Actualidade Internacional

Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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Aquele cheirinho a hipocrisia como se o Elon Musk fosse o único bilionário a interferir em eleições.

O Elon merece todas as críticas de que tem sido alvo, mas acho sempre engraçada a estupidez coletiva de achar que ele é o único bilionário que interfere em eleições. A diferença é que ele o faz declaradamente, sem pretextos, nem de forma evasiva. As eleições americanas são um exemplo claro de eleições compradas por bilionários que dão centenas de milhões a um dos candidatos e não é porque gostam da cara do candidato democrata ou do candidato republicano, é porque estão a comprar alguma coisa, estão à procura de maximizar as suas fortunas e avançar com a sua agenda.

Até parece que o Soros não gasta milhares de milhões de dólares e euros em organizações políticas que lhe permitem maximizar a sua fortuna e fazer avançar a sua agenda seja ela qual fora, fora os outros milhares de milhões que gasta em conglomerados dos media para ter propaganda favorável. É público, existe página na wikipédia com uma lista de organizações políticas, teve por diversas vezes influência direta na política do Reino Unido, já levou à destruição de diversas economias do sudeste asiático em 1997 usando especulação financeira.

Mas pronto, o Soros e o Gates são os bilionários bonzinhos que querem harmonia e paz no mundo, o Elon é a personificação do mal.

Mas viva a estupidez, uns podem influenciar a política e a economia para ganho pessoal, outros não.
Concordo com tudo excepto uma coisa. Os bilionários (da tecnologia, da finança ou das armas, tanto faz) não financiam um partido em detrimento de outro, financiam ambos. Ao mesmo tempo, pré-seleccionam os candidatos para o grande ritual político da Eleição. Só assim podem garantir que ganham sempre.

A moralidade disto não é: Eles (os políticos) são todos iguais, mas Eles (os bilonários) têm o jogo na mão, e só o perdem se 1) cair na Terra um meteorito de 500 megatoneladas, 2) o planeta for subitamente atacado e invadido por uma horda de extra-terrestres hiper-poderosos e muita mal-intencionados.
 
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13 Março 2012
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  • André Villas-Boas
  • Jorge Costa
  • Alfredo Quintana
Concordo com tudo excepto uma coisa. Os bilionários (da tecnologia, da finança ou das armas, tanto faz) não financiam um partido em detrimento de outro, financiam ambos. Ao mesmo tempo, pré-seleccionam os candidatos para o grande ritual político da Eleição. Só assim podem garantir que ganham sempre.

A moralidade disto não é: Eles (os políticos) são todos iguais, mas Eles (os bilonários) têm o jogo na mão, e só o perdem se 1) cair na Terra um meteorito de 500 megatoneladas, 2) o planeta for subitamente atacado e invadido por uma horda de extra-terrestres hiper-poderosos e muita mal-intencionados.
Ganham incomparavelmente mais de um lado do que do outro . Isso é óbvio basta ler um pouco sobre os USA e por exemplo a criação da ‘ideia de América e do liberalismo no início do séc XX pelos grandes magnatas e industriais, e as campanhas que fizeram.
 

Edgar Siska

Presidente da Associação Ódio Eterno ao Panelas
9 Julho 2016
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Ao pé da praia
  • Alfredo Quintana
  • Maio/21
  • Junho/22
  • Agosto/22
Concordo com tudo excepto uma coisa. Os bilionários (da tecnologia, da finança ou das armas, tanto faz) não financiam um partido em detrimento de outro, financiam ambos. Ao mesmo tempo, pré-seleccionam os candidatos para o grande ritual político da Eleição. Só assim podem garantir que ganham sempre.

A moralidade disto não é: Eles (os políticos) são todos iguais, mas Eles (os bilonários) têm o jogo na mão, e só o perdem se 1) cair na Terra um meteorito de 500 megatoneladas, 2) o planeta for subitamente atacado e invadido por uma horda de extra-terrestres hiper-poderosos e muita mal-intencionados.
Preferia extra-terrestres bem intencionados, mas nas histórias de ficção científica são sempre maus e beras.
 

