Por enquanto, espero para ver.
Tenho uma natural desconfiança da proveniência, até porque o seu primeiro clube em Portugal é um clube muito conhecido por ser um clube "abrigo" deste tipo de jogadores. Também o seu percurso, com a saída dos calimeros para o FC Porto, por mão de empresário, também não abona. Já são muitos que trocaram os clubes da 2ª circular pelo FC Porto pela mesma via...e é sempre o mesmo esquema e quase sempre com o mesmo fim (flop).
Ainda assim, e ao contrário de muitos outros, nota-se, claramente, desenvolvimento físico desde que chegou ao FC Porto, ao contrário de muitos outros, que pouco desenvolvimento têm ou tiveram desde que chegaram (Idrissa, Moreto, Lamba, etc...).
O que, à partida, me faz pensar que não é um caso tão extremo. Algo que é sublinhado pelo contracto que agora assina. É o primeiro guineense a assinar um contracto deste calibre, o que indica que há no clube uma margem de segurança em relação ao jogador. Espero que sim.
Quanto ao jogador, tem bons recursos técnicos e é inteligente na ocupação dos espaços. Levará o seu tempo a ganhar a estrutura física para o futebol sénior.
Em relação ao contracto, é um mal necessário, dada a inflação que o negócio do futebol tem tido.
Este tipo de contractos geram no adepto menos avisado que este rapaz é um craque instantâneo. Não é. Tal como o Sérgio Oliveira, na altura assina com uma cláusula deste montante, da ilusão à desilusão são 2/3 jogos. E isto pode matar a carreira de um jogador. O Sérgio aparece aos 18 e só se afirma ao 25 anos. Não foi por acaso. Muito se deveu à exigência desmedida do adepto e da incapacidade do jogador em justificar uma clausula "absurda" face ao seu rendimento futebolístico.
Haja paciência, haja realismo na avaliação do jogador e saber adaptar a exigência à sua evolução e não aos 40M.