Não sabe montar equipas para jogar contra blocos baixos... é assim desde que cá chegou. Resolviam a coisa com pressão alta e massa corporal antes.....agora nem isso.
Qualquer equipa que baixe o bloco contra nós tem sérias hipóteses de nos tirar pontos.
Mas no primeiro ano ainda haviam dinâmicas que criavam dúvidas na defesa. Depois sim havia o mesmo futebol “simples” mas eficaz muito apoiado por dois avançados com funções diferentes e que criavam dúvidas no adversário.
Depois fomos sendo descobertos e o nosso futebol passou muito a isso que identificas. Dificuldade em desmontar blocos baixos.
- Não há movimentos sem bola, os jogadores ficam estáticos agarrados à sua posição (parece que só se mexem para se enfiarem na área à espera de um cruzamento). A cobertura ofensiva ao portador da bola é quase nula. Muitas vezes o jogador que passa a bola a seguir nem se movimenta a dar uma alternativa ao colega.
- A dificuldade em jogar dentro dos blocos adversários é outro aspeto gritante. Muito pouco à vontade em jogar em espaços reduzidos, e portanto se não és capaz de atrair a bola para esses espaços estarás sempre a jogar para onde o adversário quer e te dá espaço. A saída do Otávio e o desaparecimento total do Taremi notam-se bastante neste aspeto.
- Depois também me parece que jogamos com demasiados homens em largura. Também aqui se nota a falta do Otávio. Há momentos em que nem temos homens no meio. O Varela recua e recebe no meio dos centrais, extremos abertos, avançados na frente… Não há ninguém. Mas mesmo fora isso, mesmo com os dois médios no meio e o Taremi no apoio, é tudo muito básico (o que entronca no segundo ponto). Nas raríssimas vezes em que o Taremi, Eustáquio e Pepê (exemplo) se aproximam, a associação é fraquíssima (comparem com o segundo golo da final da taça contra o Tondela).
Todos muito distantes no corredor central o que leva a que o jogo interior seja quase nulo.
É muito complicado para nós enquanto equipa atrair o adversário, mas é muito facil o oposto.
Isto são alguns problemas que eu acho evidentes. Alguns existem há vários anos, outros agravaram-se com a saída de alguns jogadores (Vitinha, Otávio).