Garantidamente que isso não é dramático, se calhar, nem sequer conveniente (andarem todos os atletas na mesma escola).Não é dramático, mas seria preferível que o espaço entre o colégio e o centro de treinos pudesse ser feito a pé. Reforçava-se ali uma "comunidade" e um "bairro" à qual os jogadores se poderiam afeiçoar e com a qual se poderiam identificar. Ao terem de fazer uma viagem de autocarro, pode perder-se um pouco esse sentimento. Mas repito, não é dramático nem determinante, nem necessariamente assim.
Falo neste ultimo ponto, (e se algum forista for da área da psicologia educacional pode intervir porque eu não sou dessa área), porque tive um familiar que jogou no Boavista na década de 90 do século passado, numa altura em que a grande maioria dos atletas estudavam na escola Clara de Resende que fica mesmo em frente ao estádio do Bessa ( se a memória não me falha é esse o nome da escola) e uma das razões apontadas para o insucesso escolar era o de os atletas não conseguirem distinguir o espaço escolar do espaço desportivo, para eles a escola era um complemento aos treinos, iam para lá já de fato de treino, passear as sapatilhas adidas e os óculos de sol, com o gel na pala do cabelo como se usava nos anos 90 e os cadernos pretos debaixo do braço para parecer fixe...e o dia deles era esperar que as aulas passassem para ir para o treino.
Hoje em dia já nem sei se o Boavista utiliza o mesmo método e como já passaram mais de 25 anos se calhar os psicólogos têm outra opinião...
A titulo de exemplo, tenho um primo que joga no Rio Ave e o próprio clube aquando do contrato, disse aos pais que o atleta continuava na mesma escola onde estava para a mudança não ser tão brusca. Assim ao final da tarde, vem uma carrinha do clube buscar os 4 atletas que são aqui do Porto à rotunda AEP para os levar a Vila do Conde e no final do treino deixa-os no mesmo sitio.