falam do que não sabem e escrevem como se tivessem autoridade…

No fundo, o problema nunca foi as vendas, a direção, o treinador ou a estratégia.

O problema é só um: *não é Pinto da Costa que está no leme.*

Se AVB ganhar, foi sorte.
Se perder, é incompetente.
Se tomar decisões difíceis, é arrogante.
Se explicar o que faz, está a justificar-se demasiado.
Se ficar em silêncio, está a esconder algo.

O espelho está lá. Mas muitos preferem continuar de viseira, porque olhar de frente custa.

*⛓O Medo da Mudança: Quando o clube deixou de ser o centro
No fundo, isto nunca foi sobre o AVB. É sobre o fim do domínio do vosso conforto emocional.

Durante anos, sabiam quem mandava. Sabiam quem falava. Sabiam como tudo funcionava, mesmo quando já não funcionava.

E isso dava uma falsa sensação de segurança.
O clube afundava-se, mas ao menos era o “nosso” a afundá-lo.
O problema nunca foi o que se está a fazer… é quem está a fazer.

É o desconforto de ver alguém novo, com ideias próprias, com um estilo diferente, sim, mas que, no fundo, está a devolver ao clube os mesmos princípios que estavam por tras da frase “só importa as vitorias” e que nos fizeram grandes.

É o desconforto de ver alguém novo, com ideias próprias, com um estilo diferente, sim, mas que, no fundo, está a devolver ao clube os mesmos princípios que estavam por trás da frase “só interessam as vitórias”.

Sime e por ele “messias”.

E agora repetem essa frase como papagaios, sem sequer perceberem o ridículo da situação.

É como alguém dizer em casa: “o que importa é ter comida na mesa”, enquanto vai destruindo a cozinha, deitando fora os talheres e vendendo o fogão.

Boa sorte com esse jantar.

O que muitos não percebem é que o que está a ser feito agora não é uma invenção nem um capricho, é um regresso às bases, sim, mas com um upgrade à altura dos tempos modernos.

Um clube com identidade, com exigência e agora, finalmente, com uma estrutura financeira séria, profissional e pensada para durar. Hoje temos um dos melhores CFOs do país a cuidar das finanças do FC Porto. E isso nota-se: há planeamento, há critério nas decisões, há uma lógica empresarial que não vive do improviso, vive da sustentabilidade.

Pode ainda não dar votos. Pode ainda não render manchetes. Mas há sinais de que estamos finalmente a plantar para colher. E quando os frutos começarem a aparecer, muitos perceberão que o silêncio atual esconde uma reconstrução a sério.

E talvez seja exatamente isso que vos incomoda.

É o confronto com uma realidade dolorosa: a vossa zona de conforto acabou.

E é aqui que o FC Porto deixou de estar no centro.

Porque passaram a pôr o ego acima do emblema.

Passaram a defender o pedestal onde vos falavam, em vez de defenderem o clube que vos devia unir.

Chamam-lhe lealdade. Mas é só apego ao passado.
Chamam-lhe gratidão. Mas é só medo de perder o que conheciam.
Chamam-lhe coerência. Mas é só incapacidade de aceitar que o ciclo mudou, e vocês ficaram agarrados ao capítulo anterior.

"O problema é que para vocês, mudar é trair. E ser do Porto, para mim, sempre foi o contrário: foi ter coragem de romper, quando isso é o certo a fazer."

📢 A Comunicação Pintista: 8 anos a anestesiar consciências
Durante os últimos anos, a comunicação do FC Porto deixou de ser um veículo do clube, passou a ser um escudo pessoal, discreto mas eficaz, e um entretenimento estratégico.

O que talvez tenha começado como uma manobra legítima para combater os tentáculos dos adversários, com o escândalo do outro lado da Segunda Circular ainda fresco, acabou por se tornar numa máquina de distração interna.

E como funcionava, a escalada nunca mais parou.

Era preciso alimentar sempre mais polémicas, mais “urgências externas”, mais inimigos… porque perceberam aquilo que, no fundo, todos já sabíamos: afinal, o nosso principal adversário fazia isso há anos, e não era por acaso, era porque Funcionava!

Funcionava para criar uma manada doutrinada, sem pensamento próprio, sempre pronta a seguir a narrativa da vez e sempre a procura do próximo bode expiatório.

E foi isso que começaram a replicar, disfarçado de portismo.

Não sei se foi premeditado ou se foi apenas uma “evolução natural” do sistema, mas o resultado foi claro: criaram-se inimigos de estimação.

