Jorge Nuno Pinto da Costa - Presidente Honorário

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  • Dezembro/21
Eleições no FC Porto: dois exércitos com intenções de voto distintas

A apresentação da candidatura de André Villas-Boas à presidência do FC Porto, na quarta-feira passada, animou a legião de portistas que suspiram pela renovação directiva do clube.

Pinto da Costa deu uma dimensão mundial a um clube provinciano, todos o sabem, mas estendeu excessivamente o seu reinado e está a condenar o clube a uma cristalização e a um emperro (este Porto não é uma nação, é uma inacção) que o está a atrasar. Há muito que a grande prioridade deixou de ser o clube e passou a ser o mundo de negócios opacos que o rodeia.

Por oposição a essa opacidade, Villas-Boas propõe um portal da transparência (“Tudo às claras”, como disse na apresentação), apostando na devolução do clube aos sócios e aos adeptos, que quer chamar para o centro da acção. Também promete reduzir a metade os ordenados e prémios dos administradores actuais, que triplicam os de Benfica e Sporting, talvez por ser três vezes maior o seu amor ao clube. E promete, enfim, aquilo de que o FC Porto mais precisa: melhor gestão desportiva (no plano do scouting, em que o clube é uma nulidade, desde a saída de Antero Henrique, e no plano da formação, onde o clube foi superado até por clubes como Braga e Famalicão) e, principalmente, promete uma gestão financeira muito mais eficaz.

Esta candidatura corajosa e salvífica é a primeira que, em tantos anos, abala o poder imperial de Pinto da Costa, que também vai anunciar em breve a sua candidatura, num irreprimível desejo de eternidade, que chega a ser pungente. Quando se reina durante mais de quarenta anos, sem oposição, atolado em benefícios e adulação, custa muito largar o trono de sonho. Desta vez, porém, Pinto da Costa não vai seguro para as eleições. Pelo contrário. Pendurou ao pescoço o colar das vitórias, que não se cansa de exibir, voltou a agitar os fantasmas da comunicação social e dos inimigos externos, uma argumentação que já só causa bocejos, e atacou gratuitamente Villas-Boas, sempre com a história com barbas da cadeira de sonho, tudo sinais de que está temente: candidato que ataca tem medo.
E é caso para temer, sim, pois é cada vez mais forte o vento da mudança. Como se viu na assembleia geral da vergonha, já não há só uma percentagem de 30% de descontentes, como na última eleição, há muitos mais. Do outro lado, porém, estará outra multidão, a dos beneficiários deste regime, que são muitos, mais os sócios que, mesmo admitindo que este presidente já devia ter cedido o passo ao futuro, não o conseguem trocar por outro mais novo sem que isso os mate de remorsos.

Da contagem destes dois exércitos com intenções distintas de voto se fará a eleição de Abril, que dependerá também dos resultados desportivos. A realidade continua a ser um grande trunfo eleitoral. Até lá, não há só um Porto, como afirma o slogan da candidatura de André Villas-Boas, que é um apelo à unidade, o que está na linha da sua atitude respeitosa, mesmo elegante, sem confrontação, mas dois Portos: o dos que preferem o pecado da continuidade estática ao da ingratidão e o dos que sabem que o grande pecado será não mudar.

- Álvaro Magalhães no jornal O JOGO
 

Kloppeição

Tribuna Presidencial
8 Maio 2022
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Sacode a água do capote como ninguém.

Não tem culpa de nada, a gestão é maravilhosa, a situação financeira é incrível, o treinador tem todos os jogadores que pede, é tudo fantástico e maravilhoso no mundo encantado de Jorge Nuno.

Já adivinhava este tipo de declarações, porque desde que as eleições se aproximaram Pinto da Costa fez questão de dizer em todas as apresentações de jogadores que "o treinador queria muito este jogador".
 

Kloppeição

Tribuna Presidencial
8 Maio 2022
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Deve ser a única verdade que sai da boca do homem, esta dele dar os reforços que o Sérgio pediu.

Se assim não fosse o Sérgio falava e até já tinha batido com a porta, né? Se se cala é porque o que o presidente diz, neste caso, deve ser verdade. 🤷🏻
Claro que sim, é a única "verdade" que interessa.

Bissouma
Valentin Rongier
Zaracho
Lilian Brassier
Roger Guedes
...

Podia continuar, há muitos mais, e não se tratam de Maradonas como diz o Presidente.