Se te dá vontade de rir é difícil acreditar que sigas qualquer modalidade, seja ela qual for, ao mais alto nível. Mais, é difícil acreditar que entendas o que é ser árbitro de que modalidade for. Os atletas de topo, as "instituições", podem um extra mais do que os restantes. Estás a aprender isto hoje? É assim no futebol, no andebol, no basquetebol, no hóquei, no voleibol, no basebol e na pesca de água doce. Foi, é, e será sempre assim. Tu que és das formações é estranho não teres noção da diferença que é o papel de um juíz em escalões inferiores e em escalões profissionais. A margem que tem um sub-17 do Lusitânia de Lourosa para puxar as orelhas a um árbitro, a margem que tem um atleta da primeira divisão da Liga Portugal para o fazer na mesma situação, e a margem que têm Messi e Cristiano Rinaldo para o fazer também na mesma situação. É fácil entender as múltiplas razões por detrás deste fenómeno, bastará querer pensar.
O SC se o advertiu, fez o seu trabalho enquanto treinador. Seria estranho vê-lo a bater palmas a um vermelho direto do FC Porto, fosse em que circunstância fosse.
Aqui a questão não é se esteve bem ou se esteve mal. Tampouco é se deveria ter tido mais ou menos cabeça. Isso nem sequer é discutível. Mais discutível será se é justo rasgar um atleta por um vermelho direto destes (no seguimento do que se tem passado ao longo deste campeonato), tão raro que nem me recordo da última vez que vi um baseado nos mesmos critérios (gesto de óculos), e sempre tendo em conta que não vejo um jogo sem gestos e sem ofensas a um árbitro por parte dos atletas desde... provavelmente 1966 que deve ser a minha primeira memória desportiva.