O que mais me custa no meio disto tudo é saber que a história do Diogo Leite podia muito bem repetir-se num Fábio Silva, Diogo Queirós, Tomás Esteves, Vitinha, Fábio Vieira, etc. Apenas há que ter paciência com as dores de crescimento que todos eles têm.
Estes miúdos merecem o beneficio da dúvida quanto mais não seja pelo facto de já andarem a carregar o símbolo ao peito desde os 10, 11 ou 12 anitos, muitas vezes com sacrifícios próprios e das famílias para os ajudarem a atingir um sonho.
Isso devias-lhe dar algum crédito.
Mas não, às vezes parece ainda pior: "Aii andas a fazer km's e a gastar dinheiro para jogar no clube do coração?! Então pega lá um Marcano e um Manafá para ver se aprendes".
E quem os defende depois ainda é apelidado de "viúva da formação".
Andava eu na escola primária e sonhava em ser o Vitor Baía quando me faziam jogar à baliza.
Se jogava na frente rodava o braço como o Domingos das poucas vezes que marcava um golo.
Depois veio o Jardel e eu com a ideia parva que se me esforçasse talvez conseguisse ser como ele, afinal de contas ele era um "manco" com os pés e só sabia cabecear.
No secundário a jogar com os amigos eu era o Deco, salvo a devida diferença de ele saber jogar à bola e eu não.
Sou uma viúva da formação por defender um miúdo a cumprir o sonho que a maior parte de nós teve quando éramos pequenos?! Seja. Sou e com muito orgulho.
Isso significa que não lhes vou exigir que sejam bons?! Claro que não. Vou exigir que sejam tão bons ou melhores ainda que os outros. Mas também vou exigir que lhes sejam dadas as mesmas oportunidades e paciência que são dadas a outros que provavelmente sentem muito menos a camisola.
Just my two cents.