O que mais desejava era que pusesse a mão na consciência e reflectisse sobre a forma como chegou a presidente e o estado do clube na altura. Depois, seria bom que continuasse a reflexão sobre o ponto de viragem da sua presidência para o negativo, os valores que se perderam, a cultura de exigência que se foi, a substituição do mérito pelo compadrio...
Posto isto, que após essa reflexão se afastasse das próximas eleições e que, após uma conversa com AVB, deixasse o caminho aberto para ele. Acho que isso, juntamente com um projeto fortíssimo do AVB, nos poderia catapultar para o lugar que merecemos.
Obviamente, muitos interesses teriam que ficar para trás, mas é uma decisão que caberia ao próprio PdC decidindo o que mais lhe interessa, ou o FC Porto ou os amigos.
O clube não pode ser gerido como se fosse propriedade de alguém. O clube é dos sócios e dos seus adeptos. O amor não se vende! E todos nós temos responsabilidades nisto. O culto a uma personalidade, independentemente de tudo o que fez pelo clube, não pode permitir que fechemos os olhos e continuemos a empurrar o problema com a barriga. Ninguém vê (ou quer ver) o elefante na sala?
Se ninguém avança contra PdC então que ele seja consciente, que coloque o amor ao clube acima de tudo e dê esse passo absolutamente fundamental para o futuro do FC Porto, que não pode esperar mais pela mudança!
Eu volto a gostar das palavras de PdC, mas estão a ser utilizadas fora de lugar, no contexto errado.
Devia estar a falar numa plateia perante o Presidente do Porto.
São boas palavras, diz verdades, são as palavras de PdC, uma figura notável do Porto mas não só: uma figura notável do desporto português e mundial, que fica na história ao nível de um Santiago Bernabéu, de um Silvio Berlusconi, de um Jerry Buss nos Lakers. Alguém que pegou num clube médio e o transformou num dos melhores do mundo.
Acho que fala bem, gosto de ouvir, os seus livros e memórias são fascinantes e fazem parte da história do desporto e eu adorava, adorava, ouvir estes discurso de PdC, p.e., a dar conselhos ao Presidente Vitor Baia, Joao Kohler, AVB, Tino de Rans, etc. quem seja.
Porque este é o papel de PdC, hoje em dia. Ser o fiel da balança, uma espécie de reserva de memória e consciência do Portismo.
Estar ao lado dos sócios e intervir quando algo estiver mal, porque ele será sempre mais do que um sócio.
E por ser mais do que um sócio, não tem de nomear AVB, porque se assim fosse imaginando que ele nomeava o Adelino Caldeira, ou pior. E não pode.
O Próximo presidente terá de ser eleito pelos sócios e todos terão de aceitar essa decisão, incluindo PdC, seja com 99 seja com 68 por cento dos votos.
O que, pela quantidade de bocas que ouço aqui aos 68%...
Sobre a conversa...não é PdC que tem de tomar essa iniciativa de falar com AVB. ou com VB. São estes que tem de o informar que se pretendem candidatar.
Sr Presidente, sempre disse que se afastaria se alguém avancasse (alguém minimamente credivel, digamos porque já teve oposição e nem por isso deixou de avançar...). Eu quero avançar.
O primeiro a fazer isso, só pela coragem, já ganha alguns votos.