Agora era pênalti claro sobre Luis Gomes..
--------------------O árbitro já está em modo não há faltas a nosso favor.
Prefiro a 2 opção..
Isto é uma questão de opção nas camadas jovens, neste caso especificamente nos sub-19.scem
Ou jogam os melhores e somos grandes candidatos ao título ( agora já muito atrasados...) ou os 4/5/6 melhores passam para a equipa B para uma eventual mais rápida evolução e não descem aos sub-19 para esta fase do título.
O André fez um jogo horrívelAndré Oliveira é claramente o jogador com mais maturidade daqui. Cardoso Varela tá muito verdinho mas tem de ser aposta pelo potencial. Gonçalo Silva muito longe de Gonçalo Ribeiro e Diogo Fernandes. E o Olívio Tomé tem o dobro do tamanho que tinha no europeu sub-17.
Sim fez, mas num nível mais alto, é o único que tá minimamente preparado. O Tiago Andrade tem a mesma idade e mais talento, mas era comido vivo numa segunda liga.O André fez um jogo horrível
Tem estagnado muito. É muito mole na abordagem aos lances e joga com pouca intensidade no sentido que além de estar fraco nos duelos também demora a ocupar os espaços.O André fez um jogo horrível
O André arrisca-se a ficar para trás rapidamenteSim fez, mas num nível mais alto, é o único que tá minimamente preparado. O Tiago Andrade tem a mesma idade e mais talento, mas era comido vivo numa segunda liga.
Eu às vezes pergunto-me que jogos algumas pessoas assistem....O André fez um jogo horrível
Então avalias jogadores por 1 jogo? Pelo menos ainda corre.Eu às vezes pergunto-me que jogos algumas pessoas assistem....
Isso é uma pergunta que nem se coloca.Isto é uma questão de opção nas camadas jovens, neste caso especificamente nos sub-19.
Ou jogam os melhores e somos grandes candidatos ao título ( agora já muito atrasados...) ou os 4/5/6 melhores passam para a equipa B para uma eventual mais rápida evolução e não descem aos sub-19 para esta fase do título.
A nossa opção tem sido a primeira.
Correcta para os que acham que tem de haver uma continuidade e progressividade rápida na evolução dos jogadores, incorrecta para os que acham que títulos e hábitos ganhadores devem fazer parte do crescimento e currículo de um jogador do FCP.
Tenho algumas dúvidas que seja assim tão óbvio, pelo menos na perspectiva dos miúdos.Isso é uma pergunta que nem se coloca.
Obviamente que os melhores devem estar na B.
Mas há varias questões a fazer:
Porque apenas há o Luís Gomes como central?
Quem foi que foi buscar o Eric?
Porque não há um lateral esquerdo de raiz?
Porque temos um jovem com 160cm na equipa completamente desadaptado a posição onde foi colocado?
Porque no meio campo os jogadores são quase.todos iguais?
É que existem coisas que não são mutuamente exclusivas...
Atenção...os que tem mais potencial agora podem não ser os que tem mais qualidade daqui a 2/3 anos.Tenho algumas dúvidas que seja assim tão óbvio, pelo menos na perspectiva dos miúdos.
Se para o clube concordo que poderá fazer mais sentido meter os miúdos com mais potencial a competir num patamar superior, já para os próprios jogadores não sei até que ponto eles não preferiam estar agora a jogar por um título nacional contra miúdos da idade deles do que jogar 10 ou 20 minutos na 2ª divisão e sem grandes objectivos pessoais.
Concordo na íntegra.Mesmo considerando que os resultados na Formação não são, por si só, um barómetro de um bom ou mau trabalho, não devemos ficar indiferentes a estes, até por uma questão de exigência e responsabilização. Não procurar entender o porquê de uma derrota é perder uma oportunidade de crescimento, sendo importante tentarmos analisar da forma mais fria possível.
