Estou neste preciso momento no CLAS da Maia a ouvir o testemunho de pessoas do sector social de como têm reinventado modelos de negócio para continuar de portas abertas, a pagar ordenados e outras responsabilidades, a fazer todos os dias o bem... e pasme-se conseguem fazer isso sem vender jogadores...A venda do Diaz foi o culminar da incompetência da SAD mas era completamente inevitável.
O problema não reside no agora. Reside no passado recente.
Agora andamos a tapar buracos criados e a tentar reparar a cagada que foram os últimos anos.
Financeiramente não havia muito a fazer. Estamos com a corda ao pescoço e isso é fatal para quem quer negociar.
Não dá para exigir caviar quando nem pão se tem para comer.
Desportivamente, é ruinoso. A meio da época é inenarrável.
Mas ou era isto ou era um castigo da UEFA.
Acabamos por optar pelo menos mau.
Não vale a pena chorar sobre leite derramado.
O essencial é que as contas se endireitem, que acabem os negócios que nos trouxeram a este ponto e que, acima de tudo, seja o último jogador que vendemos nestas circunstâncias.
O Helton foi e será uma figura querida no clube mas não ficava isento às criticas quando meteu frangos na champions
O Jackson foi dos melhores pontas de lança que passou no nosso clube e levava com criticas sempre que falhava redondamente a marcar penaltis.
Mourinho e AVB deram-nos imenso e por muito gratos que estejamos não estão isentos a muita critica de todos os portistas.
Gostava que essa mesma exigência que tanto nos caracteriza enquanto portistas se aplicasse a tudo. Sinto que fui injusto muitas vezes com o Sérgio Conceição, apesar da teimosia e de algum futebol vinho de caixa a martelo, é mais profissional, é mais portista que muita gente junta da estrutura e já agora mais portista até, de longe, que muitos dos alegados portistas que por aqui andam.
Da mesma maneira que pedimos a cabeça dum guarda redes que mete um frango, de um avançado que falha de baliza aberta ou de um treinador que não tem resultados, pergunto porque continuamos a defender uma direção completamente à deriva, que vai mascarando o insucesso da gestão com algum sucesso desportivo enquanto afunda irremediavelmente o clube em dívidas.
Gratidão até quando? A que custo?