Bom, só queria esclarecer que eu não estava a por o estilo em causa. Estava só a tentar explicar a questão do "sermos dominados", do domínio consentido.Branco disse:Independentemente de se gostar mais ou menos do estilo de jogo do Nuno, a razão pela qual ele hoje esteve mal, foi ter feito aquilo que não se deve fazer num jogo desta dificuldade, que é descaracterizar a equipa tacticamente sem que a alternativa esteja suficientemente trabalhada, devido á dimensão do adversário foi isso que criou alguma anarquia nos primeiros 20 minutos.
Depois, parece-me que esteve mal nas substituições, ao ter metido o Evandro em vez do J.Teixeira e se calhar em ter retirado o Otávio, embora com aquele banco sem verdadeiras soluções atacantes quem pode honestamente criticar o treinador, os 20 minutos finais eram para lá termos um armário na grande área, e todos sabemos porque ele não lá estava.
Pois quem olha para o nosso 11 titular e para o 11 titular do Roma no apito inicial, assim como para o banco das duas equipas tem obrigação de perceber o porquê de provavelmente não passarmos a eliminatória, simplesmente há uma diferença considerável demais para não se fazer sentir, e o Nuno contra isso pouco podia fazer.
Eu não sou o maior apreciador do estilo de transições rápidas, embora pelo que tenho visto não ache a versão do Nuno tão ineficaz para o nosso futebol como a de Jesualdo, tem no seu 4-3-3 normal alguma coisa de hibrido entre futebol de posse e de transições, pelo menos quando o adversário é mais fraco.
Mas mais importante do que estar a criticar o treinador porque não acreditam na sua concepção de futebol, se calhar seria mais honesto o criticar pelas suas reais possibilidades de fazer melhor a cada jogo, e eu não estou a ver um Guardiola a fazer muito melhor neste jogo e contra este adversário, com esta matéria prima.
Até porque ao nosso plantel faltam jogadores para jogar em posse, nem sequer percebo porque isso se discute.
Durante os anos de posse havia muita gente a pedir futebol de transições rápidas. Aqui o têm. Mas ninguém vai exigir transições rápida e conquistar a bola nos últimos 20 metros. A mudança é real. Saibamos aproveitar o potencial dessa mudança.
De preferência sem inventar tanto como hoje, isso é certo.