A meu ver, há vários pontos que podem ajudar a justificar alguns dos resultados menos bons que temos tido esta época. Um deles já falei por aqui anteriormente e está relacionado com a falta de profundidade nas nossas gerações, algo que se torna mais evidente nos Sub-19 (e este ano também nos Sub-17 dadas as ausências de peso que temos tido, seja por jogarem acima, seja por lesão).
Parece-me quase indiscutível que a nossa Formação tem conseguido produzir talento para a equipa A em níveis aceitáveis, e também me parece que nas gerações seguintes há igualmente aqueles 2/3 atletas que demonstram ter todos os condimentos para poderem acrescentar valor à nossa equipa A. O que me parece é que depois há um enorme gap entre os nossos atletas mais promissores da geração e os restantes atletas que a compõem. Ou seja, faltam atletas no patamar intermédio, aqueles atletas que, aparentemente não tendo valor suficiente para a nossa equipa A, ainda assim conseguirão fazer carreira nas ligas profissionais, em clubes de menor expressão. Basta analisarmos o que é feito das nossas gerações de 1999, 2000, 2001, etc., para se perceber isso mesmo. Em todas elas temos atletas que chegaram à equipa A e foram/são úteis, mas depois temos muito poucos espalhados por outros clubes, nacionais ou internacionais, a fazerem carreiras interessantes. E alguns desses que até estão num bom nível nem sequer terminaram a formação cá, saindo ainda antes de chegarem aos Sub-19.
Ora isto tem dois problemas de fundo. O primeiro a deteção de talento. Sabendo que, com o surgimento dos vários polos de slb e scp e com o crescimento do Braga, esta luta tornou-se bastante dura mesmo à porta de casa, o nosso nível de agressividade e investimento tem de aumentar de forma proporcional a esse escalar de dificuldade. Nesta questão é impossível dissociar a inexistência de uma Academia, porque não só nos retira abrangência geográfica, como nos retira capacidade de atração e qualidade de trabalho. Mas há mais para além da Academia que pode ser feito. Por exemplo, temos, também nós, um modelo de polo muito interessante mas que ainda é muito limitado a nível geográfico. Devemos querer aumentar a nossa abrangência e chegar a locais onde há talento e que hoje não conseguimos dar resposta a um atleta Sub-7 ou Sub-8 que tenha valor para ser nosso jogador (Viseu, Leiria, Setúbal, Lisboa, etc.), e os polos são a melhor forma de o fazer. Num nível mais local (no eixo Viana, Braga, Porto, Aveiro), temos de nos superiorizar aos nossos rivais naquilo que é o investimento e aposta em recursos humanos para a deteção de talento. Temos também de ser pró ativos e pensar em estratégias para termos os clubes pequenos e médios do nosso lado. Sobretudo neste eixo, temos de chegar primeiro ao talento, porque hoje em dia tudo se transforma em leilão e chegar primeiro pode ser a chave.
O segundo aspeto é a avaliação de potencial que, no meu entender, encerra uma maior complexidade. Num contexto formativo, a avaliação do potencial do atleta deve ser feita acima de tudo pela Coordenação Técnica do clube. Ora, na nossa realidade, o que parece acontecer é que o ónus dessa aferição recai sobretudo nos ombros do treinador. Basicamente, este parece ter liberdade quase total para decidir praticamente tudo em relação a um atleta, desde o jogar mais ou menos tempo, qual a posição em campo, quais as funções em campo, até mesmo se continua ou se é dispensado. Isto é a receita perfeita para o insucesso, principalmente se errarmos no perfil de treinador que queremos. E é neste ponto que me foco, no perfil do treinador. De uma forma muito básica, na Formação podemos separar os treinadores em dois tipos: os que são treinadores de Formação por vocação: porque a Formação e o desenvolvimento do talento jovem é aquilo que os apaixona; e os que são treinadores de Formação por ambição: trabalham na Formação com o objetivo de um dia serem treinadores de equipas seniores, vendo a Formação como uma rampa de lançamento para isso. Isto não significa que todos os treinadores por vocação são bons a formar e que todos os treinadores por ambição são maus na Formação. Agora, a um clube como o nosso, cabe encontrar sobretudo treinadores do primeiro tipo que sejam efetivamente bons, para que possa haver uma base de treinadores para muitos anos, porque só se faz bons trabalhos na Formação com tempo. Treinadores cujo foco diário seja fazer evoluir os seus atletas e não o ganhar para terem visibilidade intra e/ou extra clube e poderem ambicionar dar o salto. E é aqui que começa o problema na aferição do potencial, porque quando escolhemos treinadores deste segundo tipo, estes irão tendencialmente olhar ao imediato e escolher os atletas mais preparados no momento, que muitas vezes não são os que nos interessa potenciar, nem os que têm mais condições a médio/longo prazo, mas vão ajudá-lo a ganhar no imediato. E neste aspeto é preciso perceber que o problema não está no facto de o treinador ter histórico como jogador ou não, está sim nisto, no facto de quererem estar na Formação como forma de alcançarem outros voos e focarem-se nisso e não naquilo que realmente deveria interessar ao clube.
