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O passado domingo foi o dia mais quente alguma vez registado no planeta Terra. A temperatura média de 17,09 graus centígrados bateu o recorde de há um ano (17,08) e fez de 21 de julho de 2024 uma data histórica para os meteorologistas. Em 2023 superaram-se registos máximos durante quatro dias consecutivos, entre 3 e 6 de julho, quando as alterações climáticas, impulsionadas pela queima de combustíveis fósseis, provocaram um calor extremo em todo o Hemisfério Norte. O cenário repete-se esta semana.
New record daily global average temperature reached in July 2024 | Copernicus
The Earth has just experienced its warmest day in recent history, according to C3S data. This article was originally published on 23 July 2024, and has been updated on 24 and 25 July 2024 to reflect the latest statistics and records.
climate.copernicus.eu
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De acordo com um estudo do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), cujos resultados foram divulgados na publicação Nature Medicine, o calor matou 47 mil pessoas na Europa em 2023, sendo que Portugal entra no top-10 com um total de 1.432 vítimas. O ano passado foi o mais quente de que há registo no mundo e, à medida que as alterações climáticas continuam a aumentar as temperaturas, os europeus vivem no continente que regista o aquecimento mais rápido em todo o planeta.
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Os últimos dias já têm feito subir as temperaturas um pouco por todo o país, mas “há uma probabilidade elevada” de que se transforme numa onda de calor em breve. Portugal também não escapa aos efeitos das alterações climáticas, que se assumem como um problema à escala global, e um relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) dá conta dos vários cenários que os europeus podem enfrentar em termos de stress térmico entre 2040 e 2060.
No primeiro semestre de 2024, segundo noticia o The Guardian, 15 países quebraram recordes de temperatura máxima. Maximiliano Herrera, especialista em clima, diz que “esta quantidade de eventos de calor extremo vai para além de tudo o que já viu e achava possível”. O México atingiu 52 graus Celsius, no Egipto sentiram-se 50,9. No Chade, os termómetros já marcaram 48 graus Celsius duas vezes este ano e os recordes continuam a ser superados desde as Maldivas até ao Gana, de Mali até Laos.
https://www.publico.pt/2024/08/15/azul/noticia/nao-passar-onda-calor-provavel-chegue-breve-2100885?utm_term=Drag%3Fues%2BDi%3F%3Frio%2B16%2F08%2F2024&utm_campaign=Drag%3Fues%2BDi%3F%3Frio&utm_source=e-goi&utm_medium=email
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O Vale da Morte, localizado no leste da Califórnia (Estados Unidos), a norte do deserto de Mojave, na fronteira com o deserto da Grande Bacia, é um dos lugares mais quentes do mundo no auge do verão e a verdade é que está a ficar cada vez mais quente. Julho passado, por exemplo, foi o mês mais sufocante alguma vez registado, com uma temperatura média de 42,5 graus Celsius, valor que inclui muitas noites com 35 graus. Durante nove dias seguidos, a temperatura foi de 51ºC ou mais.
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Aumento esperado do número anual de mortes por calor na Europa não compensa uma pequena redução do número de mortes causadas pelo frio. Em Portugal, número deverá mais do que duplicar.
observador.pt