Coisa que jamais alguém fez com o anterior presidente. Aí era 100% de espírito crítico da massa adepta.
Erradamente.
A partir de certa altura deixou de se ter.
Mas, como na história, temos de compreender os porquês, mesmo daquilo que achamos errado (e que de facto é e não beneficia)
A dimensão do trabalho, das conquistas e a subida do clube ao Olimpo era de tal magnitude que se passou a ver o Presidente mais como uma espécie de faraó, meio líder-meio Deus.
A confiança era total numa pessoa que tinha levado o clube a coisas que metade nem imaginava, houve uma quase deificação, ainda ontem falei disso, ao invés da admiração profunda mas humana.
Houve contexto para isso, mesmo nós, os mais racionais discordando.
Depois tens o factor tempo, todas as lideranças muito longas, mesmo as mais fortes e incríveis da história, em todas as áreas seja política, militar, desportiva, imperial, chegam a um ponto de decaimento.
Onde cada vez mais em vez dos grandes coadjuvantes, tens os sicofantas, em vez dos generais de topo, tens uns aristocratas viciados, amigos vão perecendo e vêm amigos apenas do que podem ganhar com o status de proximidade com o líder etc.
Isto nem sequer é uma analise ao FCP dessa era, é mesmo uma análise histórica e antropológica.
Isso e eu gosto de escrever.