Isto leva a que, derivado dessa falta de acerto no perfil do treinador, atletas com maior potencial mas menos rendimento percam tempo de utilização e estímulo competitivo, o que leva a que não evoluam tanto quanto poderiam. Por outro lado, outros atletas que têm um tecto baixo mas que dão rendimento, são hiperestimulados e vão sendo preponderantes no clube até se tornar claro que o que tinham era, acima de tudo, uma vantagem momentânea (normalmente de ordem física) que se foi extinguindo conforme as forças se foram equilibrando. E assim chegamos aos escalões mais altos mais curtos em talento.
Ainda sobre este último apontamento, por vezes falamos nos atletas africanos numa lógica de atletas de rendimento, mas eu não acho que esse seja o nosso maior problema, até porque desse registo não temos assim tantos atletas quanto isso (pelo menos em comparação com os rivais). Para além dos africanos, olhemos também para os atletas que tivemos no passado que estavam claramente adiantados a nível de desenvolvimento físico nos Sub-15 e Sub-17 e que iam tendo algum destaque, e pensemos depois no que é feito deles atualmente. Agora, associemos isso à falta de profundidade dos plantéis, sobretudo nos Sub-19, porque aí a mais-valia física passa a contar muito menos e, por isso, esses atletas deixam de ser tão preponderantes. Aquilo que era a importância que tinham na geração vai se esvaindo, e se em Sub-15 e Sub-17 eram extremamente úteis, em Sub-19 já não o são, mas continuam lá, no plantel, a ocupar o espaço que poderia ter sido para um jogador mais atrasado no seu desenvolvimento físico mas que já saiu por falta de rendimento, aparecendo depois a bom nível em outras paragens.
Estas derrotas são para mim uma consequência de tudo isto. Não podemos ficar satisfeitos em ser a terceira força em termos de número de atletas nacionais que estão hoje num nível profissional. Até pela nossa localização, qualquer coisa que não seja ser o primeiro deve mexer connosco. Mas para isso é preciso capacidade de autocrítica, visão e contínuo investimento.
---------------------------Mesmo considerando que os resultados na Formação não são, por si só, um barómetro de um bom ou mau trabalho, não devemos ficar indiferentes a estes, até por uma questão de exigência e responsabilização. Não procurar entender o porquê de uma derrota é perder uma oportunidade de crescimento, sendo importante tentarmos analisar da forma mais fria possível.
A meu ver, há vários pontos que podem ajudar a justificar alguns dos resultados menos bons que temos tido esta época. Um deles já falei por aqui anteriormente e está relacionado com a falta de profundidade nas nossas gerações, algo que se torna mais evidente nos Sub-19 (e este ano também nos Sub-17 dadas as ausências de peso que temos tido, seja por jogarem acima, seja por lesão).