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Aquele cheirinho a hipocrisia como se o Elon Musk fosse o único bilionário a interferir em eleições.

O Elon merece todas as críticas de que tem sido alvo, mas acho sempre engraçada a estupidez coletiva de achar que ele é o único bilionário que interfere em eleições. A diferença é que ele o faz declaradamente, sem pretextos, nem de forma evasiva. As eleições americanas são um exemplo claro de eleições compradas por bilionários que dão centenas de milhões a um dos candidatos e não é porque gostam da cara do candidato democrata ou do candidato republicano, é porque estão a comprar alguma coisa, estão à procura de maximizar as suas fortunas e avançar com a sua agenda.

Até parece que o Soros não gasta milhares de milhões de dólares e euros em organizações políticas que lhe permitem maximizar a sua fortuna e fazer avançar a sua agenda seja ela qual fora, fora os outros milhares de milhões que gasta em conglomerados dos media para ter propaganda favorável. É público, existe página na wikipédia com uma lista de organizações políticas, teve por diversas vezes influência direta na política do Reino Unido, já levou à destruição de diversas economias do sudeste asiático em 1997 usando especulação financeira.

Mas pronto, o Soros e o Gates são os bilionários bonzinhos que querem harmonia e paz no mundo, o Elon é a personificação do mal.

Mas viva a estupidez, uns podem influenciar a política e a economia para ganho pessoal, outros não.
O Soros é-me o Bill Gates ficam mais ricos com trump no poder. Mas têm outros valores.

Não digo que são santos mas estão longe do demónio que defendes. Oligarquia agora já é uma coisa óptima ? Extrema direita? Defender neo-nazis?
 

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Eis senão quando a Síria afinal está a caminho de ser uma república islâmica ao bom nível Taliban.
Enquanto isso a Dinamarca que foi a puta de Putin durante 2 anos quando deixou navios russos andar a passear e nada fez.
O Trump acossou um bocadinho, vai de investir não sei quantos mil milhões em defesa para reforçar a Gronelândia.
Nós na Europa estamos a pedi las.
Estamos a pedir o que ?
 

Dagerman

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1 Abril 2015
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Preferia extra-terrestres bem intencionados, mas nas histórias de ficção científica são sempre maus e beras.
Qualquer filme de acção precisa de ter bons e maus (ou pelo menos maus e piores), senão não havia porrada.
E como nós humanos somos, por definição, os bons, para os ET só podia restar o papel de vilão. Mas acredito que deve haver muitos filmes, séries ou livros de FC em que os ET são os bons e os humanos os maus. Não sou grande conhecedor do género.
 
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Edgar Siska

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Qualquer filme de acção precisa de ter bons e maus (ou pelo menos maus e piores), senão não havia porrada.
E como nós humanos somos, por definição, os bons, para os ET só podia restar o papel de vilão. Mas acredito que deve haver muitos filmes, séries ou livros de FC em que os ET são os bons e os humanos os maus. Não sou grande conhecedor do género.
Eu gosto disso, quando em vez de bons e maus há menos maus, meio-meio, um bocadito maus, muito maus, caoticamente maus...é mais representativo do espírito humano e da realidade.
 
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Dagerman

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1 Abril 2015
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Ganham incomparavelmente mais de um lado do que do outro . Isso é óbvio basta ler um pouco sobre os USA e por exemplo a criação da ‘ideia de América e do liberalismo no início do séc XX pelos grandes magnatas e industriais, e as campanhas que fizeram.
Estás a dizer que os republicanos estão mais ligados ao big business do que os democratas? Tradicionalmente, talvez sim, mas acho isso já não faz qualquer diferença hoje em dia. Hoje são ambos neo-liberais, e as diferenças entre um e outro são puramente cosméticas. No essencial (finança, economia, política externa) estão perfeitamente alinhados.
 

