Este será o último post que vou escrever sobre Pinto da Costa. Ninguém pode negar a importância histórica do ex-Presidente. Tal como vários - muitos - já disseram aqui, era um ídolo para a maioria dos portistas. Vieram-me lágrimas aos olhos quando o vi ao vivo numa ocasião na loja azul do Estádio do Dragão e tirei uma fotografia com ele. Mas tudo o que aconteceu nos últimos anos, foi mau de mais. Não resta nada, a não ser um reconhecimento factual, sustentado por dados históricos. Transformou o FC Porto no maior clube de Portugal e, nos últimos tempos, esteve perto de ser também o maior responsável pela sua destruição, a partir de dentro.
Agora, entende-se o rancor, o ressabiamento, o delírio dos argumentos, que só vão piorar. Para Pinto da Costa sair do clube, só dentro de um caixão ou com ele a indicar o seu sucessor, numa ampla monarquia azul e branca. Na sua realidade ele NUNCA, nem nos seus piores pesadelos, esperaria ir para um pleito eleitoral e perder. Muito menos da forma como perdeu. Não só porque convencido continuava de ser intocável, como porque estava clara e consicientemente com o terreno "de guerra" pronto para destruir todos os inimigos e ameaças que pudessem aparecer e ameaçar o seu reinado.
O pior pesadelo de Pinto da Costa aconteceu. Ele foi posto fora do FC Porto PELOS SÓCIOS DO FC PORTO. Numa eleição histórica que bateu todos os recordes. E com um resultado que não foi apenas surpreendente, foi humilihante.
A partir daqui, o raciocínio e o bom senso de pouco valem. Continua e continuará em negação, até ao fim. Já deu as suas instruções para o seu funeral numa mórbida entrevista, já o pagou, já deu as suas ordens e indicações e nada do que acontecer até a sua finitude irá alterar um milímetro a sua postura.
A nós, que tanto o admiramos, só devemos olhar para o museu, entender o quanto ele foi importante, respirar e seguir em frente. Agradecendo, sempre e a cada instante, termos a sorte do caralho de nos ter aparecido alguém como AVB, que veio para alterar uma história já escrita e que poucos acreditariam que pudesse ser escrita de forma diferente.
Para uma profunda amargura de Pinto da Costa, nós, portistas, seremos certamente muito felizes num futuro próximo.