Uma autêntica macacada.
O Futebol Clube do Porto não pode, sob forma alguma, estar ligado a foras da lei e a redes de crime organizado. Este tipo de situações apenas contribuem para manchar a imagem e história do clube. É impensável e lamentável que haja uma direção que compactue com isto, ou que se mantenha amorfa e silenciosa perante os factos, e se a há, não é digna de representar a instituição FCP.
Todos sabem o que acontece, está a vista de quem quiser, a direção sabe o que acontece e mesmo assim não é capaz de se demarcar e afastar-se dos membros desta organização que fazem uso do nome Futebol Clube do Porto para a prática de crimes da mais variada espécie.
Claro que falamos de uma franja daquele grupo, seria errado cair-se no discurso fácil de generalizar e dizer que a parte é igual ao todo, não seria moralmente correto e com toda a certeza haverão membros que estarão lá apenas para apoiar o clube.
O que é certo afirmar, é que os principais líderes e os que os rodeiam, são pessoas que têm sérias dificuldades em agir em conformidade com a lei e as regras da sociedade e que estão ou estiveram a braços com a justiça.
O que se pede é que o clube e os seus responsáveis não sejam coniventes com isto. Mas isso não acontece, aliás, a proximidade é por demais evidente, com as juras de amor de parte a parte, da ligação duvidosa entre dirigentes, funcionários e membros deste grupo organizado de adeptos. Vamos assobiar para o lado e fingir que está tudo bem?
Este caso, até pode não dar em nada nos tribunais, mas não invalida que os dirigentes não tenham a obrigação de reparar no que se passa, tal como o comum cidadão consegue perceber, está à vista de todos, sinais externos de riqueza, ameaças à integridade física, tráfico de droga, venda ilegal de bilhetes e falsificação de bilhetes, nada que não se saiba, que não seja visível, por muito que por vezes seja difícil provar em tribunal.
Em jeito de conclusão, deixo para reflexão: Gonçalo Cerejeira Namora é o advogado de Fernando Madureira, Nuno Cerejeira Namora (pai de Gonçalo) é o advogado do Futebol Clube do Porto no caso dos emails. Nada contra os advogados e pessoas em questão, porque fazem o seu trabalho como lhes compete, mas não é estranho que advogado da SAD e advogado do líder da claque sejam da mesma firma?