O papel do PR não é o senhor que o define é a constituição. Não é por pura vontade do PR que este dissolve o parlamento. Existem eleições e ciclos políticos que as instituições devem respeitar independentemente da pura e simples vontade das pessoas. Eles têm vontade mas essa apenas condiciona não determina.
Já o disse e volto a dizer enquanto esta geração se lembrar que existiu um PM que lhes roubo um subsídio de férias e de Natal e a outros não roubou, foi discricionário, dificilmente volta a ser complacente com os seus acólitos e seguidores da mesma política.
Jamais as instituições podem governar pelas redes ou comunicação social.
Tem razão não sou eu que faço. Nem pretendo.
Mas escusa de vir com a história da constituição, dando um ar de muito conhecimento, muito acima dos que aqui escrevem.
Dei-lhe o exemplo do que fez o presidente Jorge Sampaio. Será que ele também não sabia a constituição? Provavelmente não, é um ignorante.
Engraçado que se lembre agora da vontade do povo.
O Passos Coelho ganhou umas eleições de forma livre e de vontade do povo, no entanto não teve a menor hipótese de governar porque um chico esperto, se lembrou que se se vendesse (sim foi isso que ele fez) à esquerda e à extrema esquerda, arranjaria forma de tomar o poder.
E assim fez, tomou o poder (nada de novo, já no seu partido ele tinha feito exatamente a mesma coisa).
Aí ninguém se importou com a vontade do povo.
Essa mentira do roubar, faz lembrar a conversa dos vermelhos quando se falam das nossas escutas, ao dizerem que não foram validadas.
Esqueça! Não é verdade.
Convençam-se de uma vez por todas que por contarem uma mentira muitas vezes ela não se torna verdade.
Todos nós estavamos cá e percebemos o que se passava. Não foram os nossos avós, nem os nossos pais que nos contaram, nós vimos acontecer.
O país estava falido!
Sem dinheiro para pagar ordenados da função publica nos meses seguintes, hospitais, serviços de saúde, etc.
Tivemos que pedir emprestado 75 mil milhões de euros para o país e 15 mil milhões de euros para a banca.
90 mil milhões para o país voltar a funcionar.
Quase metade da dívida pública da altura.
Ao pedirmos o empréstimo ao FMI, este concedeu-o, mas com imposições. E essas imposições tiveram a ver com reduções drásticas na despesa publica. Foram feitos cortes em todas as vertentes da sociedade. Não foram só nos coitadinhos, como muita gente apregoa. Claro que estes sentiram mais, como sentem sempre.
Passos Coelho, no seu primeiro mandato, praticamente governou com as migalhas que lhe foram chegando. No segundo não o deixaram governar!
Tenho amigos, também engenheiros, que ganhavam ordenados na ordem dos 2000/2500€/mês, e que com a crise (2010/2013), uns foram para o desemprego, outros emigraram para angola e afins. Quando conseguiram voltar a exercer a sua atividade em Portugal, muitos foram confrontados com ordenados na ordem dos 750/1000€/mês, e em tarefas de direção de obras, não na sua área de projeto.
Muitos ainda hoje, passada mais de uma década, não conseguiram atingir os ordenados que ganhavam antes da crise.
Ninguém os houve a chorar pelos subsídios que lhes retiraram, nem pelas mordomias que perderam, nem pela evoluções de carreira, etc., etc.
Adaptaram-se. Procuraram atividades extra para poderem equilibar os custos.
E já agora, convém dizer, porque essa é que é a verdade, que o pais só chegou ao estado que chegou por causa de um incompetente, de um irresponsável, que andou mais preocupado com os seus negócios (Freeport, Magalhães, Líbias, Venezuelas e afins), do que com o que se passava no seu pais.
Por isso Portugal chegou onde chegou, ao fundo.
Não foi o Passos Coelho que o levou para lá.