Enquanto a poeira assenta, algumas notas soltas sobre VB no FCPorto:
1) Digam o que disserem, com a "nega" de Valverde no defeso passado, escolher VB foi uma decisão lógica e a meu ver a decisão correcta na altura por varios motivos (conhecia bem a casa e os jogadores, queria o lugar e era "barato").
2) O meu "gut feeling" na altura era corte total com o antigo regime, incluindo VB, mas aceitei pelas razões acima mencionadas.
3) Sinais de alarme começaram tocar quando se andou à procura de adjuntos, martelando ali uma equipa técnica e outra nos "Bês". Malta com traquejo ganho em Coimbra e afins.
4) Hindsight 20/20 todos têm mas devo dizer que há aqui foristas que tinham percebido que o VB não seria bem sucedido antes até do jogo com o Benfica. Estimo que nos quadros da SAD também se tenham apercebido disso, a menos que estivessem tão dentro da situação que não conseguissem fazer uma análise suficientemente fria.
5) AVB quis muito dar a VB todas as hipóteses de virar o rumo das coisas. Muito pelo seu passado mas também porque mudar de treinador a meio da época deve resultar ainda menos do que acreditar no trabalho e privilegiar a estabilidade.
6) No entanto, os resultados só vieram demonstrar o que se vive dentro do grupo de trabalho, um desnorte de ideias e liderança.
6) No inicio da época pensei (e acho que até mencionei por aqui) que o que nos faltava eram líderes no balneário e no campo (principalmente na defesa) alguém que impusesse disciplina. Contratou-se uma defesa nova mas continuou a faltar liderança.
7) Assumo que também esperava muito mais do Jorge Costa. Temo que haja alguma diferença de opinião entre ele e o Presidente + Zubizarreta. Algo naquele triunvirato também não funcionou.
8) Não vejo ninguém ideal para pegar no grupo. O futuro treinador (ideal) precisa de ter, para além de competência técnica e experiência, ambição e carisma (aptidões de liderança), uma equipa técnica com a qual já trabalham à vários anos, comunicação efectiva dentro do grupo e fora, com assertividade e domínio da realidade do futebol português.
9) Todos os treinadores que correspondem a este perfil estão a trabalhar. Os que estão livres não têm algumas destas características e muitos que poderíamos considerar ou já cá passaram sem sucesso ou são "aliens", o que até pode ser um ponto positivo mas que levará a que precisem de mais recursos (tempo e dinheiro) para (a) aceitarem o desfio e (b) serem bem sucedidos.