http://www.fcporto.pt/pt/Pages/fc-porto.aspx
REINALDO GARCÍA: 35 E A SOMAR
A sua idade é, a partir desta segunda-feira, igual ao número de títulos conquistados. No sábado, comemorou com um golo
Esta segunda-feira faz 35 anos, exatamente o número de títulos já conquistados na carreira. É uma enormidade, mas Reinaldo, Nalo para os amigos, sorri. Diz que não chega e projeta colecionar muitos mais, sem a pretensão de os escolher, mas com uma predileção especial por um que perdeu com FC Porto e já ganhou com o Barcelona. Precisamente na Liga Europeia, no sábado, comemorou antecipadamente o aniversário com um belo golo, que pode rever acima.
Para Reinaldo García, começou tudo aos sete anos, quando aprendeu a patinar, e quase acabou aos 18, quando esteve a um passo de fazer as malas, deixar o Porto e voltar para a Argentina. Esta é a aventura de Reinaldo García contada num Passe de Letra da autoria de Alberto Barbosa, que está na íntegra na edição de dezembro da revista Dragões, a cuja versão digital pode aceder aqui.
1983: Nasce a 15 de janeiro em San Juan, na Argentina
1990: Aprende a patinar no Rivadavia
Comecei a patinar aos sete anos. Quem me levou a praticar hóquei e a aprender a patinar foi o meu pai, que praticou quase todos os desportos: futebol, basquetebol fez de tudo menos hóquei. Como tínhamos um clube de hóquei em patins perto de casa [o Rivadavia], ele levou-me para que eu experimentasse. Gostei e fiquei.
2000: Campeão argentino com o Olimpia, aos 17 anos
Aprendemos sempre alguma coisa ou muita coisa com todos os treinadores, mas um treinador que me marcou muito foi o Miguel Gómez, que foi durante muitos anos selecionador da Argentina. Foi ele quem me pôs a jogar desde muito novo [no Olimpia] antes de vir para cá.
2001: Estreia-se na equipa principal do FC Porto
Aquilo era uma equipa de craques, todos já jogadores formados, internacionais, com experiência. Sinceramente, tentava olhar para eles e aprender com cada um deles as coisas boas que tinham, que eram muitas. Cada um tinha a sua maneira de jogar e eu tentava aprender o mais que podia com todos eles. Gostava muito do Pedro Alves, do Paulo Alves, do Filipe Santos Acho que gostava de todos. Eram os meus ídolos e o facto de poder jogar com eles foi muito bom.
2002: Conquista o primeiro título de campeão
Se calhar, o mais importante terá sido o primeiro Acho que foi o primeiro título que ganhei como sénior, foi esse que mais me marcou. Era a minha primeira época de sénior e ganhar logo o campeonato foi especial, até porque também marcou um pouco a minha carreira. No ciclo do deca eu ganhei seis. Dificilmente outra equipa conseguirá fazer o mesmo.
2007: Muda-se para o Liceo da Corunha como hexacampeão pelo FC Porto
Acho que era o rigor nos treinos, a vontade, a raça Foi um conjunto de fatores que fizeram com que o FC Porto estivesse sempre lá em cima e fosse decacampeão. Foi uma era de ouro, porque não é fácil conseguir uma sequência assim. A vontade que todos tinham de trabalhar, de melhorar a cada dia e a cada semana, fizeram com que ao final de cada época fossemos campeões.
2010: Ganha a Liga Europeia com o Barcelona
Estive muitas vezes para ser campeão europeu pelo FC Porto. Numas vezes merecemos ganhar mais do que noutras e, noutras ainda, a sorte não esteve do nosso lado. Umas vezes contra o Barcelona, outras contra o Follonica. Foi uma espinha que me ficou atravessada. Tinha ganho campeonatos, taças, supertaças e o que faltava era um título europeu, para o qual trabalhávamos muito. Quando consegui estar do outro lado, tive a felicidade de ganhar a Liga Europeia que eu tanto queria. A nível individual todos queremos ganhar o maior número de títulos possível e mais ainda quando são títulos tão importantes como a Liga Europeia. Agora que estou no FC Porto outra vez, essa é uma espinha que quero tirar, quero ganhar uma Liga Europeia pelo FC Porto. Anseio muito, trabalho muito para isso e Deus queira que isso se concretize um dia destes.
2015: Sagra-se campeão mundial pela Argentina, no mesmo ano em que regressa ao FC Porto
Perdi cinco finais do Campeonato do Mundo, todas contra a Espanha, e chegámos a um momento em que nos perguntávamos por que é que não conseguíamos ganhar. Mas a Espanha também teve jogadores e uma década de ouro em que ganhou tudo. Era difícil tirar-lhes aquele título. Finalmente, depois de tantos anos a perder finais, conseguimos. Foi um momento de glória indescritível.
2017: Conquista o sétimo título de campeão com o FC Porto e o quinto troféu consecutivo em provas nacionais
Felizmente já ganhei muita coisa, mas gostava de continuar a ganhar. O que se ganhou já está para trás, fica para a história, temos de continuar no presente. Quantos mais títulos, melhor para mim. Trabalho todos os dias para poder estar no meu melhor e para poder ajudar a equipa. No fundo, para continuar a crescer.
Os 35 títulos já conquistados por Reinaldo García: 1 Campeonato do Mundo, 1 Taça das Nações, 1 Copa América, 3 Ligas Europeias, 1 Taça Continental, 1 Taça Intercontinental, 7 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal, 4 Supertaças de Portugal, 4 Ligas Espanholas, 2 Taças do Rei, 5 Supertaças de Espanha e 1 Liga Argentina.
