“É um jogo para ganhar ou ganhar”
Vítor Bruno quer que os jogadores entrem “fortes, autoritários e mandões” frente ao Estrela da Amadora (segunda-feira, 20h15)
O Estádio do Dragão reabre portas esta segunda-feira à noite para acolher o embate entre o FC Porto e o Estrela da Amadora referente à 14.ª jornada do campeonato (20h15, Sport TV1). Na conferência de imprensa de antevisão do duelo caseiro frente a um conjunto que “vem de uma vitória moralizadora”, Vítor Bruno lembrou que “é preciso estar atento” aos “sinais de alerta” dados na Reboleira e ignorar o registo dos tricolores fora de portas, “um tabu criado para ser quebrado”.
“Temos que entrar muito fortes, autoritários e mandões, porque vimos de um resultado para o campeonato que não nos favoreceu”, sublinhou o técnico decidido a “retomar a diferença de dois pontos para o Sporting” e cuja “primeira intenção é chegar à baliza adversária o mais rápido possível” num “jogo para ganhar ou ganhar”.
Porque “o momento em que o adversário se expõe é demasiado importante para ser ignorado”, Vítor Bruno conta com “gente muito vertical, rápida e que acelera” e quer continuar a “gerir os jogos ficando rapidamente na frente do marcador e sendo sólidos a defender”. “Os campeonatos ganham-se em casa e fora e é preciso fazer muitos pontos”, explica o treinador seguro de que “a pressão é constante e vai ser assim no campeonato inteiro”.
A propósito do estado atual da arbitragem, o timoneiro portista falou de “lances recentes que não caem bem e deixam muita gente mal na fotografia”, revelou que “incomoda haver pessoas com critérios diferentes em lances semelhantes” e assegurou que “não falta frontalidade”, mas mostrou-se cuidadoso nas palavras: “Sabemos o que nos espera que dissermos o que vai no coração”. “O preço mais alto que se paga por ser incongruente só o sente quem sofre dessa incongruência”, declarou em jeito de reflexão.
Questionado sobre Wendell, Vítor Bruno vê “alguma celeuma à volta da situação” do lateral esquerdo, lembrou que “o mês de janeiro é sempre atribulado e obriga a gerir o mercado com um olhar criterioso” e elogiou “um grande profissional que tem agido da forma correta”. “Há muitas soluções para aquela posição e tem sido uma questão de opção”, detalhou.
“Que os grandes reforços sejam os que saem do banco como o Vasco Sousa, o Gonçalo Borges e o Iván Jaime saíram contra o Midtjylland”, acrescentou o técnico antes de anunciar que “o Marcano está a voltar, o Marko (Grujic) continua com um problema físico e o João Mario estará de regresso em breve”. “Temos um plantel demasiado extenso e isso gera alguma insatisfação nos menos utilizados, não é bom para ninguém, é um tema sensível mas os jogadores tem dado boas respostas”, declarou.
A distorção das palavras proferidas após o triunfo europeu deixou Eustáquio “verdadeiramente incomodado por terem tentado transformar o que ele disse num problema”, mas Vítor Bruno concorda que “foi uma vitória escassa perante a quantidade de ocasiões criadas” e aplaude a frontalidade do internacional canadiano: “O que ele disse agrada-me, é a nossa cultura e faz parte da essência do FC Porto”.
Sobre as declarações de Otavio, que agradeceu ao Departamento de Saúde na passada quinta-feira, o treinador afirmou que “a maior força do ser humano é aceitar a imperfeição e saber viver com ela”, considerou que a “psicologia tem um rendimento muito grande no rendimento das pessoas e o Otavio teve a humildade de reconhecer a importância dessa ferramenta”. “Quando não temos ferramentas para isso devemos recorrer a quem percebe”, concluiu o timoneiro convencido de que “o apoio é sempre decisivo” - seja ele dos profissionais clínicos ou dos adeptos.
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