O outro andava de um lado para o outro, a berrar, a gesticular, ninguém percebia um boi do que queria. Mexia e a equipa ficava pior. Os jogadores entravam completamente perdidos, sem saber o que fazer.
Pode não ter sucesso já, tendo em conta o contexto, mas que me parece o homem certo e com a fibra que precisamos é claro.
Chama os jogadores, em poucos segundos explica o que tem de ser corrigido. Nota-se que encontrou no Eustaquio um braço direito em campo, onde eu acharia que seria o Varela até por ser também argentino. Viu nele um "obreiro" que faz tudo o que pede e capaz de passar a mensagem dele.
Os jogadores que entram sabem perfeitamente para onde vão e o que é esperado deles. Vejam o William que faz a estreia num lugar "novo" e sabia perfeitamente o que fazer. O próprio Borges ainda que no seu estilo próprio e sem por vezes tomar a melhor decisão, entrou bem e cumpriu!
Quantos treinos efetivos tem? De campo para trabalhar a tatica, corrigir posições e comportamentos e passar a sua mensagem? 5/6?
A diferença é tão abismal que nos faz acreditar no caminho e apoiar o homem, mesmo quando o resultado não aparece como em vila do conde ou contra os verdes. Porque vimos entrega, vimos sacrifício e vimos acima de tudo trabalho e uma linha de jogo. Por vezes podemos nem apreciar porque roda muito pelos centrais e guarda redes, mas é feito com um propósito, não é apenas "porque sim" como era com o VB que víamos a trocar a bola e depois saía milho na frente sem critério.
Imagino o futebol que teriamos se tivesse desde inicio. Como isso não se muda, imagino o futebol que podemos ter com uma pré época e um bom mercado de transferências com os jogadores certos para este futebol e, sobretudo, jogadores de qualidade. Com um boost de qualidade de 3/4 jogadores, podemos catapultar o nosso futebol. Não queria fazer muitos paralelismos, mas vejam o futebol dos verdes com a chegada acertada do Hujlemand e do Gyokeres.
Eu tenho fé e vou dar voto de confiança ao Martin!