Estás a misturar factos com opiniões.1. Quando há uma morte, o polícia tem de ser investigado. A posteriori averiguar-se-á a retidão da sua atuação. O agente tem um DEVER OBJETIVO DE CUIDADO - quer isto dizer que não pode agir como o homem médio. Neste sentido, terá de ser responsabilizado caso não tenha atuado com rigor; a conversa do medo enfrenta enormes restrições nestes casos. A questão do "calor do momento" serve para um de nós, mas não para um polícia.
2. Uma boa parte das pessoas (não a maioria, creio) da Pasteleira, do Aleixo, da Bela Vista, da Jamaica, da Quinta da Fonte, do Cerco, da Cova da Moura, etc. é má rês. Ponto assente. Acham-se impunes e fazem da criminalidade um estilo de vida. Isto independentemente da raça ou etnia.
3. A atuação dos nossos polícias está bastante limitada, e tais limitações são, em regra, adequadas, porquanto somos um país pacífico (por enquanto). No entanto, em certas zonas do nosso país, a violência atinge tamanho nível que devemos conceder às forças de segurança uma maior margem. Uma maior margem de atuação não significa matar.
4. Um indivíduo com uma faca pode sim justificar o uso de uma arma de fogo. Tudo depende da conjuntura concreta do caso em apreço.
5. O grande problema em Portugal é este: a criminalidade compensa. O nosso ordenamento jurídico-penal é demasiado garantístico, nomeadamente dos direitos do arguido. Além disso, as molduras penais são desproporcionais à lesão que estes indivíduos provocam, tanto à sociedade como à(s) vítima(s).
6. Quero relembrar a muita gente do nosso país que nós não somos os EUA. Nem existe racismo generalizado nas forças de segurança, nem vivemos num país ultra perigoso que obrigue a tornar regular o uso de armas de fogo.
7. Partidos políticos como o Chega e o Bloco de Esquerda importam essas agendas para fins estritamente eleitorais, alarmando a população e causando instabilidade social.
Tu achas que não há racismo na polícia e eu tenho a certeza que há.
Governo declara “tolerância zero” à discriminação e racismo nas forças de segurança
Inspectora-geral da IGAI exorta polícias a conterem-se no exercício da liberdade de expressão: “As redes sociais não são um instrumento que deve ser usado para despejar aquilo que lhes vai na alma.”
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