Parece-me quase indiscutível que a nossa Formação tem conseguido produzir talento para a equipa A em níveis aceitáveis, e também me parece que nas gerações seguintes há igualmente aqueles 2/3 atletas que demonstram ter todos os condimentos para poderem acrescentar valor à nossa equipa A. O que me parece é que depois há um enorme gap entre os nossos atletas mais promissores da geração e os restantes atletas que a compõem. Ou seja, faltam atletas no patamar intermédio, aqueles atletas que, aparentemente não tendo valor suficiente para a nossa equipa A, ainda assim conseguirão fazer carreira nas ligas profissionais, em clubes de menor expressão. Basta analisarmos o que é feito das nossas gerações de 1999, 2000, 2001, etc., para se perceber isso mesmo. Em todas elas temos atletas que chegaram à equipa A e foram/são úteis, mas depois temos muito poucos espalhados por outros clubes, nacionais ou internacionais, a fazerem carreiras interessantes. E alguns desses que até estão num bom nível nem sequer terminaram a formação cá, saindo ainda antes de chegarem aos Sub-19.
Ora isto tem dois problemas de fundo. O primeiro a deteção de talento. Sabendo que, com o surgimento dos vários polos de slb e scp e com o crescimento do Braga, esta luta tornou-se bastante dura mesmo à porta de casa, o nosso nível de agressividade e investimento tem de aumentar de forma proporcional a esse escalar de dificuldade. Nesta questão é impossível dissociar a inexistência de uma Academia, porque não só nos retira abrangência geográfica, como nos retira capacidade de atração e qualidade de trabalho. Mas há mais para além da Academia que pode ser feito. Por exemplo, temos, também nós, um modelo de polo muito interessante mas que ainda é muito limitado a nível geográfico. Devemos querer aumentar a nossa abrangência e chegar a locais onde há talento e que hoje não conseguimos dar resposta a um atleta Sub-7 ou Sub-8 que tenha valor para ser nosso jogador (Viseu, Leiria, Setúbal, Lisboa, etc.), e os polos são a melhor forma de o fazer. Num nível mais local (no eixo Viana, Braga, Porto, Aveiro), temos de nos superiorizar aos nossos rivais naquilo que é o investimento e aposta em recursos humanos para a deteção de talento. Temos também de ser pró ativos e pensar em estratégias para termos os clubes pequenos e médios do nosso lado. Sobretudo neste eixo, temos de chegar primeiro ao talento, porque hoje em dia tudo se transforma em leilão e chegar primeiro pode ser a chave.
O segundo aspeto é a avaliação de potencial que, no meu entender, encerra uma maior complexidade. Num contexto formativo, a avaliação do potencial do atleta deve ser feita acima de tudo pela Coordenação Técnica do clube. Ora, na nossa realidade, o que parece acontecer é que o ónus dessa aferição recai sobretudo nos ombros do treinador. Basicamente, este parece ter liberdade quase total para decidir praticamente tudo em relação a um atleta, desde o jogar mais ou menos tempo, qual a posição em campo, quais as funções em campo, até mesmo se continua ou se é dispensado. Isto é a receita perfeita para o insucesso, principalmente se errarmos no perfil de treinador que queremos. E é neste ponto que me foco, no perfil do treinador. De uma forma muito básica, na Formação podemos separar os treinadores em dois tipos: os que são treinadores de Formação por vocação: porque a Formação e o desenvolvimento do talento jovem é aquilo que os apaixona; e os que são treinadores de Formação por ambição: trabalham na Formação com o objetivo de um dia serem treinadores de equipas seniores, vendo a Formação como uma rampa de lançamento para isso. Isto não significa que todos os treinadores por vocação são bons a formar e que todos os treinadores por ambição são maus na Formação. Agora, a um clube como o nosso, cabe encontrar sobretudo treinadores do primeiro tipo que sejam efetivamente bons, para que possa haver uma base de treinadores para muitos anos, porque só se faz bons trabalhos na Formação com tempo. Treinadores cujo foco diário seja fazer evoluir os seus atletas e não o ganhar para terem visibilidade intra e/ou extra clube e poderem ambicionar dar o salto. E é aqui que começa o problema na aferição do potencial, porque quando escolhemos treinadores deste segundo tipo, estes irão tendencialmente olhar ao imediato e escolher os atletas mais preparados no momento, que muitas vezes não são os que nos interessa potenciar, nem os que têm mais condições a médio/longo prazo, mas vão ajudá-lo a ganhar no imediato. E neste aspeto é preciso perceber que o problema não está no facto de o treinador ter histórico como jogador ou não, está sim nisto, no facto de quererem estar na Formação como forma de alcançarem outros voos e focarem-se nisso e não naquilo que realmente deveria interessar ao clube.
