Eu nasci nos inicios dos anos 60, e vou dizer a verdade durante muitos anos a minha paixão era o emblema, a bandeira e aquelas camisolas pesadas que pareciam de lã. Nessa altura as vitórias eram raras, sofri como um cão. Era criança e o Fascismo fazia a sua propaganda de regime com o benfica como hoje.
Para ser Portista em criança era preciso ter tomates e personalidade e andar a porrada na escola muitas vezes, porque não era de levar desaforo para casa.
Só bem mais tarde o hino se entranhou em mim depois de ter no Pavilhão junto ao antigo campo de treinos ouvido a Dona Amélia vibrante de orgulho e Portismo, Foi arrebatador.
Uma mulher cuja carreira não se importou de ser limitada ao Norte neste País de marialvistas e fadistas e chupistas que vão sempre lá baixo ao beije mão (só?) das casas de Faduncho lisboeta.
É só ouviir, um timbre distinto e uma personalidade forte.
Nós no FC do Porto temos esta coisa diferente, apesar de não sermos 6M conhecemos pessoas marcantes. Se pensarmos bem são amantes do FC do Porto pessoas marcantes e muito distintas, grandes personalidades.