Compreendendo e corroborando todos os argumentos devo no entanto concluir que nem tudo é uma questão de supeerioridade.
É sempre bom poder desenvolver o desporto neste polo, apoia-lo, criar melhor estrutura, dar oportunidade ao desporto de crescer em ambos os sexos.
Agora claro que quando vejo pessoas a querer a mesma promoção mediática, valores envolventes e following isso são maluquinhos, porque o produto futebol jogado por homens é um produto infinitamente mais competitivo.
Vai ser assim e sempre será.
O que me custa a entender um pouco é a promoção incrível que nos últimos anos se decidiu dar ao futebol feminino, quando outros desportos femininos (ou masculinos) não têm essa sorte. É estranho. Hoje não se abre uma página desportiva na net sem ficar a saber as últimas do futebol feminino, e chegou-se ao cúmulo de na mesma cerimónia se dar a bola de ouro ao Messi e à sua congénere feminina que quase ninguém conhece, como se futebol sénior masculino e feminino fossem realidades equivalentes. Não são nem nunca vão ser, por muito que o wokistas nos queiram convencer que são.
A ideia de salários equiparáveis entre eles e elas é completamente estapafúrdia, a não ser que as mulheres aderissem em massa ao futebol e preferissem ver as suas irmãs a jogar á bola.
O wokismo não tem lugar no desporto, porque o desporto é tudo menos igualitário ou democrático, ou não fosse ele uma actividade de competição, e como tal destinada a premiar os melhores. Não os mais bonzinhos, os mais idealistas ou os mais boa-onda. Porque o desporto nasceu do conceito grego de ágon, que significa luta, competição. Ou seja, determinar quem é o melhor: o mais forte, o mais ágil, o mais rápido, o mais bonito, etc.
E o que tem de bonito o desporto é que, ao contrário de esferas como a política, os negócios, a cultura, etc, é um espaço de meritocracia pura. Dentro do campo (e exceptuando os árbitros de futebol em Portugal) não há grande lugar para cunhas nem favorecimentos. Faz carreira no desporto quem mostra ser melhor, não valendo de nada ser filho do Cruyft, do presidente dum clube ou do rei de Inglaterra.