Isto leva a que, derivado dessa falta de acerto no perfil do treinador, atletas com maior potencial mas menos rendimento percam tempo de utilização e estímulo competitivo, o que leva a que não evoluam tanto quanto poderiam. Por outro lado, outros atletas que têm um tecto baixo mas que dão rendimento, são hiperestimulados e vão sendo preponderantes no clube até se tornar claro que o que tinham era, acima de tudo, uma vantagem momentânea (normalmente de ordem física) que se foi extinguindo conforme as forças se foram equilibrando. E assim chegamos aos escalões mais altos mais curtos em talento.
Ainda sobre este último apontamento, por vezes falamos nos atletas africanos numa lógica de atletas de rendimento, mas eu não acho que esse seja o nosso maior problema, até porque desse registo não temos assim tantos atletas quanto isso (pelo menos em comparação com os rivais). Para além dos africanos, olhemos também para os atletas que tivemos no passado que estavam claramente adiantados a nível de desenvolvimento físico nos Sub-15 e Sub-17 e que iam tendo algum destaque, e pensemos depois no que é feito deles atualmente. Agora, associemos isso à falta de profundidade dos plantéis, sobretudo nos Sub-19, porque aí a mais-valia física passa a contar muito menos e, por isso, esses atletas deixam de ser tão preponderantes. Aquilo que era a importância que tinham na geração vai se esvaindo, e se em Sub-15 e Sub-17 eram extremamente úteis, em Sub-19 já não o são, mas continuam lá, no plantel, a ocupar o espaço que poderia ter sido para um jogador mais atrasado no seu desenvolvimento físico mas que já saiu por falta de rendimento, aparecendo depois a bom nível em outras paragens.
Estas derrotas são para mim uma consequência de tudo isto. Não podemos ficar satisfeitos em ser a terceira força em termos de número de atletas nacionais que estão hoje num nível profissional. Até pela nossa localização, qualquer coisa que não seja ser o primeiro deve mexer connosco. Mas para isso é preciso capacidade de autocrítica, visão e contínuo investimento.
Primeiro, quanto ao jogo, o resultado é humilhante, mas claramente, a aposta do FC Porto é a YL e usa os sub 19 para dar rodagem à base da equipa que disputa a YL e que depois é incrementada pelos talentos já identificados na equipa B. Ora, isso abre espaço nos sub 19 para jogadores que nem são tidos ou achados para a disputa da YL. O regime, já eliminado da YL, veio com uma equipa mais próxima da seu potencial máximo, ao que se juntarmos algumas escolhas de difícil compreensão por parte do Capucho (que irei abordar mais à frente), dão origem a resultado deste, nas vésperas do embate com o Mainz, onde toda a gente se poupou e evitou lesões inconvenientes, nomeadamente quem desta equipa S19 entra nas escolhas da YL (Gil, Teixeira, Oliveira, Gomes, Benni, Andrade,...)Centrais fracos, laterais fracos, meio campo inexistente e está aí a explicação para o resultado.
O João Teixeira não foi, não é e nunca será o problema desta equipa. O problema é prende-lo à posição 6 para pôr o Regal a fazer de todo o terreno.
O Gil Martins (bom jogador) mas se lhe tirarmos a vertente da finalização e espremermos o resto dá muito pouco sumo.
