Acreditou, lutou, defendeu e criou o Porto que conhecemos.
Foi bravo, corajoso, valente, temerário e ambicioso.
PdC foi isto tudo e muito mais.
Nós, os portistas, sabemos de tudo isto e reconhecemos tudo isto. Não somos ingratos, não temos memória curta, nem somos traidores.
Somos, tive a certeza no dia 27 de abril, gente do caralho.
Gente que quer o melhor para o clube, que percebe que a memória não nos salva, que sabemos ser reconhecidos, mas também sabemos que esse reconhecimento e essa memória não nos pode guiar para o futuro.
Somos gratos, mas não somos estúpidos.
Por não sermos estúpidos conseguimos perceber que o caminho recente era penoso, envolto em pouca transparência, em interesses duvidosos e em claro prejuízo para o futuro do nosso clube.
Percebemos que existem momentos, existem períodos e que não há que temer a mudança credível, profissional, qualificada, corajosa, ambiciosa e apaixonada.
Nós, os portistas, percebemos tudo isto e quisemos seguir em frente.
Tudo isto é claro como a água.
O que também é claro é que o PdC não sabe perder, não aceita a derrota, está a ter uma atitude miserável, que só o prejudica e que começa a ser penosa, vergonhosa e desprezível.
Não me vou alongar muito, mas deixo duas notas:
1) diz, com orgulho, que tem uma via do contrato com o Pepe e o Pepe tem a outra via. A pergunta é simples: a que título o ex presidente retém documentos do clube? Qual é a legitimidade? Que outros documentos tem?
2) qual o motivo para as entrevistas serem publicadas na semana do Sporting x Porto? Perdeu há meses... qual é mesmo o intuito de tudo isto?
Em síntese, o PdC que respeitamos não existe. É uma memória que vamos sempre estimar, valorizar e saber reconhecer.
Mas, como ele próprio nos ensinou, o clube não se faz museus. Também percebemos que não se faz de nepotismo, de mentira, de obscuridade, de palhaçada, de falta de rigor, de falta de profissionalismo, de falta de decência e da falta de sentido de responsabilidade.
Para mim, acabou definitivamente. Nunca mais lhe vou destinar uma linha ou um minuto. Passará a ser mera história, que terá sempre direito ao meu reconhecimento e à minha gratidão na exacta medida em que isso lhe é devido.
Até sempre, Senhor Ex Presidente.