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bluevertigo

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A nostalgia da ninfa "suja" do Norte. A balcânica Salónica no que tem e mantém de atracção-repulsão.

Toda a vibração da restauração e o que se salva do pouco mantido património arqueológico. Uma selva de cimento inestético, maltratada a desaguar na marginal da Torre Branca, virada ao mar...

E depois aquele entardecer no Toumba...
Só para devotos. Ainda todo o pulmão gutural raivoso de fortaleza mas já não como antes, no delírio louco das labaredas a cravar todo o medo e pânico.

O futebol na relva passa a "secundário". De qualidade duvidosa onde se salva a leveza sedutora de Konstantelias. 2 golos e perfume errante. Uma pérola frágil de qualidade superior. Inusitado na Grécia.

PAOK da explosão inicial, tão cedo, à inércia da reviravolta do AEK, 1-2. Mas nova viragem consumada aos 90 na alucinação final do 3-2 de Sartre-Baba.

Campeonato relançado e mais 3 jogos em Salónica com Páscoa ortodoxa pelo meio.
E o perturbante entranhar de uma cidade caótica, um subúrbio em si mesmo que ainda consegue desarmar decadentemente ao pôr do sol.
 
Última edição:

ManuSantiFCP

A Vencer desde 1893 🔵⚪
8 Fevereiro 2023
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Que sorte do galatasaray em marcar aos 45+4...se perdessem este jogo tremiam no próximo.
 

bluevertigo

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Outra vez Salónica.
A praga crónica do graffiti e o declínio cinzento suburbano, em história dura desta jóia "suja" do Mar Egeu. O contraste do delírio culinário em cada rua e depois...o Toumba.

A romaria popular degradada ao seu templo sagrado. Como se fosse a última vez. Admiração e repulsa indecifráveis. Um cheiro a anos 80...
Seguir fielmente as 4 letras (PAOK). Nas ruas, nas praças, nas pétalas, e claro, na relva. Primeiro, a tempestade inesperada, depois o Toumba a ferver.

No eterno 4-2-3-1 de Lucescu, a superioridade tática, mental e técnica em cima do amorfo e pouco enérgico 4-2-3-1 de Mendilibar, após o feito europeu de 5ª feira. Carmo é um poste estático, pouco mordido hoje. Navarro, titular mas uma nulidade no bolso do jovem gladiador Koulierakis, cheio de paixão e energia que também anulou completamente El Kaabi, o carrasco do Aston Villa, feito craque "à pressão".

A "estrela" precoce Konstantelias, ainda que intermitente, a deliciar no contra-ataque. Corte subtil em cima de Quini, vindo para dentro, e assistindo de veludo o sprint de Zivkovic que isolado não falhou: 2-0.

Uma tarde-noite onde ninguém ficou para trás e que dá o direito de ainda sonhar. PAOK agora só a 1 do AEK. E na próxima 4ª, nova procissão ao Toumba para receber o Pana. Em Atenas, AEK no Karaiskakis.

No fim, o ritual do habitual. A comunhão de frenesim festivo aos Gate 4. Loucura, fúria de paixão, espalhando "terror", naqueles cimentos inesquecíveis do Toumba. "Divino" inexplicável.