Primeiro é necessário não confundir judaísmo com sionismo. O que não faltam por esse mundo fora são judeus antissionistas e o que não faltam também são exemplos dos governantes e porta-vozes de Israel que acusam outros judeus de antissemitismo. As vozes judaicas antissionistas são as principais vozes que o governo de Israel quer calar.
Os principais culpados do aumento de antissemitismo contra judeus é o próprio governo de Israel e todos os judeus não-sionistas reconhecem perfeitamente isso.
E depois, claro, é também importante fazer a distinção do que é antissemitismo e daquilo que não é. O governo de Israel e os seus apoiantes caracterizam tudo aquilo que é crítica a Israel como antissemitismo e criam a uma escala industrial uma enormidade de fake news sobre um suposto aumento assustador de antissemitismo no mundo.
Da mesma forma que os nazis da Alemanha eram os principais patrocinadores e fomentadores do sentimento anti-Alemanha no mundo inteiro, também os sionistas de Israel são os principais patrocinadores do sentimento antissionista no mundo inteiro. Ninguém com o mínimo de empatia para com os outros pode ficar impávido para as contínuas atrocidades do governo sionista de Israel, com a cumplicidade dos EUA e da Europa, contra os civis de Gaza. Dezenas de milhares de crianças morreram despedaçadas através de bombardeamentos, um dos maiores jornais de Israel, o Haretz, denunciou que para a IDF matar crianças em Gaza é como se se tratasse de um desporto. Médicos denunciaram o assassinato de centenas de crianças com tiros na cabeça e no tórax demonstrando provas inequívocas das atrocidades cometidas pelos membros da IDF. Médicos palestinianos foram presos, torturados e violados nas prisões de Israel. E agora, na fase final do genocídio, começaram a matar indiscriminadamente civis nos falsos centros de distribuição de comida criados pela IDF e mercenários americanos e a matar à fome a população. As imagens que nos chegam fazem estremecer de horror qualquer pessoa que tenha o mínimo de compaixão, crianças completamente desnutridas, autênticos cadáveres à espera da morte. Um horror. A maior atrocidade contra um povo desde o Holocausto.
É isto aquilo em que nos tornamos? Permitimos a morte e o sofrimento atroz de milhares de crianças para que fim? O que é que de bom pode surgir disto? O fim da resistência palestiniana? O fim um povo? Só porque Israel tem mais semelhanças com o modo de vida do ocidente? Os meios justificam os fins? É o fim de toda e qualquer tipo de tentativa de cultivo de virtude ou superioridade moral do ocidente.