eu não disse que tinha ou não.Ainda ontem vi um grafismo sobre os custos para o país dos diferentes programas eleitorais.
A CDU tinha um custo a rondar os 23mM€. A IL penso que rondava os 6mM€.
Pergunto o que é que as utopias têm a ver com ricos e pobres?
mas achar, como eles acham, que o dinheiro vai fazer trickle down para toda a população é de sonhador total,
cada vez está mais provado que a trickle down economics é uma treta, especialmente quando se é muito dogmático e pouco pragmáticos como eles.
para piorar a coisa são ideias de países anglo-saxonicos para um país como Portugal, não dá, simplesmente.
querer privatizar tudo, absoluto delírio, isso não acontece em país nenhum. só nos states há saúde completamente privatizada e tem os.problemas que se sabe (aqui sim é para ricos)
para contornar isso querem oferecer cheques às pessoas para escolherem o que quiserem; nem é preciso desenvolver muito para perceber que isso só ia dar merda.
na construção, por uma questão de ideologia, nem sequer apoiam a construção de habitação pública que PS e depois PSD anunciaram e ampliaram.
como é que querem resolver o problema da habitação cortando na media principal?...
enfim, tanta coisa...
fica aqui um copy/paste a resumir :
O programa da Iniciativa Liberal (IL) é frequentemente considerado utópico por várias razões, principalmente pela forma como idealiza soluções simplistas para problemas complexos. Eis os principais pontos:
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1. Excesso de Fé no Mercado Livre
A IL defende uma diminuição drástica do papel do Estado na economia, acreditando que o mercado resolve tudo melhor. Isto é utópico porque:
Ignora falhas de mercado (como monopólios naturais, externalidades ou assimetrias de informação).
Assume que todos os cidadãos têm as mesmas oportunidades de compet
ir, o que...o que é falso numa sociedade com desigualdades estruturais profundas (educação, herança, contactos, zona de residência, etc.).
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2. Privatizações Generalizadas
A IL quer privatizar praticamente tudo: saúde, educação, transportes, etc. Isto é utópico porque:
Assume que os privados serão sempre mais eficientes, ignorando que o lucro nem sempre é compatível com o interesse público.
A privatização da saúde, por exemplo, pode deixar os mais pobres sem acesso a cuidados básicos ou empurrá-los para seguros caros.
Na educação, corre-se o risco de criar um sistema a duas velocidades: um para quem pode pagar, outro (pior) para quem não pode.
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3. Crença em Baixos Impostos + Alto Crescimento
A IL defende cortes massivos de impostos, argumentando que isso gerará mais crescimento económico. Isto é utópico porque:
Países com serviços públicos de qualidade têm normalmente uma carga fiscal elevada.
Baixar impostos sem cortar nas funções do Estado leva a défices maiores ou a dívida pública insustentável.
A teoria do “trickle-down” (riqueza a escorrer de cima para baixo) tem sido amplamente desmentida por dados empíricos.
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4. Redução do Estado a Mínimos Históricos
A ideia de um “Estado mínimo” parte do pressuposto de que tudo o que o Estado faz pode ser feito melhor por privados. Isto é utópico porque:
Há funções que só o Estado pode garantir com equidade: justiça, segurança social, redistribuição de riqueza.
Reduzir o Estado a um gestor de contratos privados é ignorar o seu papel como regulador, garante de direitos e mediador social.
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5. Desvalorização da Realidade Social Portuguesa
O programa da IL é muitas vezes inspirado em modelos anglo-saxónicos (como os EUA ou o Reino Unido), ignorando:
A realidade histórica e cultural de Portugal (um país com fraca mobilidade social e grande dependência de serviços públicos).
O facto de que muitos portugueses não têm capacidade financeira para pagar por serviços essenciais se estes forem totalmente privatizados.
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Resumindo: o programa da IL é utópico porque assume que o mercado é infalível, que todos têm oportunidades iguais, que os privados são sempre mais eficientes, e que o Estado é sempre ineficiente — o que ignora a complexidade social e económica do país. É uma visão demasiado teóric
a, pouco realista e desajustada da realidade portuguesa.
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