E ao contrário do que era feito no passado, e bem, onde os inimigos serviam para reforçar o grupo com base em verdades, agora o modelo foi copiado dos que tanto criticávamos.

Um Benfica-style à moda do Dragão: inimigos externos, alguns inventados, outros convenientemente exagerados, usados para construir narrativas que encaixavam em meias verdades, só para parecerem credíveis.

Tudo com o falso propósito de “fortalecer o grupo por dentro”, quando na realidade servia apenas para proteger quem estava a empurrar o clube para o fundo.

E não é força de expressão. Foram anos de má gestão camuflada, onde o clube se calava… enquanto se acumulavam luxos pagos a partir do mesmo sítio: o bolso do FC Porto.

Viagens, carros de serviço de alto nível, compras em joalharias — tudo sem explicações claras, sem retorno visível, sem benefício direto para o clube.

Mas desses tentáculos... ninguém queria falar.

Quer dizer… criticávamos o Benfica por esquemas que, verdadeiros ou não, tinham pelo menos um objetivo claro: beneficiar o clube e os sócios.

E nós? Enquanto gritávamos “é ladrão, é ladrão!” baseados nas conversas que todos ouvimos nos corredores e que depois foram confirmados na auditoria, éramos “assaltados” pelo proprio clube.

Percebem o que estão a atacar, quando tentam minar uma gestão que teve a coragem de dizer “basta” a todos esses tentáculos?

E reparem: nem estou a falar do mais grave. Nem mencionei a compra da claque (curiosamente envolta em silêncio absoluto), nem as transferências obscuras, os empresários de confiança, os clubes que só são conhecidos em Portugal e que vendiam jogadores desconhecidos por dezenas de milhões…

Mas como tudo o que é construído sobre areia movediça… estava fadado ao colapso.

Nada que se ergue para esconder… se aguenta.

Metam isso na cabeça de uma vez por todas!

Enquanto isso, passavam-se centenas de horas a dissecar os “tentáculos alheios”, os bastidores e os bastidores dos bastidores…

Enquanto apontávamos para fora, cá dentro o clube era sufocado por silêncios cúmplices e aplausos vazios.

A culpa era sempre da imprensa. Dos árbitros. Da Liga. Do VAR. Dos adeptos que pensam.

O discurso era sempre o mesmo:

Se o Porto era prejudicado, vinha logo o megafone.

Se havia dúvidas, apareciam 10 lances dos outros para desviar o foco.

E mesmo quando éramos beneficiados, arranjavam forma de virar as câmaras para outro lado.

Atenção: nem tudo foi mau.

Houve momentos em que o espírito de combate serviu o clube.

Mas com o tempo, deixou de ser defesa institucional, passou a ser teatro.

E foi assim que muitos sócios e adeptos, sem darem por isso, tornaram-se aquilo que mais odiávamos há 15 anos: uma manada igual à dos rivais.

A cartilha era clara: se questionas, não és dos nossos.

Quem ousasse levantar uma dúvida era logo rotulado: infiltrado, dragarto, vendido.

E antes que venham com tretas: não sou contra uma TV do clube defender o clube.

Agora… se é só para dizer maravilhas, então não venham criticar os outros por fazer o mesmo.

Ou pior: não usem meia dúzia de críticas encomendadas para fingir que “aqui somos diferentes”.

Porque a verdade é que muitos portistas, de boa fé, engoliram aquilo tudo.

Porque lhes ensinaram que criticar era trair. Mas agora pergunto: o que é mais traição, questionar e tentar melhorar ou fechar os olhos enquanto nos afundam?

🚫 O Futuro Nunca Será Reconhecido (se não vier do Pai)
Para muita gente, o problema nunca foi o que AVB faz.

É o facto de não ser *ele*.

O pai. O nome. A estátua.

O desconforto está no rosto, não nas decisões.

AVB pode ganhar a Champions. Ainda assim, haverá quem diga que herdou uma base.

Se vender bem, foi sorte.

Se comprar com critério, é porque alguém lhe soprou.

Se o clube melhorar financeiramente, foi o mercado.

Nada será mérito, porque o mérito é uma ameaça para quem vive agarrado ao mito.

E é precisamente por isso que eu valorizo a coragem, a de fazer o que é difícil, mesmo sabendo que não terá o mérito de muitos.

Há quem ache que escrevo isto porque recebo alguma coisa em troca.

Porque é assim que eles funcionam, balizam os outros pela própria régua.