O Cardoso Varela não tem nível para jogar nos juniores. Ponto. Eu sei que fica muito giro dizer que um juvenil de primeiro ano joga a titular nos juniores mas ficam bem à vista as debilidades do seu jogo. Não faz mais nada do que meter a bola na frente e correr. Muito curto para este nível. Nos sub17 há jogadores mais bem preparados do que ele para jogar aqui
Mesmo considerando que os resultados na Formação não são, por si só, um barómetro de um bom ou mau trabalho, não devemos ficar indiferentes a estes, até por uma questão de exigência e responsabilização. Não procurar entender o porquê de uma derrota é perder uma oportunidade de crescimento, sendo importante tentarmos analisar da forma mais fria possível.
A meu ver, há vários pontos que podem ajudar a justificar alguns dos resultados menos bons que temos tido esta época. Um deles já falei por aqui anteriormente e está relacionado com a falta de profundidade nas nossas gerações, algo que se torna mais evidente nos Sub-19 (e este ano também nos Sub-17 dadas as ausências de peso que temos tido, seja por jogarem acima, seja por lesão).
Parece-me quase indiscutível que a nossa Formação tem conseguido produzir talento para a equipa A em níveis aceitáveis, e também me parece que nas gerações seguintes há igualmente aqueles 2/3 atletas que demonstram ter todos os condimentos para poderem acrescentar valor à nossa equipa A. O que me parece é que depois há um enorme gap entre os nossos atletas mais promissores da geração e os restantes atletas que a compõem. Ou seja, faltam atletas no patamar intermédio, aqueles atletas que, aparentemente não tendo valor suficiente para a nossa equipa A, ainda assim conseguirão fazer carreira nas ligas profissionais, em clubes de menor expressão. Basta analisarmos o que é feito das nossas gerações de 1999, 2000, 2001, etc., para se perceber isso mesmo. Em todas elas temos atletas que chegaram à equipa A e foram/são úteis, mas depois temos muito poucos espalhados por outros clubes, nacionais ou internacionais, a fazerem carreiras interessantes. E alguns desses que até estão num bom nível nem sequer terminaram a formação cá, saindo ainda antes de chegarem aos Sub-19.
Ora isto tem dois problemas de fundo. O primeiro a deteção de talento. Sabendo que, com o surgimento dos vários polos de slb e scp e com o crescimento do Braga, esta luta tornou-se bastante dura mesmo à porta de casa, o nosso nível de agressividade e investimento tem de aumentar de forma proporcional a esse escalar de dificuldade. Nesta questão é impossível dissociar a inexistência de uma Academia, porque não só nos retira abrangência geográfica, como nos retira capacidade de atração e qualidade de trabalho. Mas há mais para além da Academia que pode ser feito. Por exemplo, temos, também nós, um modelo de polo muito interessante mas que ainda é muito limitado a nível geográfico. Devemos querer aumentar a nossa abrangência e chegar a locais onde há talento e que hoje não conseguimos dar resposta a um atleta Sub-7 ou Sub-8 que tenha valor para ser nosso jogador (Viseu, Leiria, Setúbal, Lisboa, etc.), e os polos são a melhor forma de o fazer. Num nível mais local (no eixo Viana, Braga, Porto, Aveiro), temos de nos superiorizar aos nossos rivais naquilo que é o investimento e aposta em recursos humanos para a deteção de talento. Temos também de ser pró ativos e pensar em estratégias para termos os clubes pequenos e médios do nosso lado. Sobretudo neste eixo, temos de chegar primeiro ao talento, porque hoje em dia tudo se transforma em leilão e chegar primeiro pode ser a chave.
