O AVB não diz nada que o comprometa relativamente ao treinador nem em relação à sua vontade expressa de não contribuir para destabilizar o grupo de trabalho.
Acima de tudo, será fundamental que o AVB, caso seja eleito, se sinta livre para escolher a pessoa que considera a indicada sem ceder a pressões motivadas por endeusamentos irracionais.
Se é para virar a página, que seja para nos livrarmos de cultos à personalidade estúpidos que só nos atrasam.
O AVB não pode ficar refém da popularidade (cada vez menor mas ainda existente) de um treinador conhecido por não ter pejo em espingardar para cima se sentir a sua imagem beliscada. Como eu já disse antes, vamos reconstruir o edifício de base, e não precisamos de quem se ponha aos pontapés às vigas que suportem as suas fundações à primeira contrariedade. O AVB precisará de estabilidade. Há muitos bons treinadores espalhados pelo Mundo com um perfil menos disruptivo. Ele saberá o que quer. Não poderá é estar refém de nada que o leve a tomar decisões motivadas pelo factor popularidade.
Das palavras do AVB há sim uma série de mensagens mais ou menos subliminares que o afastam do modus operandi do treinador. A mensagem relativa ao local de estágio na pré-época é reveladora de uma necessidade de apontar o dedo a um tipo de mentalidade que seria muito fácil de não mencionar na entrevista. Se sentiu essa necessidade, mesmo sabendo-se os cuidados para não provocar danos no grupo, por alguma razão será.
O AVB não disse nada que o comprometa na escolha do treinador. Disse o que pode dizer sem que coloque em causa os votos de eleitores que condicionam o seu voto à escolha do SC para treinador.
O que ainda não se sabia é o que deixou transparecer com alguma críticas claramente direcionadas ao papel atualmente desempenhado pelo treinador na estrutura.
Excelente entrevista no cômputo geral.