Conheço pessoas em vários dos países da situação, Rússia, Bielorrussia, Ucrânia, Polónia ou Moldávia que tem recebido os refugiados.
Tenho uma amiga de São Petersburgo com dois filhos que para sair do Pais, de São petersburgo para a Georgia - que aceita passaporte Russo sem visto - isto a 3 de março, já lhe estavam a pedir perto de 5000 euros por cada bilhete.
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Esta pessoa trabalhava na organização de eventos que foram todos entretanto cancelados.
Ainda não se sente uma quebra drástica nos stocks de prateleiras vazias tipo Venezuela, ainda não chegou a esse ponto, não houve uma corrida aos bancos tipo Argentina umas décadas atrás, mas tiveste corrida aos multibancos e quem pode levantar o dinheiro, levantou.
Tens relatos de empresas com trabalhadores não russos a ter problemas em pagar salários com a descida do Rublo, tens já a falta de algumas coisas - por exemplo, uma comida especifica para animais de estimação, pequenas coisas que já foram mas ainda não é o essencial ou uma pessoa que conheço que está subitamente sem dinheiro para comprar um certo medicamento (ou porque acabaram ou porque a importação dos mesmos está incomportável).
A percepção que tenho por quem conheço em Moscovo, São Petersburgo ou Kaliningrado é de uma profunda incerteza do que ai vem e a certeza que o pior está adiante.
Conheço duas pessoas que ficaram sem trabalho desde o começo da invasão, conheço outra pessoa que ontem foi beber um copo com os amigos.
Há que antecipe o que ai vem e já tenha organizado a vida - voltando para casa dos Pais, saindo das cidades, etc.
As duas principais cidades Russas são cidades internacionais (europeias, são petersburgo então), obviamente que o boicote e as sanções de empresas não Russas se faz sentir, mas ainda não é o real e duro impacto.
Se repetires a pergunta daqui a uma semana, quase de certeza que te dou uma resposta pior.