A questão aqui é que andamos a perder força negocial, e a perder o timing de vendas.
Ficamos nas mãos de jogadores e treinadores, e podemos criar uma caixa de Pandora em que o jogador A ganha x e vê o B a ganhar X+Y e a jogar muito menos e consequentemente o A não aceita renovar sem ser por X+Y+Z. O nível qualitativo da equipa desce, mas a pauta salarial aumenta, uma caldeirão explosivo que torna inviável o negócio por o break even estar dependente de receitas extraordinárias, da bola bater na poste e entrar, ao invés de sair.
A equidade salarial é algo muito sério na gestão de RH e das suas expectativas num grupo de trabalho, e se aceito um Casillas, a ganhar muito mais que um Corona ou Otávio, pelo prestígio, pela lenda que é, é extremamente perigoso para as contas do clube, premiar bons jogadores, mas não jogadores completamente diferenciados com salários irrealistas. E o Otávio para mim tem esse perfil.
Posto isto, já sabemos quem vai suportar as gorduras, os chamados activos mascarados, a formação que é o multiplicador das mais valias. A questão é se vendes as sementes todas tens de ir ao supermercado comprar a fruta e os legumes e suportar todas as taxas e margens dos intermediários. Chama-se a isso gerir pondo os interesses a m.l.prazo na prateleira. Os próximos a vir que apaguem a luz...