SHOYA NAKAJIMA
» Tinha qualidade técnica? Muita... e criatividade.
» Se eu gostava dele? Gostava, inclusive achava-o um dos melhores da nossa Liga no seu antigo contexto, mas sempre tive muitas reservas em relação à sua capacidade de triunfar no FCP.
» Seria o mais adequado para o nosso esquema 442/424 actuando a EE com o nível de exigência (físico, táctico, mental) que isso acarretava? Nunca me pareceu. É muito diferente ser-se EE no Portimonense ou no FCP.
» Tinha um perfil físico que permitia garantir desde logo intensidade e regularidade? Para mim não.
» Falhou redondamente na adaptação a uma nova realidade muito mais exigente que um Portimonense, Liga Japonesa ou selecção nipónica? Claramente.
» Um tradutor a full-time podia ter sido importante para uma melhor adaptação/compreensão ao que lhe era pedido? Acho que sim, podia ter sido determinante para uma melhor integração e compreensão das ideias da equipa técnica, mas também compreendo o lado do SC ao não querer um corpo estranho com acesso privilegiado ao grupo, aos treinos, às palestras, etc...
» Foi profissional desde o aparecimento do COVID? Não.
» De alguma forma consigo compreender o lado dele e as acções que tomou ao colocar a família em 1º lugar? Admito que sim.
» Se concordo que tenha sido afastado do grupo de trabalho? Concordo.
» Teve azar com a lesão grave? Teve... e nós também.
» Valia a avaliação de 24 M€ com que veio para o FCP? Não.
» Tinha-o contratado nesses moldes? Não.
» Como classifico o fecho deste dossier? Trágico, mesmo que se tenham poupado 2 anos de salários... e inevitável.
Tudo somado (12 M€ da aquisição dos 50%, salários, luvas e comissões), foi um investimento que tinha uma substancial margem de risco, para mim, que correu muito mal e que acabou por nos custar cerca de uns 25 M€.. que se evaporaram no éter. Deitados fora. Dificilmente podia ter corrido pior.
Caso não para esquecer, mas sim para recordar e ter sempre bem presente quando se pensar em fazer negócios em moldes semelhantes. Um erro de casting, sobre o qual tenho a sensação que não veio para cá apenas pelos seus predicados desportivos e ainda tenho mais dúvidas que tenha sido um pedido do mister.
Agora que seja feliz e que tudo lhe corra bem. Boa sorte.
Adeus, Shoya!