ahahahah o que seriamos sem ele , o que seriamos. somos um barco á deriva sem ele e ja tinhamos afundado , tipo titanic.
Isso é o mesmo discurso que vejo muitos portistas usarem para justificar manter esta direção. Tenho muitas dúvidas que seja verdade.
Vamos começar pelo óbvio. Claramente, o Sérgio é muito melhor que as trapalhadas que tivemos desde Paulo Fonseca até NES com todas as tragédias pelo meio. Isso nem é discussão.
Tenho também noção que o Sérgio esteve à frente do Porto em momentos difíceis e sempre com resultados.
Vou deixar de lado a política de contratações pois ouço muita coisa e o seu contrário sobre quem é o responsável pela contratação X, Y ou Z e vou falar somente do que se passa dentro das quatro linhas.
O último jogo bem conseguido que vi a esta equipa foi o jogo na Luz a época passada. E até lá foi uma tortura de maus jogos e vitórias sofriveis. Tudo isso se transpôs para esta época e não vejo forma de se alterar.
Uns falam da qualidade do plantel. Se é verdade que me dá vontade de chorar quando vejo que o lateral esquerdo é uma escolha entre Zaidu e Wendel, continuo ainda assim confiante que Eustáquio e Grujic são muito melhores jogadores que qualquer médio do Moreirense.
É contra estas equipas que passamos os últimos meses com dificuldades em bater, mostramos dificuldades em fazer 3 passes seguidos e por diversas vezes na última época levamos banhos táticos de adversários bem inferiores.
Alguns desses foram ganhos no grito ou em momentos de inspiração individual (lembro-me do golaço do Otávio ao Famalicão ou o golo do Marcano em Vizela) mas outros como aquela primeira parte no Rio Ave ou jogar mais de 45 minutos em vantagem numérica contra o Casa Pia já não tivemos capacidade para corrigir.
Muitos são os jogos em que o teinador mexe mal e tarde. Muitos são os jogos em que damos 45 minutos de avanço ao adversário. Adversários cujos orçamentos são migalhas do nosso. A maioria dos clubes da primeira liga tem um orçamento inferior ao que nos custou trazer o Nico. Este é o principal facto que nos mantém competitivos, é que mesmo jogando mal, a diferença de qualidade individual é tão grande que acabamos por resolver a nosso favor algumas situações difíceis.
Mas os problemas continuam lá. A nossa forma de jogar permite à equipa atacar com muitos jogadores e meter muitos jogadores em zonas de finalização, mas revela muitas dificuldades em fazer a bola chegar a essas mesmas zonas, sobretudo com defesas fechadas em linhas recuadas. O princípio é sempre o da procura da profundidade, e a equipa mostra-se incapaz de conseguir com bola fazer trocas de bola que permitam criar buracos numa defesa, recorrendo antes a ações individuais. Algumas vezes funciona outras não.
E repara que isto não são problemas que surgiram nestes últimos dois jogos. Nada do que eu disse aqui já não foi dito por diversos colegas ao longo dos últimos anos.
O Sérgio tem sido incapaz de resolver estes problemas e continua de forma sistemática a defender este modelo de jogo, criticando até os adeptos que pedem mais qualidade de jogo, dizendo que se querem espetáculo vão à opera.
Eu acho que o ciclo do Sérgio no clube já se esgotou. O problema é que também o de toda a gente que está acima dele na estrutura. Porque sim, não acho que o Sérgio seja o principal problema do clube, mas também não acho que faça parte da solução.