Não votei! Não porque não queria, pq sempre achei e continuo a achar que é o maior dever nas democracias, mas porque o governo resolveu cair e o Marcelo resolveu marcar eleições para agora. Nem para o voto antecipado deu.
Então, daqui do meu alto de 7 fusos horarios de distância, que mal o FC Porto consigo ver e vai durar mais umas semanas ( tem sido otimo ), a primeira palavra vai para o sistema eleitoral que temos, e mts têm, digna do seculo XIX. Aliás, sempre disse que os estados atuais são maquinas que pouco mudaram deste o seculo XIX quando tudo o resto mudou radicalmente. As maquinas estatais simplesmente não acompanham. Mas adiante…
O Chega surpreendeu. Pensava que o fenómeno se iria esvaziar e no último momento algum bom senso iria prevalecer. Enganei-me. É o tal voto da raiva, do desespero… o Chega não é um partido, é uma interjeição!
Ah, o ADN… não, impossível tantos votos de engano. Alguns mas longe de justificar o “fenómeno”. É tipo chega.
Deste alto dos meus 7 fusos horarios de distância, reflito sempre sobre a globalização e o que é estar entre estes. A globalização é inevitável.
Queremos os outros para q nos fabriquem barato.
Queremos os outros para que possamos la ir gozar ferias.
Queremos os outros para exportarmos para la.
Mas Quando os outros nos chegam e vêm, ai jesus…
Xenofobia, volto a dizer, é ignorância. Isto parece que a Europa se sente ameaçada. Se se sente assim é porque se sente superior. A “malta” não consegue computar esta diferença.
500 anos depois de constantinopla…
Enfim, hoje começa nova campanha eleitoral e não vamos sair disto. O ciclo continua.
Não é por ser inevitável que significa que não existam pessoas que acham que é uma das razões da falência das sociedades como as conhecemos.
Há sempre pessoas que falham em acompanhar a globalização e colocam as culpas nos Estados e nos políticos, quando muitas vezes são as próprias as grandes responsáveis.
O Estado tem o dever de criar um sistema para dar oportunidades a todos de forma equitativa.
Não tem de dar oportunidades infinitas a pessoas que não tem condições só porque outras as podem ter por nascerem em.meios previligiados.
Há pessoas que só têm uma oportunidade de terem uma vida melhor e outras têm várias.
It is what it is.É lidar.
Sobre a globalização tirou a maioria da necessidade da mão de.obra não qualificada e levou a para países em vias de.desenvolvimento.
As pessoas que não têm qualificações tem hoje empregos mal pagos porque são empregos normalmente de baixo valor acrescentado.
E quando não há importamos pessoas para as fazer( como disseste bem)
Isto não é uma questão de superioridade da Europa é uma questão de Superioridade dos modos de vida.
O Mundo Muçulmano acha que a sua forma de viver é a melhor porque o Ocidente é um antro de desvio moral e perturbaçao de uma sociedade saudável, a Europa acha que é superior porque é o local onde os direitos sociais estão mais desenvolvidos no Mundo.
A China acha que é superior porque o capitalismo é um cancro, os EUA acha se superior porque é o país mais livre do mundo e o comunismo é uma ameaça.
E poderia continuar...
Em suma haverá sempre gente que acha que a mudança é má, perturbadora e desconfortável.
E haverá sempre gente de índole duvidosa pronta para capitalizar nesses sentimentos básicos do ser.humano.
A globalização promove a uma frequência superior de interacção dessas "superioridades" todas e consequentemente conflitos e manifestações de ignorância como dizes.
E temos de.aceitar que vai ser sempre assim