"Não queremos passar pelo Mundial de Clubes com esta imagem"
Martín Anselmi quer “competir de maneira diferente” contra o Al Ahly (terça-feira, 02h00)
A terceira e última jornada do Grupo A do Mundial de Clubes opõe o FC Porto ao Al Ahly a partir das 02h00 de terça-feira no MetLife Stadium, em Nova Jérsia (TVI/DAZN). Na antevisão da partida “contra um adversário poderoso no continente africano que ganhou duas das últimas quatro Champions, tem um bom treinador, jogadores dinâmicos e é tricampeão egípcio”, Martín Anselmi sublinhou a necessidade de “competir de maneira diferente” para “reverter a imagem” deixada até agora.
“Não queremos passar pelo Mundial de Clubes com esta imagem. Sabemos que no Porto amanhã é um dia de festa, um dia importante para a cidade, e queremos que a festa seja completa. Para isso temos de ganhar amanhã e dar essa alegria aos adeptos”, reforçou o técnico para quem “é importante fazer autocrítica” e “ser humilde para perceber o que não está a ser bem feito”.
Imagem diferente
“Mais do que pensar no adversário, temos de pensar em nós. Temos que competir de maneira diferente, porque no último encontro não competimos como queremos, tanto ofensiva como defensivamente. Temos o orgulho ferido e não é esta a imagem que queremos dar. Temos uma oportunidade para reverter essa imagem contra um adversário poderoso no continente africano que ganhou duas das últimas quatro Champions, tem um bom treinador, jogadores dinâmicos e é tricampeão egípcio. Temos que fazer bem o nosso trabalho.”
O significado de competir
“A palavra competir costuma ser associada a correr, atitude, duelos… Isso é muito importante para competir e sem isso fica difícil, mas competir também é ter um plano de jogo e executá-lo. Quando nos afastamos dele estamos a competir mal e não podemos permitir isso. Falamos muito dos nossos erros, falamos entre nós, sabemos quando nos equivocámos e não podemos permitir que isso aconteça. Não queremos passar pelo Mundial de Clubes com esta imagem. Sabemos que no Porto amanhã é um dia de festa, um dia importante para a cidade e queremos que a festa seja completa. Para isso temos de ganhar amanhã e dar-lhes essa alegria.”
As palavras de André Villas-Boas
“Quando cheguei aqui conheci um presidente que dedica todo o tempo ao FC Porto, que está comprometido todo o dia, sem folgas, sem férias, sem horários… e nós também. Para nós o FC Porto é o mais importante que temos. É importante fazer autocrítica, perceber o que não estamos a fazer bem e saber o que nos falta. É preciso dar o murro na mesa, mas temos de saber que murro queremos dar, não dar por dar. Estamos a trabalhar todos os dias para dar esse murro na próxima temporada, mas o primeiro murro tem que ser dado amanhã. Encontrei um clube onde os jogadores e staff sabem muito bem o que é o FC Porto. Se não temos humildade de perceber o que temos feito mal, então não vamos encontrar soluções. Humildade é a palavra chave. Temos de ser humildes para perceber o que não está a ser bem feito."
O plantel e o sistema
“Sistema é uma palavra ampla. Não vejo o futebol por sistemas, mas por modelos e essência. Num plantel existem muitos futebolistas capazes de fazer o necessário, porque a equipa melhora o jogador e não o contrário. É evidente que vamos ter de designar tarefas novas e jogadores que vão dar algo diferente. Mas o essencial é o próximo jogo e só depois pensaremos no resto.”
Sem desculpas
“Na minha equipa técnica somos frontais e humanos, percebemos que trabalhamos com pessoas que são futebolistas também mas são pessoas. Queremos potenciar o melhor deles e eles de nós. Não tenho problemas em dizer quando me estou a enganar e eles também não têm problemas em admitir o que estamos a fazer mal. Isso é uma relação de confiança, em que todos estamos juntos por um objetivo. Claro que cada um tem a sua carreira, o seu empresário, a sua rede social… Hoje em dia o futebol está feito para que cada jogador seja uma empresa por si só, mas a equipa é a única coisa que importa, a equipa é o único jogador que importa. Acabámos a Liga com três vitórias e houve um conjunto de fatores neste Mundial, mas isso é falar de desculpas e eu não gosto de falar de desculpas. Como disse, sabemos o que temos de fazer melhor e sabemos que o vamos fazer. E estamos todos unidos atrás dessa ideia e desse propósito.”
O futuro
“Reconhecer se sou ou não capaz de fazer o meu trabalho, se sou ou não capaz de reverter ou não uma situação… é difícil eu render-me. Sinto-me tranquilo com o meu trabalho e o do meu corpo técnico. Temos a consciência muito tranquila, damos tudo pelo clube, sabemos o que nos falta e o que temos de mudar na próxima temporada.”
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