Dagerman

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1 Abril 2015
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Eu gosto disso, quando em vez de bons e maus há menos maus, meio-meio, um bocadito maus, muito maus, caoticamente maus...é mais representativo do espírito humano e da realidade.
E depois ainda há aqueles - como a série Utopia -- em que os que pareciam inicialmente muito maus se revelam no final senão bons, pelo menos bem-intencionados. Aí a perversão é completa.
Mas o cinema é uma arte tão poderosa que consegue fazer funcionar todas as fórmulas. Até ao final dos anos 50 a cena estava bem estabelecida: havia o bom (John Waine) e o vilão. Ou então havia o bom relutante (James Cagney, Humphrey Bogart) e o vilão. E fizeram-se grandes filmes seguindo essa fórmula.
A partir dos anos 60 começaram a surgir os anti-heróis (Clint Eastwood!) e a partir daí foi sempre a abrir, até desembocar em Reservoir Dogs de Tarantino, em que já mal consegues distinguir os maus dos piores!
 
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Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
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  • Alfredo Quintana
Os tais gringos ricalhaços beneficiaram, todos eles, de sistemas económicos, financeiros, fiscais, políticos, legais... favoráveis à desigualdade e à acumulação. Musk justifica, porém, um asterisco: proprietário de uma rede social, difunde propaganda não-mediada num espaço com mais de 600 milhões de utilizadores activos e alcance maior; lidera também um órgão governamental com poderes administrativos. Poucas vezes a defesa do interesse próprio (e da elite) terá sido tão evidente, e a sobreposição entre poder político e poder económico tão despudorada. Zuckerberg, com quase três biliões de usuários activos no Facebook, começa também a introduzir mudanças na sua plataforma, tornando-se relevante acompanhar as suas próximas decisões. Há aqui algo de diferente quanto às formas de poder dos bilionários e aos meios utilizados para defender e perpetuar o regime que mais lhes convém, ainda que outros tenham actuado através de canais tradicionais de comunicação.

Sobre a desigualdade na América, veja-se o segundo segmento do vídeo, "the paradox" e o quarto, "mobility". Não admira que o país se tenha tornado um barril de pólvora. Dinâmicas que não são, de todo, exclusivas daquela sociedade.


... e vivemos um tempo distinto. Os Estados Unidos, durante décadas e décadas, não tiveram um único adversário que colocasse em causa a sua hegemonia. Agora têm-no e o seu posicionamento internacional começa a mudar. Com a China a alinhar-se a oriente com a Rússia e a aprofundar laços com a Índia, entre outras nações (a Indonésia acaba de aderir aos BRICS), os Estados Unidos, com maior dificuldade em influenciar o que se passa naquela região do globo, terá todo o interesse em manter os seus aliados tradicionais sob o seu controlo. Enfraquecidos, sem relações próximas com os adversários nem pretensões de afirmação própria. Não admira que procure desestabilizar a Europa. E Musk, nas suas inusitadas incursões pela política internacional, endossa partidos divisivos. Contrários à União Europeia, como são os caso da AfD e do Reform UK. O mesmo faz Trump em relação a Orbán. Procuram, de igual modo, apoiar quem tem na segurança e na imigração cavalos de batalha, pois os temas, além de gerarem polémicas infindáveis, desviam a atenção das populações quanto a problemas mais profundos e urgentes. A imagem da potência benévola funcionava melhor num sistema global sem competição, claramente hierarquizado. Também por aqui se explica a atitude de Trump e das elites.
 
