Não há nenhum dado objetivo que aponte Ronaldinho, no seu auge, como um dínamo ofensivo sequer próximo do melhor Messi.
Era um regalo para os olhos e em termos de talento e capacidade de manipulação da bola é do melhor que já se viu, e no seu melhor, conseguiu aliar isso a uma produção excelente, e com muito impacto.
Mas objetivamente, não é um criador ofensivo da mesma estratosfera de Messi (não que muitos o sejam). Messi cria mais golos, mais assistências, mais oportunidades e com uma habilidade ainda superior de desbloquear um jogo através de uma ação individual.
18/19 é, na minha opinião, a temporada mais completa do argentino, que mesmo estando longe do seu melhor em termos de aceleração, mas com um playmaking muito mais polido e um controlo superior dos momentos do jogo, faz 46 golos e 20 assistências (excluíndo grandes penalidades que o próprio não ganhou) para 66 contribuições para golo, 1 golo produzido a cada 61 minutos, e intervenção nuns doentios 62% dos golos do Barcelona (percentagens destas em equipas vencedoras de grandes ligas só vi com Maradona) no tempo que esteve em campo, carregando uma equipa limitada para a La Liga e para umas meias de Champions onde cai perante o Liverpool naquela eliminatória histórica.
Ronaldinho nunca se aproximou deste tipo de capacidade e de produção, por muito espetacular que tenha sido.