REINALDO GARCÍA: 35 E A SOMAR
A sua idade é, a partir desta segunda-feira, igual ao número de títulos conquistados. No sábado, comemorou com um golo
Esta segunda-feira faz 35 anos, exatamente o número de títulos já conquistados na carreira. É uma enormidade, mas Reinaldo, Nalo para os amigos, sorri. Diz que não chega e projeta colecionar muitos mais, sem a pretensão de os escolher, mas com uma predileção especial por um que perdeu com FC Porto e já ganhou com o Barcelona. Precisamente na Liga Europeia, no sábado, comemorou antecipadamente o aniversário com um belo golo, que pode rever acima.
Para Reinaldo García, começou tudo aos sete anos, quando aprendeu a patinar, e quase acabou aos 18, quando esteve a um passo de fazer as malas, deixar o Porto e voltar para a Argentina. Esta é a aventura de Reinaldo García contada num Passe de Letra da autoria de Alberto Barbosa, que está na íntegra na edição de dezembro da revista Dragões, a cuja versão digital pode aceder aqui.
1983: Nasce a 15 de janeiro em San Juan, na Argentina
1990: Aprende a patinar no Rivadavia
Comecei a patinar aos sete anos. Quem me levou a praticar hóquei e a aprender a patinar foi o meu pai, que praticou quase todos os desportos: futebol, basquetebol fez de tudo menos hóquei. Como tínhamos um clube de hóquei em patins perto de casa [o Rivadavia], ele levou-me para que eu experimentasse. Gostei e fiquei.
2000: Campeão argentino com o Olimpia, aos 17 anos
Aprendemos sempre alguma coisa ou muita coisa com todos os treinadores, mas um treinador que me marcou muito foi o Miguel Gómez, que foi durante muitos anos selecionador da Argentina. Foi ele quem me pôs a jogar desde muito novo [no Olimpia] antes de vir para cá.
2001: Estreia-se na equipa principal do FC Porto
Aquilo era uma equipa de craques, todos já jogadores formados, internacionais, com experiência. Sinceramente, tentava olhar para eles e aprender com cada um deles as coisas boas que tinham, que eram muitas. Cada um tinha a sua maneira de jogar e eu tentava aprender o mais que podia com todos eles. Gostava muito do Pedro Alves, do Paulo Alves, do Filipe Santos Acho que gostava de todos. Eram os meus ídolos e o facto de poder jogar com eles foi muito bom.
2002: Conquista o primeiro título de campeão
Se calhar, o mais importante terá sido o primeiro Acho que foi o primeiro título que ganhei como sénior, foi esse que mais me marcou. Era a minha primeira época de sénior e ganhar logo o campeonato foi especial, até porque também marcou um pouco a minha carreira. No ciclo do deca eu ganhei seis. Dificilmente outra equipa conseguirá fazer o mesmo.
2007: Muda-se para o Liceo da Corunha como hexacampeão pelo FC Porto
Acho que era o rigor nos treinos, a vontade, a raça Foi um conjunto de fatores que fizeram com que o FC Porto estivesse sempre lá em cima e fosse decacampeão. Foi uma era de ouro, porque não é fácil conseguir uma sequência assim. A vontade que todos tinham de trabalhar, de melhorar a cada dia e a cada semana, fizeram com que ao final de cada época fossemos campeões.
2010: Ganha a Liga Europeia com o Barcelona
Estive muitas vezes para ser campeão europeu pelo FC Porto. Numas vezes merecemos ganhar mais do que noutras e, noutras ainda, a sorte não esteve do nosso lado. Umas vezes contra o Barcelona, outras contra o Follonica. Foi uma espinha que me ficou atravessada. Tinha ganho campeonatos, taças, supertaças e o que faltava era um título europeu, para o qual trabalhávamos muito. Quando consegui estar do outro lado, tive a felicidade de ganhar a Liga Europeia que eu tanto queria. A nível individual todos queremos ganhar o maior número de títulos possível e mais ainda quando são títulos tão importantes como a Liga Europeia. Agora que estou no FC Porto outra vez, essa é uma espinha que quero tirar, quero ganhar uma Liga Europeia pelo FC Porto. Anseio muito, trabalho muito para isso e Deus queira que isso se concretize um dia destes.
2015: Sagra-se campeão mundial pela Argentina, no mesmo ano em que regressa ao FC Porto
Perdi cinco finais do Campeonato do Mundo, todas contra a Espanha, e chegámos a um momento em que nos perguntávamos por que é que não conseguíamos ganhar. Mas a Espanha também teve jogadores e uma década de ouro em que ganhou tudo. Era difícil tirar-lhes aquele título. Finalmente, depois de tantos anos a perder finais, conseguimos. Foi um momento de glória indescritível.
2017: Conquista o sétimo título de campeão com o FC Porto e o quinto troféu consecutivo em provas nacionais
Felizmente já ganhei muita coisa, mas gostava de continuar a ganhar. O que se ganhou já está para trás, fica para a história, temos de continuar no presente. Quantos mais títulos, melhor para mim. Trabalho todos os dias para poder estar no meu melhor e para poder ajudar a equipa. No fundo, para continuar a crescer.
Os 35 títulos já conquistados por Reinaldo García: 1 Campeonato do Mundo, 1 Taça das Nações, 1 Copa América, 3 Ligas Europeias, 1 Taça Continental, 1 Taça Intercontinental, 7 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal, 4 Supertaças de Portugal, 4 Ligas Espanholas, 2 Taças do Rei, 5 Supertaças de Espanha e 1 Liga Argentina.