Espero mesmo que não passe pela cabeça de ninguém da direção de se falar em anos zero e outras tretas à Sporting. Somos o FUTEBOL CLUBE DO PORTO e o nosso presidente é o ANDRÉ VILLAS BOAS. Não somos o Sepote nem o nosso presidente é um fanhoso desprovido de inteligência.
Já por isso é que o André disse que era obrigação desta direção ser campeã logo no primeiro ano. O André é um grande presidente que não tenho dúvidas se vai tornar ENORME. Porque sabe o que é ser PORTO! E não entra nessas desculpas à lagartos.
Isso é um discurso muito bonito para o adepto repetir no café, mas infelizmente para nós as coisas não são assim tão simples.
Se garantirmos a presença na Liga dos Campeões e chegarmos ao final do próximo ano com um plantel mais valioso do que o actual, já é um tremendo sucesso. Os tempos em que estávamos claramente à frente da concorrência já lá vão há muito, não jogamos sozinhos e temos rivais muito melhor preparados a todos os níveis.
O que o André e a sua equipa percebem (o nosso CFO repetiu esta ideia em várias intervenções) é que a recuperação financeira e o sucesso desportivo andam lado a lado. Não podemos cair num ciclo vicioso de desinvestimento no plantel, que só vai contribuir para nos empurrar mais para o fundo do poço.
O que é preciso é investir de forma criteriosa e com enfoque no potencial e valorização de jogadores. Nunca mais podemos repetir um Verão como o de 2019 em que estouramos milhões em jogadores como Zé Luis, Uribe e Marchesin, com salários elevadíssimos e perspetivas de valorização nulas.
O Porto tem um problema gravíssimo de tesouraria, que é a consequência de anos a fio de gestão irresponsável e de empurrar os problemas com a barriga. É impensável um clube como o nosso ter salários em atraso.
Mas há um lado positivo e que traz esperança para o futuro, é que o potencial de geração de receitas e criação de valor está lá.