Não que AVB não tenha responsabilidade (tem toda quase) mas foda-se, que azar na escolha do treinador no seu primeiro ano. Com um plantel bem decente, melhor do que se esperava.
Era um melão muito muito muito verde, a muitos cheirava claramente que por dentro ia ter um sabor pouco agradável e uma consistência borrachenta, mas isso era só intuição de um lado e outro.
Houve esperança e fé que ao verde por fora correspondesse um sabor agradável e uma boa textura, alicerçada num "soft reboot" com alguma continuidade, que VB pudesse em tantos anos ter aprendido as coisas boas de SC (que é um bom treinador para haters e não haters) e que o seu cunho próprio eliminasse as coisas menos boas de SC quer as que sempre teve ou as que foi criando pelo desgaste.
E que o seu contacto com o mundo do futebol lhe tivesse dado ferramentas de liderança.
Depois de aberto afinal o melão revelou ser ainda mais verde por dentro do que era por fora, com um sabor fenólico.
O soft reboot foi um flop, nem foi capaz de dar continuidade às partes boas nem de eliminar as más, revelou não ter ferramentas de liderança apetrechadas para este nível, nem perto. Uma comunicação quase sempre ao nível de um aborrecido colóquio algures entre colóquio de psicologia e de pseudociência da auto-ajuda, incapaz de mover o grupo, os adeptos, de criar entusiasmo. Uma falta de carisma que já era aqui gritada por alguns colegas (a famosa galocha) ao nível de personalidade carismática de um polícia sinaleiro.
A estratégia infelizmente não resultou, porque a ilusão do bom adjunto que é se transformar em bom treinador não se verificou, algumas ferramentas só se demonstram em liderança mesmo, ou a falta delas e foi o que sucedeu.
Sobra que não ajuda a própria impreparação do mesmo para uma subida a este cargo, fez uma equipa técnica em cima do joelho, com elementos que há um par de anos andavam na Distrital da AF Coimbra, outros entre o AVS e o Viseu e os buracos a serem preenchidos por pessoas da formação, que trabalhavam com miudos.
Um treinador inexperiente, sem ferramentas com uma equipa técnica entre o inexperiente e ainda semi-amadora que não conseguem equilibrar dado eles ferramentas ao chefe, porque eles ainda menos têm, porque têm muito menos experiêncio no futebol per-se que ele, e andavam a lidar ou com jogadores de pseudo-entidades mortas tipo B-Sad ou com jogadores que são padeiros, bancários, assistentes de secretariado na Distrital.
Esta falta de tudo o que concerne a ferramentas técnico-táticas mas também ferramentas psicossociais acaba por se manifestar no que vemos em campo, ausência de ideias coletivas definidas, ausência de trabalho metódico, decréscimo progressivo de indicadores dos jogadores quer a nível individual quer inseridos em dinâmica de grupo, não exposição do talento e por consequência nervosismo, ansiedade, frustração, tristeza, comoção e revolta "negativa".