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Dagerman

Tribuna
1 Abril 2015
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Não admira que procure desestabilizar a Europa.
Eu diria que a desestabilização da Europa começou em força a partir do momento em que os EUA fizeram tudo para que dois países europeus (Ucrânia e Rússia) entrassem em conflito aberto, cortando com isso o acesso directo dos europeus (Alemanha sobretudo) ao gás e petróleo russos. Agora os europeus, que não produzem energia nem recursos naturais que se vejam, são obrigados a comprá-los mais caros a terceiros. O objectivo só podia ser enfraquecer a economia europeia, e foi bem sucedido. O ponto de vista dos americanos sobre a UE ficou patente no célebre "fuck the EU" de Victoria Nuland. O resto são historinhas para boi dormir. Mas é só a minha opinião.
Quanto à dupla Trump/Musk, serve os seus interesses pessoais, como fazem todos. Só alguém muito iludido é que os pode ver como salvadores de não sei quê.
 
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SUPERMLY

Tribuna Presidencial
14 Setembro 2017
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Os tais gringos ricalhaços beneficiaram, todos eles, de sistemas económicos, financeiros, fiscais, políticos, legais... favoráveis à desigualdade e à acumulação. Musk justifica, porém, um asterisco: proprietário de uma rede social, difunde propaganda não-mediada num espaço com mais de 600 milhões de utilizadores activos e alcance maior; lidera também um órgão governamental com poderes administrativos. Poucas vezes a defesa do interesse próprio (e da elite) terá sido tão evidente, e a sobreposição entre poder político e poder económico tão despudorada. Zuckerberg, com quase três biliões de usuários activos no Facebook, começa também a introduzir mudanças na sua plataforma, tornando-se relevante acompanhar as suas próximas decisões. Há aqui algo de diferente quanto às formas de poder dos bilionários e aos meios utilizados para defender e perpetuar o regime que mais lhes convém, ainda que outros tenham actuado através de canais tradicionais de comunicação.

Sobre a desigualdade na América, veja-se o segundo segmento do vídeo, "the paradox" e o quarto, "mobility". Não admira que o país se tenha tornado um barril de pólvora. Dinâmicas que não são, de todo, exclusivas daquela sociedade.


... e vivemos um tempo distinto. Os Estados Unidos, durante décadas e décadas, não tiveram um único adversário que colocasse em causa a sua hegemonia. Agora têm-no e o seu posicionamento internacional começa a mudar. Com a China a alinhar-se a oriente com a Rússia e a aprofundar laços com a Índia, entre outras nações (a Indonésia acaba de aderir aos BRICS), os Estados Unidos, com maior dificuldade em influenciar o que se passa naquela região do globo, terá todo o interesse em manter os seus aliados tradicionais sob o seu controlo. Enfraquecidos, sem relações próximas com os adversários nem pretensões de afirmação própria. Não admira que procure desestabilizar a Europa. E Musk, nas suas inusitadas incursões pela política internacional, endossa partidos divisivos. Contrários à União Europeia, como são os caso da AfD e do Reform UK. O mesmo faz Trump em relação a Orbán. Procuram, de igual modo, apoiar quem tem na segurança e na imigração cavalos de batalha, pois os temas, além de gerarem polémicas infindáveis, desviam a atenção das populações quanto a problemas mais profundos e urgentes. A imagem da potência benévola funcionava melhor num sistema global sem competição, claramente hierarquizado. Também por aqui se explica a atitude de Trump e das elites.
Não existem potências benévolas.
Existem potências e as quais farão o que for preciso para se perpetuarem.
Temos o caso da Rússia que há 20 anos que anda a criar caos nos países em seu redor para manter influência.
Os EUA operam de forma diferente porque tem um sistema político diferente mas tb intervém.
As pessoas falham em perceber 2 coisas muito simples:
A Ordem Mundial foi esculpida por 2 países.Agora existe um terceiro que está a conseguir moldar a globalização aos seus termos.
E a Europa com sempre está no meio.
Eventualmente vamos ter de escolher um lado.
A outra coisa muito simples é que hoje a Europa não tem quaisquer condições de se aguentar sozinha nem economicamente nem militarmente.
E os EUA sabem disso como tal estão a forçar.
Não podemos ter os benefícios sem darmos nada em troca.
A Ordem Mundial não foi construída assim e quem a construiu vai mudar as regras do jogo sempre que for necessário.