O segundo aspeto é a avaliação de potencial que, no meu entender, encerra uma maior complexidade. Num contexto formativo, a avaliação do potencial do atleta deve ser feita acima de tudo pela Coordenação Técnica do clube. Ora, na nossa realidade, o que parece acontecer é que o ónus dessa aferição recai sobretudo nos ombros do treinador. Basicamente, este parece ter liberdade quase total para decidir praticamente tudo em relação a um atleta, desde o jogar mais ou menos tempo, qual a posição em campo, quais as funções em campo, até mesmo se continua ou se é dispensado. Isto é a receita perfeita para o insucesso, principalmente se errarmos no perfil de treinador que queremos. E é neste ponto que me foco, no perfil do treinador. De uma forma muito básica, na Formação podemos separar os treinadores em dois tipos: os que são treinadores de Formação por vocação: porque a Formação e o desenvolvimento do talento jovem é aquilo que os apaixona; e os que são treinadores de Formação por ambição: trabalham na Formação com o objetivo de um dia serem treinadores de equipas seniores, vendo a Formação como uma rampa de lançamento para isso. Isto não significa que todos os treinadores por vocação são bons a formar e que todos os treinadores por ambição são maus na Formação. Agora, a um clube como o nosso, cabe encontrar sobretudo treinadores do primeiro tipo que sejam efetivamente bons, para que possa haver uma base de treinadores para muitos anos, porque só se faz bons trabalhos na Formação com tempo. Treinadores cujo foco diário seja fazer evoluir os seus atletas e não o ganhar para terem visibilidade intra e/ou extra clube e poderem ambicionar dar o salto. E é aqui que começa o problema na aferição do potencial, porque quando escolhemos treinadores deste segundo tipo, estes irão tendencialmente olhar ao imediato e escolher os atletas mais preparados no momento, que muitas vezes não são os que nos interessa potenciar, nem os que têm mais condições a médio/longo prazo, mas vão ajudá-lo a ganhar no imediato. E neste aspeto é preciso perceber que o problema não está no facto de o treinador ter histórico como jogador ou não, está sim nisto, no facto de quererem estar na Formação como forma de alcançarem outros voos e focarem-se nisso e não naquilo que realmente deveria interessar ao clube.
Isto leva a que, derivado dessa falta de acerto no perfil do treinador, atletas com maior potencial mas menos rendimento percam tempo de utilização e estímulo competitivo, o que leva a que não evoluam tanto quanto poderiam. Por outro lado, outros atletas que têm um tecto baixo mas que dão rendimento, são hiperestimulados e vão sendo preponderantes no clube até se tornar claro que o que tinham era, acima de tudo, uma vantagem momentânea (normalmente de ordem física) que se foi extinguindo conforme as forças se foram equilibrando. E assim chegamos aos escalões mais altos mais curtos em talento.
Ainda sobre este último apontamento, por vezes falamos nos atletas africanos numa lógica de atletas de rendimento, mas eu não acho que esse seja o nosso maior problema, até porque desse registo não temos assim tantos atletas quanto isso (pelo menos em comparação com os rivais). Para além dos africanos, olhemos também para os atletas que tivemos no passado que estavam claramente adiantados a nível de desenvolvimento físico nos Sub-15 e Sub-17 e que iam tendo algum destaque, e pensemos depois no que é feito deles atualmente. Agora, associemos isso à falta de profundidade dos plantéis, sobretudo nos Sub-19, porque aí a mais-valia física passa a contar muito menos e, por isso, esses atletas deixam de ser tão preponderantes. Aquilo que era a importância que tinham na geração vai se esvaindo, e se em Sub-15 e Sub-17 eram extremamente úteis, em Sub-19 já não o são, mas continuam lá, no plantel, a ocupar o espaço que poderia ter sido para um jogador mais atrasado no seu desenvolvimento físico mas que já saiu por falta de rendimento, aparecendo depois a bom nível em outras paragens.
Estas derrotas são para mim uma consequência de tudo isto. Não podemos ficar satisfeitos em ser a terceira força em termos de número de atletas nacionais que estão hoje num nível profissional. Até pela nossa localização, qualquer coisa que não seja ser o primeiro deve mexer connosco. Mas para isso é preciso capacidade de autocrítica, visão e contínuo investimento.