Depois dessa semana perdi a vontade de ver futebol no Tugão.
Foi tão descarado, foi tão ás claras que sinceramente vejo o FCP pelo amor irracionalque tenho ao clube.
Alguém no seu perfeito juízo jogaria com dados viciados a favor da banca, ou poker com cartas marcadas com o conhecimento dos jogadores que partilham a mesa connosco?
Certamente que não. Pois bem, o Tugão é assim, um mar de impunidade onde bolas que vão ao cotovelo de um jogador que se encontra de costas com o braço em posição natural é considerado penalty, e depois lances com jogadores com a asa aberta a nosso favor não o é. Lances em que um jogador suporta o peso do corpo em carrinho com a mão no chão são considerados falta e com punição com vermelho, numa clara violação das meis do jogo por árbitro e VAR.
Fora isso uma SAD que altos orgãos directivos são acusada de corrupção e a entidade vomo se tivesse vida própria é considerada pelos media vítima do processo.
Opinion makers que são cães raivosos contra nós e contra o clube querido tecem loas de amor (Ó meu querido Rui).
Equipas que contra nós jogam com o pau atrás das costas e contra os suspeitos do costume sao mais open leg que a Mia Khalifa.
Fora isso uma direcc apática, anémica, a cheirar a mofo e sem capacidade de ir á guerra.
É este o tabuleiro inclinado onde jogamos.
Sublinhei a que podemos mudar, através dos sócios e do aparecimento de candidatos que mostrem ideias e coragem, é que além de se ganharem poderem melhorar isto, se perderem ao menos acordam e põe em sentidos os "sentados2 que lá estão.
O resto, o resto é a justiça que tem de fazer, condenar os corruptos e a entidade que reprentam ou representavam e que beneficiou dessa corrupção, corrigir os resultados da mesma e realizar uma limpeza no status quo do futebol.
Os opinion makeres e Cs e toda essa corja indigente vai ser sempre assim, mas se o que escrevi acima suceder acalmam a passareca um pouco.
Aliás como disse a toxicidade que se queixaram aqui de existir, é o resultado dos 4 anos do treta, porque eles voltaram a sentir aquele direito, aquela vã glória de ser tudo deles por direito divino, o futebol que entretanto era uma coisa importante das muito menos importantes passou a ser a coisa mais importante, porque a notícia era o carnide que estava na berra, na crista da onda.
A reacção dos portistas é uma de aversão. E claro que a aversão à toxicidade é sempre colocar mais ácido em cima.
Se um portista de temperamento mais ameno se questiona porque razão passou a ser difícil de "discutir futebol" faça esta análise, esmiuce assim a questão, faça uma análise temporal e irá verificar que por exemplo em 2013 era mais fácil falar de futebol, com portistas e com rivais era possível também, e porque hoje com portistas revoltados é mais complicado andar a falar do mesmo e com rivais é virtualmente impossível e como um cristão ou judeu a falar para um muçulmano radical.
Eu convivi em grupos grandes com gente que gosta muito dessa coisa importante entre as coisas muito menos importantes que é o futebol, grupos onde até inclusive existe gente do próprio futebol e que trabalha nele, seja a nível jovem, seja amador/semi-pro ou profissional etc.
Excluindo estes últimos (as pessoas do futebol têm uma forma peculiar de estar embora não sejam tapadinhos) durante anos e anos foi-me possível falar de futebol com a grande maioria, fossem eles do meu clube ou não. Muitos deles pessoas altamente educadas e que levavam o mesmo com razoável bom senso.
E o futebol era um assunto para de vez em quando, nem sequer era uma manifestação diária o efeverscente para lá dos jogos.
Desde aí isso deixou de acontecer, tipos razoáveis passaram a fanáticos totais pelo "carnide", os mesmos que falavam da rivalidade "quero que tu percas sempre caralho mas se fores melhor..." passaram a falar do futebol de uma forma quase dogmática, os erros e decisões de árbitros que por vezes admitiam muito errados passaram a cegueira completa e a nunca admitir, o futebol passou a ser um assunto diário, não tanto pelo gosto mas para "espetar pelos olhos dentro", para a provocação barata etc.
Na esfera pública reapareceram os Rui Santos (tinha programa, continuava a ter audiências piores que um canal de crochet mas limitava-se a discussãoes ligeiras sempre com um antiportismo tipico mas masi a ferrar a língua e dissimulado) desaparecido da linha da frente desde os tempos do Apito Aldrabado, a voltar a despejar tinas de ácido e vómito em cima do tema, foram criados os programas da treta de baderne (nada a ver com por exemplo o Jogo Falado que existiu no passado ou o Trio de Ataque depois onde havia a discussão de adepto mas com alguma elevação, curiosamente o menos elevado foi um cineasta falhado do carnide), começaram a proliferar opinionmakers, especialistas "isentos" que afinal são todos assalariados escondidos de um mesmo clube, tudo a subir o tal tom "tóxico" e a colocar a discussão do futebol no nível mais neandertal, mais faccioso possível, muitas vezes suportado por falácias e mentiras óbvias vendidas como "quiçá verdade".