PS: A Europa tá cheia de coninhas e não tem o que é preciso( meios nem mentalidade) para se defender de adversários altamente agressivos.
Quando dependes dos outros para garantires a tua segurança...
 
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Não existem potências benévolas.
Existem potências e as quais farão o que for preciso para se perpetuarem.
Temos o caso da Rússia que há 20 anos que anda a criar caos nos países em seu redor para manter influência.
Os EUA operam de forma diferente porque tem um sistema político diferente mas tb intervém.
As pessoas falham em perceber 2 coisas muito simples:
A Ordem Mundial foi esculpida por 2 países.Agora existe um terceiro que está a conseguir moldar a globalização aos seus termos.
E a Europa com sempre está no meio.
Eventualmente vamos ter de escolher um lado.
A outra coisa muito simples é que hoje a Europa não tem quaisquer condições de se aguentar sozinha nem economicamente nem militarmente.
E os EUA sabem disso como tal estão a forçar.
Não podemos ter os benefícios sem darmos nada em troca.
A Ordem Mundial não foi construída assim e quem a construiu vai mudar as regras do jogo sempre que for necessário.

PS: A Europa tá cheia de coninhas e não tem o que é preciso( meios nem mentalidade) para se defender de adversários altamente agressivos.
Quando dependes dos outros para garantires a tua segurança...
Toda a gente depende de outros para a sua segurança. Os Estados Unidos dependem de todos os ‘aliados’ (com pelo menos 130 bases na NATO) tal como Rússia e China dependem uma da outra, etc etc etc.

São redes de alianças de inteligência, de conhecimento, económicas, militares, políticas, etc. Esse pensamento individualista é completamente desconectado com a realidade.
 
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Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Não existem potências benévolas.
Existem potências e as quais farão o que for preciso para se perpetuarem.
Temos o caso da Rússia que há 20 anos que anda a criar caos nos países em seu redor para manter influência.
Os EUA operam de forma diferente porque tem um sistema político diferente mas tb intervém.
As pessoas falham em perceber 2 coisas muito simples:
A Ordem Mundial foi esculpida por 2 países.Agora existe um terceiro que está a conseguir moldar a globalização aos seus termos.
E a Europa com sempre está no meio.
Eventualmente vamos ter de escolher um lado.
A outra coisa muito simples é que hoje a Europa não tem quaisquer condições de se aguentar sozinha nem economicamente nem militarmente.
E os EUA sabem disso como tal estão a forçar.
Não podemos ter os benefícios sem darmos nada em troca.
A Ordem Mundial não foi construída assim e quem a construiu vai mudar as regras do jogo sempre que for necessário.

PS: A Europa tá cheia de coninhas e não tem o que é preciso( meios nem mentalidade) para se defender de adversários altamente agressivos.
Quando dependes dos outros para garantires a tua segurança...
Exceto que a Europa é o maior parceiro comercial de todos esses países, o que lhe dá poder económico.
Da mesma forma que, se a Europa mandar os EUA passearem em definitivo, tem a tecnologia para criar uma indústria de defesa realmente competitiva e tornar-se rapidamente numa potência militar.
A China não é uma ameaça militar para a Europa.
Até há bem pouco tempo, os EUA não eram uma ameaça militar para a Europa.
A NATO sem os EUA tem ainda condições para aguentar um conflito com a Rússia.

Os EUA acham que é só mandar gastar mais na defesa e a Europa vai a correr comprar armamento aos EUA. A solução é simples. Desenvolver a própria indústria e roubar-lhes o mercado. O isolacionismo dos EUA só os vão enfraquecer.
 
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