Atmosfera surge depois de dois jogos. Antes a crítica não era o jogo jogado eram sim certas apostas, apostas estas que na minha opinião devem ter dedo da direcção, quem consegue implementar um sistema com aquelas complexidades burro ou masoquista não é.
Consegues ver jogadas ao primeiro toque sufocos com pressão estratégica em zonas específicas, lances em que se nota que a equipa cria uma espécie armadilhas para lançar alguém na profundidade etc... Existem análises em videos que até circularam aqui. O problema no geral são os erros não forçados cometidos na defesa. O problema são as 2 ou 3 situações de quase golo por jogo que quando conseguem rematar geralmente a bola entra.
Agora que DC está com problemas nos Glúteos que provavelmente é mais um problema interno a ser gerido através dos problemas nos glúteos, se calhar aquela única chance que se dá ao adversário não dará golo.
Contra o Braga estivemos totalmente desfalcados e nem aí fomos massacrados o jogo foi dsputado.
O mérito do treinador para mim é com os cepos que tem Ok não são tantas grandes exibições mas também não se permite que o adversário faça grandes exibições ou grande coisa ficam a mercê expectantes a espera do golpe simplesmente pela complexidade do sistema e as nuances táticas. Desde que o Anselmi só a Roma jogou aberto olhos nos olhos conosco nenhuma e agora o Estrela mais ou menos em toda a largura.
O restante foi tentar ferir em ataques rápidos.
PS: se o Benfica não tivece marcado primeiro, se tivece de subir e tentar assumir não sei se o resultado seria aquele. Jogaram como equipa pequena com as motas e os problemas de posicionamento da nossa defesa e um Pavlidis q seila foi a primeira vez a fazer um hattrick.
Para mim o mérito é do Anselmi é como ele disse é motivo de orgulho
Esse texto não é uma análise. Desculpa. É catecismo. É defesa cega, onde tudo o que corre mal é culpa dos jogadores, dos árbitros, do relvado, do cosmos — menos do homem que monta a equipa. Até sobra para a direção.
A começar por essa lenga-lenga do “sistema muito complexo para ser culpa do treinador”.
Mas o que é isso? Desde quando complexidade impede culpa?
Aliás, o verdadeiro erro até poderia começar precisamente aí: implementar um modelo exigente num plantel que claramente não o sustenta — isso sim, é que seria culpa direta do treinador.
Isso é ignorância táctica, não inovação.
É como meter um Fórmula 1 a correr num trilho de cabras e depois culpar os pneus.
Falas de jogadas ao primeiro toque, armadilhas para lançar alguém na profundidade…
Mas em que realidade alternativa estás a ver isso com regularidade?
Jogamos aos repelões, com uma construção desconectada, sem apoio entre setores, e vês a equipa a chegar à área mais por esforço individual ou erro adversário do que por padrão ofensivo consolidado.
Basta ver quantas jogadas conseguidas há por jogo com 3 ou mais jogadores envolvidos em construção vertical.
Spoiler: quase zero.
Depois usas a expressão “se o Benfica não tivesse marcado primeiro…”
Mas isto agora é a Liga dos ‘ses’?
Olha, "se a minha avó tivesse rodas era um camião" por Paulo Bento.
O FC Porto teve tempo para reagir, e foi dominado na cabeça, nas pernas e no banco.
E essa conversa de que o Pavlidis fez um hat-trick “fora do normal” é só a cereja no topo do disparate.
O homem aproveitou falhas de posicionamento que a nossa linha repete jogo após jogo. Assim como o Kikas.
Não é azar — é um erro sistemático que o treinador não resolve.
E quanto ao mérito de “não deixar o adversário jogar”…
Então o Arouca não jogou?
O Estrela não criou?
O Guimarães não teve fases de ascendente no Dragão?
O que estás a ver não é um adversário sufocado — é um adversário que nem precisa de se esticar muito porque basta esperar pelos erros do Porto.
No teu entender, é uma destas ideias:
Quando ganhamos, é mérito do sistema.
Quando perdemos, é falta de qualidade individual.
Conclusão: o sistema nunca erra. O treinador é infalível.
Isto é fanatismo, não é análise. É doutrina.
Pior ainda: esse texto tenta resgatar os primeiros jogos como se fossem a base de algo promissor.
Mas até nisso há reservas é que contra equipas completamente fechadas, ganhámos em esforço, sem controle do jogo, com dificuldades claras nas transições.
Os problemas já estavam lá — só que agora estão mais visíveis porque o tempo passou e não houve evolução nenhuma.
Portanto, não.
Não há “crescimento”, não há “domínio”, não há “complexidade tática sofisticada”. Seja lá o que isso seja, confesso que tenho anos de futebol e nunca ouvi uma tirada dessas.