O regresso dos rótulos que estavam enterrados em 1994 dos "malucos do norte, selvagens, incultos, palermas, ignorantes, brutos e grunhos que até se deixam infectar por COVID porque são palermas grunhos analfabetos do Norte onde só moram homens e mulheres das cavernas sobretudo se forem do FC Porto", as perseguições, diminuição e ostracização que já estavam no baú em outros tempos como uma recordação de tempos de falta de aceitação de uma nova realidade a voltarem em força.
Quem quiser falar de toxicidade passe primeiro pela análise das suas causas, não somos maluquinhos, ela existe, é evidente.
Mas a sua causa não é ser-se muito portista, ou não se dizer que o adversário está motivado e a jogar bem quando está (porque isso também não invalida ter jogado jogos mal e nesses ter sido ajudado e o ter sido ajudado não significa que ganhou todos os jogos a roubar ou que jogou todos mal e não jogou bem os que jogou nem está melhor etc.) As coisas não são mutuamente exclusivas e calro há sempre quem, porque se revolta mais ou tem mais dificuldade de controlo no emocional exagere. É fácil de ver e reconhecer também isso.
A sua causa inerente está explicada aí acima.
Nem falo dos casos de corrupção que são do conhecimento Mundial, que fizeram páginas e fazem por esse mundo fora, que estão em investigação numa mega operação, que tiveram jogadores de viva voz a dar a cara a dizer que os tentaram corromper (facilmente chegamos à conclusão que se estes falaram, o que será dos que em silêncio escolheram pegar no maço das notas e fazer a coisa), ninguém os obrigou, eles por sua vontade denunciaram a situação, não são uns tolinhos nem são uns "adeptos fanáticos que querem entalar o rival", são uns gajos do futebol.
Porrque saberes que competes directamente contra alguém que usou de todos estes recursos soezes, (e não foi só o "vulgar "comprou o árbitro, foi uma data de crimes e actos que simplesmente desfizeram toda a noção de competição, desde conseguir decidir notas arbitrais, quem desce e quem sobe, ter dados de árbitros para os coagir e ameaçar, devassando a vida privada alheia, controlar financeiramente outros clubes, subornar jogadores para facilitar, subornas jogadores para motivar contra oponenentes, prometer transferências a jogadores de outros clubes em troca de ajuda e o cumulo colocar em causa o estado de direito e o segredo de justiça invadindo e espiando a mesma)..ora saberes tudo isto causa um clima obviamente tóxico, um clima que jáa não é de suspeição, é um clima de iniquidade total.
É como estar numa piscina, uma água morninha e tal...e de repentes percebes que não é água, é lama e mijo e merda e esterqueira, a tua reacção é de aversão, vais vomitar e olha..acrescentas-te mais à pool de esterqueira.
É isto que torna o ambiente tóxico, não é as pessoas gostarem do FC Porto e não gostarem do rival.
Não é discutir mais ou menos táticas.
Não é ver ou não ver os erros próprios que existem SEMPRE porque não conheço seres humanos perfeitos e como soc lubes são manifestações das pessoas que os constituem os mesmos reflectem essa imperfeicção (ainda que também possam reflectir competência ou incompetência de quem neles trabalha).
O ambiente é sobretudo tóxico porque se vive em iniquidade e promoção da aversão.
E porque enquanto essa iniquidade não é excisada não se consegue viver de outra forma.
Ignorar a iniquidade, relativizar a mesma apenas a perpetua e valida.
Compreendo que possa funcionar como um sistema de "cope" para manter alguma sanidade.
Eu próprio costumo e sou muito o gajo lógico e "sane man" da trupe, mas não me peçam para ser anjo, ou ter uma postura idílica porque dentro da minha razoabilidade e se me permitem a imodéstia da minha inteligência que sei que a tenho em bom nível, é exactamente a mesma que não me permite ser cego a estas questões ou pelo menos fingir ou colocar uma postura mais ou menos indiferente ou mais ou menos "em cima do muro".
Existe toxicidade sim.
Mas a mesma não é a paixão ou o fanatismo ,chame-se o que se quiser, pelo FC Porto, até porque sou apaixonado pelo FC Porto desde que me conheço e nunca tive dificuldades de discutir futebol com pessoas que fossem minimamente dotadas de algum senso. Nem nunca fui chamado de fanático e faccioso, no máximo de portista dos 7 costados,ferrenho ou apaixonado. Desde há uns anos passou me a ser quase impossível essa discussão no mesmo nível de antes sem que eu tenha mudado nesse sentido (até envelheci e fiquei um tipo mais soft).
A toxicidade existe no ambiente em que as pessoas do Universo do portismo têm de viver, que já não era propício, mas que se tornou uma atmosfera sufocante de fumos ácidos e radioativos desde há uns anos.
E as pessoas sentem na pele.
E ser inteligente, e ter boa intelectualidade, e acreditar no lado bom das coisas...não significa que devamos deixar de sentir.