Gente que não faz ideia da minha história, mas que prefere atacar o mensageiro em vez de tentar entender a mensagem.

E, sinceramente, esses só com ajuda divina… ou de um bom psicólogo.

Vivem obcecados com o mensageiro… e nem perdem tempo a analisar a mensagem.

Talvez porque saibam, lá no fundo, que analisar o que nos incomoda é o único caminho para evoluir.

E a evolução custa. Dói. Obriga-nos a largar dogmas confortáveis.

Concordar só com o que já acreditamos é ficar parado, é escolher a estagnação.

E foi precisamente isso que Pedroto e aquele que, para mim, foi o maior presidente da história do FC Porto nos ensinaram a rejeitar: a estagnação nunca pode ser o caminho deste clube.

Talvez isso explique também o estado do nosso país, e, sem dúvida, o estado mental de parte da nossa massa associativa.

E o que mais custa, para essa franja, não é ver o FC Porto a errar.

É ver o FC Porto a acertar… sem Pinto da Costa. Porque se o clube crescer agora, vai-se a narrativa onde viveram os últimos 20 anos.

Vai-se a desculpa do “não havia alternativa”. Vai-se o medo de mudar.

E é aí que se percebe a verdade: não é o clube que querem salvar. É a história que construíram à volta dele.

O que é que te dói mais? Veres o Porto a ganhar sem Pinto da Costa… Ou perceberes que, afinal, havia vida depois dele?

Tudo o que escrevi vem de um lugar só: amor. Amor por este clube. Pela sua história. Pela sua capacidade de se reinventar.

E é por isso que acredito que vamos voltar. Vamos recuperar o respeito, como sempre foi o caminho do FC Porto: vencer contra tudo e todos. E quando isso acontecer, será mérito de quem teve coragem nos dias em que era mais fácil fingir que estava tudo bem.

❓A Pergunta Que Fica
Esta carta não é um ataque ao passado. Muito menos uma tentativa de apagar aquilo que foi construído com suor, visão e coragem.
E nem podia ser, porque como é que alguém são poderia criticar isso?
Como já deixei claro acima, para mim, Pinto da Costa foi o melhor presidente da nossa história.
Mas como homem, caído, como todos nós, acabou por pecar gravemente.

Eu sou adulto. Sei separar as coisas.

E, como disse há 15 anos, o final de um mandato diz muito do legado… porque é o que fica.
Espero que também sejam adultos para entender isso.

Porque isto não é um ataque, é uma resposta. Uma resposta aos miseráveis. Aos que gritam muito e pensam pouco.

Aos que vestem o escudo ao peito para esconderem o vazio de ideias e a doença emocional que os consome sempre que alguém ousa tirar-lhes o brinquedo do altar.

Não estou a falar dos que criticam com argumentos.

Esses eu respeito, mesmo que discorde, mesmo que confronte. Porque têm lógica, mesmo que eu ache que seja uma lógica errada. Têm pensamento. Têm estrutura.

Mas há uma franja que não merece sequer o título de adepto. Porque mente quando diz que é do FC Porto.
Porque só aparece para minar, para gritar, para repetir frases feitas como se estivessem a defender o clube, quando, na verdade, só estão a tentar proteger o pedestal que lhes alimenta o ego.

E sabem o que para mim é mais irónico? Como falei anteriormente, mas acho importante reforçar agora que estamos a chegar ao fim, nem sequer estão a respeitar o legado de quem dizem estar a defender.

Porque se o que ele nos deixou foi isto, um clube dividido, submisso, entregue à cegueira, então que raio de legado é esse? Se acham que isso é honrar a memória de Pinto da Costa… então estão a cuspir naquilo que ele próprio construiu, ou não entenderam patavina do que foi a vida dele!

E depois de tudo o que partilhei aqui… acho que posso dizer isto com alguma segurança:

Não estamos a dividir nada. Porque não se divide o que nunca foi a mesma coisa. Eles não são do mesmo clube que eu. Não vibram pelas mesmas razões. Não sofrem pelos mesmos valores.

Podem usar o mesmo cachecol, a mesma camisola e até as mesmas cores, mas a verdade é que vibram mais por uma estátua do que por um golo.

Quando defendes alguém cegamente, mesmo que isso afunde o teu clube… ainda és portista, ou és apenas viúvo do poder?

Best_Abraços
Ricardo Amorim
Tanta palavra para dizer que é mais portista do que os outros portistas...

Podia ter usado 2 ou 3 frases.

Chiça